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Quando regressam os cinzentos com as nuvens que caem do penhasco, para humedecerem olhos que se veem no espelho do lago, à cata do sentido das coisas, no carrossel da sorte, onde, qual sina, se é ator longe das luzes do palco…
Que bom sentir aquelas veredas, na ilha branca
No cume da Graciosa, em redor, tanta paz, envolto nela
Abrir os braços, agarrar tanto ar, tanto de nada, sopro para a alma
No vale, veem-se muros de pedra de Vulcano que riscam o verde
Pontos brancos são casas onde moram ilhéus, com rugas de sal
Resquícios de vinhas perduram e vagos ressequidos, nos terraços
Até os cheiros a bagaço se misturam com os raios de sol
Ou sons rurais que ecoam através dos aerogeradores
À volta da velha caldeirinha, imagina-se o pretérito desta esmeralda
Com a lava a acrescentar cada fajã, o fogo avivando o mar
No traço do horizonte que cintila, navios rumam a Leste, quase levitando na bruma
Neste quinhão é-se do tamanho do que somos, um pedaço da natureza!
E que gozo sê-lo, sem faz de conta, apenas pessoa, a preto e branco!