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Marca d'Água

Marca d'Água

04
Jul24

Não longe do Vimeiro, onde se avista Porto Novo

No sobe e desce do passadiço, um pequeno rio e pinheiros com maresia


Torres Verdras Porto Novo passadiço.jpg

Às vezes, fruto do acaso, vamos parar a sítios que desconhecíamos, pedaços de Portugal que descobrimos, que admiramos com surpresa!

Torres Verdras Porto Novo praia.jpg

Foi assim, recentemente, numa passagem pela zona de Torres Vedras, não longe do Vimeiro, onde se avista um lugarejo chamado Porto Novo, cheio de gente simpática, com uma pequena praia de mar salgado e um tímido porto de pesca, rodeado de zonas verdes que apeteceu conhecer, cheirar e percorrer no sobe e desce de um passadiço entre um pequeno rio e pinheiros, quase até às termas...

Torres Verdras Porto Novo passadiço2.jpg

Torres Vedras Porto Novo praia barco.jpg

... com vista para o areal que se estende para Sul e para as vales férteis das redondezas, para o interior…

Torres Vedras Porto Novo passadiço.jpg

É assim o Oeste das Linhas de Torres, terras de tantas batalhas de outrora, hoje solo de fruta saborosa e pessoas que apetece conhecer, numa praia quase só para nós, comendo um pastel de feijão, naquele amanhecer fresco e ventoso!

Torres Verdras Porto Novo passadiço3.jpg

Torres Verdras Porto Novo praia3.jpg

 

 

29
Jun24

"Postais" com pontes que unem gentes e os afetos

No romantismo de Budapeste, nas margens do Danúbio


 

Ponte danúbio Budapeste editado.jpg

As pontes, engenhos humanos, como estes dois exemplares, unem gentes e lugares (Buda a Peste) separados por rio imponentes, como o Danúbio, aqui em Budapeste, na Hungria, num romantismo único, feito de palácios e jardins de encantar, como nos romances clássicos, que nos fazem parar a qualquer hora, deixando o tempo preguiçar, na corrente que se vai, sem pressa, por entre sotaques, apenas desfurtando do momento, à espera da fotografia certa, no relógio que corre do meio dia à meia noite!

Vista Noturna Danúbio Budapeste.jpg

21
Mar24

Riacho que, apressado, queremos convidar a ir mais devagar!

Em silêncio, apesar do chilrear da Primavera que chegou!!!


Barrias queda de água02.jpg

Às vezes, neste mundo cada vez mais digital, temos uma vontade analógica, primária, incontida, de pararmos o tempo, de ordenarmos, só com o olhar, que os ponteiros do relógio avancem em câmara muito, muito... lenta!

Para desfrutarmos de momentos raros de bem-estar, queremos junto ao peito prolongá-los, como partes da natureza maior, ancestral, onde sentimos uma energia mais forte do que nós, uma eletricidade fresca como arrepios, que brota do subsolo, corpo acima, até ao coração!

Que emerge da folhagem das árvores para os nossos cabelos, ou do riacho que, apressado, queremos convidar a ir mais devagar, levitar como véu de núpcias, branco como a fé, que cobre o leito rochoso...  

Barrias queda de água.jpg

E, por magia, na cascata, as águas param... e os peixinhos castanhos ficam ali, perante nós, olhando soçobrados ao instante de felicidade...

Onde, não importa quando, os raios de sol fintam as sombras da vida, cintilam como estrelas alegres para iluminarem o silêncio, apesar do chilrear garrido da Primavera que chegou! 

Bem-vinda sejas, de volta, bela Primavera!!!!

 

27
Fev24

Força maior que a inteligência não alcança!

Simplesmente, respirando, em paz!


Fridão paisagem rio Tâmega.jpg

Subir a encosta para ver mais do alto, lá ao fundo, o rio Tâmega, que vai escrevendo no sobrado da serra aqueles poemas resinosos, aromas a pinho, sons fluviais, palatos a medronhos, sob a forma de vigor que nos molha as mãos enrugadas!

São elas que levamos ao rosto, para nos refrescarmos na caminhada da vida, de tantos suores e lágrimas, ou até, feridas por cicatrizar!

