Adormecendo... na floresta encantada
Serra do Alvão
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Um domingo de janeiro acabado...
Grato pelo belo crepúsculo, além dos montes deste Alvão para fotografar!
Aquém, houve subidas e descidas nos trilhos rochosos das serranias com vistas para a Senhora de Graça
Tanto pinhal para cheirar e o rio Olo, cristalino, fio de água que se precipita nas Fisgas
Espanto renovado sentir esta natureza, regalo para os sentidos todos, juntinhos, em clímax!
Foi bom, há que voltar quando a primavera acentuar as cores e as fragâncias deste pedaço de éden!!!
Descer as entranhas do Alvão, nas curvas e contracurvas da estrada, rumo a Mondim, é uma experiência sempre nova, a cada retorno àquele paraíso, nas cercanias da nossa “civilização”…
E depois, parando na berma da estrada, caminhando no trilho acidentado, colina acima, olhando as montanhas, tão imponentes quanto arredondadas, num fim de tarde quase solarengo que aguarda a primavera.
Percebe-se que elas, as montanhas, se alongam, preguiçosas, até outras serranias, como o Marão e a Meia-Via, mas orgulhosas pelos fios de água do Olo, cristalino, que descem, como véu de noiva, em socalcos rochosos, nas Fisgas de Ermelo, até uma poça fresca, com cheiro a resina, coaxar das rãs, milhafres que voam em círculos, num cenário extraordinário da natureza selvagem… que contemplamos, mudos na admiração, imóveis no tempo, sentindo a aragem!
Aqueles bosques abrigados enchem-nos de gentileza, pelas longas vistas de verde nas encumeadas ricas de sombras, e pelas pinhas que vão caindo ao lençol de caruma que cobre os chãos, ao lado da cabana florestal…abrigo de montanha, de tempos idos.
Nas aldeias encravadas na serra, quase sem gente, de telhados toscos, partem os últimos rebanhos que desafiam o futuro, teimando, até que a vontade canse o pastor…