Caminhadas nos passadiços, com sabor e cheiro a mar
Caminhando, em boa companhia, desfrutando de todos os prazeres do momento, junto ao mar e às dunas, traz-nos tanto bem-estar que até o sentimos na nossa pele.
Por entre as dunas, na cadência da passada, da conversa sobre tudo e sobre nada, vamos olhando à volta, com o Atlântico fresco da manhã, fazendo magia, atraindo a nossa atenção!
O som das ondas pachorrentas no areal, a brisa suave e morna, de Norte, e aquele cheiro a mar que nos preenche todos os bocadinhos, tudo junto, sem segredos, numa alquimia de sensações, de mãos dadas, as nossas, que guardam cumplicidades, à bolina, até onde o acaso nos levar, sem relógio, só com telemóvel, apenas para ir fotografando cada recanto!
Imaginamos, da costa, sob o cheiro a sardinha assada…
Lá longe, o porta-contentores rasga a linha do mar do Matosinhos, nas águas cintilando, rumo à América talvez, com tantas coisas mundanas no convés…
Que imaginamos da costa, com cheiro a sardinha assada e arroz de tomate, sentados na marginal, num qualquer domingo de sol!
Mas, à proa do navio, haverá marujos de pele salgada, sotaques do Leste e mãos robustas a adivinhar o sol a pôr-se, à bolina de abril, em mais uma jornada que se vai, à espera da noite que se deseja!
Recordando uma manhã que há pouco despertara e nela encontrara uma serenidade imensa.
Peito aberto, sentia a brisa que embalsamava a alma. Sentado numa espécie de lençol de areia dourada, olhava o mar, de azul atlântico, que sempre me embalava o olhar.
Papá, papá! – era o meu filho, que chamava para mais uma brincadeira. Sem querer, a criança pusera fim a um momento de deleite. Mas, não faz mal, a voz terna do menino e um sorriso arrebatador já impelira o progenitor para o prazer de brincar com o filho que tanto ama.