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Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

26
Ago22

Vinil sussurra fragmentos

Um 33 senil, sábio amigo!


Armindo Mendes

Paisagem urbana Alentejo nortuna copia02r.jpg

Ligar o som, prazer maior, a meio volume…

Escolho vinil, um 33 senil, sábio amigo!

À meia-luz, Monitor Audio soa a perfume…

Na posição fetal, na carpete, falo comigo!

 

O saxofone soa metais, o baixo murmura…

Sinto o seu bafo estremecendo entranhas!

Que interpelam o vácuo que perdura…

E aguilhoa ganas de ousar façanhas!

 

Lengalengas lamechas pontuam pensamentos…

Ora melancolias, ora memórias, até fantasias!

O vinil é assim, um velho que sussurra fragmentos…

É quente o acento, tanto que adocica profecias!

 

E aquela trova com sotaque do Norte quer dormir…

É fim de dia, de fadigas imensas, que nos vencem!

Já sonho ser feliz, que o vácuo se foi, vou sorrir…

O vinil acabou… O sonho acordou… As ganas se esvaem!

 

Armindo Mendes

Agosto de 2022

 

 

10
Mai22

Que sonho aquele!

Fui voando, vendo tudo lá de cima


Armindo Mendes

Naquela jornada ousei, levantei do ninho, batendo certas asas que não sabia possuir.

Que voo aquele, fingindo de albatroz, a partir da Princesa do Tâmega, num dia quente de maio, mas temperado por aguaceiros! E lá fui guinando a estibordo e a bombordo, consoante os caprichos da rosa dos ventos, como ventura de estar vivo.

Subi alto e vi nuvens, serras e mares, com formas de água, em jeito de devaneios, utopias, quimeras.

E, tímido, fui voando, vendo tudo lá de cima.

Apendera a esvoaçar!

Que sonho aquele!

10
Dez21

Ecos e sombras


Armindo Mendes

Às vezes gosto de escrever sobre ecos e sombras!

Coisas estranhas neste tempo que sou!

Numa torre altaneira imagino a olhar-me nos olhos turvados e a navegar entre brados

Na insónia sonho o que sonhei ontem para os amanhãs, hoje pretéritos

E crer no retorno das ondas salgadas ao areal, de cabelos grisalhos à nortada

Abraço-me, tremo, vagueio à bolina da madrugada, ao virar da página.

 

 

Atalho quieto, sozinho como gosto, ouço a "ronca" da Póvoa na neblina

E a traineira no fim do mar, em silhueta, é ponto de luz que me amansa

Gosto da maresia de setembro. Sento-me na areia, saltito descalço entre algas e mexilhões

Que bom rever rochedos onde brinquei em menino com um baldinho

E imaginar os castelos na areia com sonhos à janela e pontes que fiz

Mas que a água levou, curioso prenúncio de destino. Adormeço!

 

Armindo Mendes

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