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Na quinta-feira, 19 de maio de 2022, morreu Vangelis, com 79 anos.
Foi um choque para mim, porque era um dos meus heróis!!!
Por isso, só hoje, sábado, consigo escrever estas letras, de coração apertado!
“Hymn”, do álbum “L'opéra sauvage”, de 1979, que foi genérico de um programa televisivo com o mesmo nome, foi e é o meu tema preferido do autor: um hino à vida, um espelho para mim!
Vangelis era um visionário! A sua música acompanhou-me, praticamente, toda a vida.
Desde criança que me habituei à sua sonoridade, à sua melodia, à sua espiritualidade, ao seu caráter visionário no panorama artístico.
Tantos e tão belos momentos proporcionados pela música maravilhosa do enorme e incomparável Vangelis.
Muito pequeno ainda, eu já era um apaixonado pela música eletrónica, um estilo repleto de sintetizadores, que teve nos anos 70 do século passado uma enorme importância para aquilo que é a música hoje, com Vangelis como uma das suas estrelas maiores.
Comecei muito cedo a adquirir os seus discos, primeiro em vinil, mais tarde em CD e DVD. Tenho dezenas deles na minha coleção!
Usei-os na rádio, quando fui autor de programas radiofónicos. Algumas das músicas do compositor grego até foram genéricos de rubricas, cujos textos e por vezes locução foram assinados por mim nos tempos da rádio.
Chariots of Fire, de 1981, Blade Runner, de 1982, Conquest of Paradise, de 1992, e Alexander, de 2004, foram algumas das suas obras-primas para cinema. Outros discos foram espetaculares, nomeadamente os realizados com o vocalista Jon Adernson, com destaque para Friends of Mr. Cairo, uma obra-prima!
A premiada série “Cosmos”, de Carl Sagan, que eu adorava em criança, tinha como genérico um tema de Vangelis e o famoso programa radiofónico Oceano Pacífico também abria com uma composição do compositor helénico.
Costumo dizer que pessoas como Vangelis e outros talentosos criadores nunca morrem, porque, quando partem, deixam as suas obras para perpetuar em todos nós a sua mestria, que me inspirou em tantos momentos criativos, à frente de uma máquina de escrever!
Vangelis e a sua portentosa obra, com tantas nuances e estilos, deixam um vazio enorme, mas ficarão no meu coração.
A melhor forma de sublinharmos o seu legado é continuarmos a ouvir as suas extraordinárias composições, como faço quando escrevo estas linhas!
Obrigado, Vangelis!!! Descansa em paz!