Baloiço do Tâmega.jpg

E lá, no baloiço do Tâmega, no vai e volta suspensos nas cordas do destino, retemperamos vontades de irmos para além da nossa força!

Como um pêndulo, por energia maior que a nossa inteligência não entende, nos impele à procura de nos satisfazermos, ora mais, ora menos, nem que seja, à espera do ocaso da jornada, ali, no penhasco, simplesmente, respirando, em paz, para cá do Marão!

17
Jan24

Uma passagem, para outra margem

Passadiços do Mondego


Passadiços do Mondego.jpg

Na outra margem mora a incerteza.

Atravessar o passadiço para virar costas a tantas coisas que nos consomem é a vontade que se sente, ante o cansaço por tantas circunstâncias, de seres menores, que parecem só existir, por trás do penedo, para tornar mais íngreme a caminhada dos que ousam subir a colina, de costas direitas!

12
Jan24

A bela Viana, princesa do Lima

Sítio mágico de onde a nossa vista alcança tanto


Rio Lima Viana do Castelo copiar.jpg

Olhar o espelho de água do Lima, majestoso, é sempre tonificante, a cada regresso à bela Viana, a princesa do Lima!

Que encantamento de cidade, com os seus cordões de ouro no pescoço das moças na procissão da Agonia, com os seus jardins românticos, com o seu casario antigo, do tempo de mercadores, que parte, beira-rio, caiado de branco, em direção à encosta abençoada por Santa Luzia, sítio mágico de onde a nossa vista alcança tanta terra, tanto mar, tanto areal atlântico, num cenário para fotógrafos à la minuta perpetuarem no papel, a preto e branco.

Esta alma está em cada coração de Viana, essa joalharia sem igual, símbolo de Portugal, ou numa urbe com dotes de poetisa nas quadras que admiramos nos singelos lenços de namorados…onde os erros ortográficos soam a sonetos…ou nos trajes do seu folclore minhoto, o mais alegre deste quinhão de terra espelhado neste estuário de água imensa…

 

20
Nov23

Caminhos assim!

Douro: tanta água que brilha aos fios de sol


O rio Douro é uma torrente de emoções quando o olhamos com vistas de ver, do cimo da serra, entre nuvens graciosas que o saúdam, como dedos que tateiam num veludo azul-celeste, com bordos de ouro.

Paisagem Rio Douro Baião Aregos.jpg

O que vemos então? Vemos tanta água que brilha aos fios de sol, perpassando montes e vales, num leito curvilíneo, majestoso, como o rabelo, que segue até "Portus Cale".

Paisagem Rio Douro Baião Aregos02.jpg

Sob pontes do comboio, deixando para trás tantos socalcos de beleza, de miradouros com pedra de xisto, de cerejais sem fim, de ermidas e mosteiros românicos, de romances de Eça, de devaneios de Torga, ou dos néctares de Baco, sob a forma de cálices de Porto.

 

 

16
Jan23

Asas de devaneio que se pode contar

Ritmos e tons que as letras vão mostrando


Castelo do Queijo.jpg

E há castelos imensos de sonhos para contar, este ou outro qualquer, só há que abrir as asas e voar.

Sem medos, deixar a caneta voar, voar, voar!

É lindo olhar o mundo lá de cima, ficar tão leve e sentir a brisa que refresca a alma.

Que espicaça nas asas de um devaneio que se pode contar em estrofes de encantar.

E fazer cantigas de amigo ou cantigas de amor, sem contar, com ritmos e tons que as letras vão mostrando, como notas musicais!

Armindo Mendes

18
Out21

A brisa que refresca a alma...


E há rios imensos de sonhos para contar, só há que abrir as asas e voar.

Sem medos, deixar a caneta voar, voar, voar!

rio Tâmega Amarante.JPEG

É lindo olhar o mundo lá de cima, ficar tão leve e sentir a brisa que refresca a alma.

Que espicaça nas asas de um devaneio que se pode contar em estrofes de encantar.

E fazer cantigas de amigo ou cantigas de amor, sem contar, com ritmos e tons que as letras vão mostrando como notas musicais!

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