Ruínas de um velho moinho, que são pedras sobre pedras, cada uma, quiçá, das almas de quando o tempo era mais vagaroso e as gentes do Minho, antes da CEE, comiam broa de milho com côdea generosa, acompanhando uma cebolada e verde tinto, ao som da concertina, tambores e reco-reco.
Como é bom caminhar nas margens do Lima, mesmo numa manhã fria e chuvosa num feriado de dezembro... Respirar os ares frescos do Minho é uma delícia, nos trilhos enlameados pelo "dilúvio" da véspera... ao lado de um rio abastado... junto às ermidas, nos açudes ou sob as pontes medievais, apressado, o Lima, a caminho do mar, a poente, em Viana do Castelo, onde beijará o oceano, junto à praia, sob a bênção de Santa Luzia… inspirando lenços de "nemurados"... com tantos erros ortográficos, com sotaques bordados, à magia do amor...
Ponte de Lima: Dizem, por lá, que é a vila mais antiga de Portugal.
Trata-se, de facto, de um pequeno burgo minhoto, com muita história e tradição, um casco pitoresco com um casario interessante e contando com um enquadramento paisagístico em que o rio Lima e a sua ponte milenar, de origem romana, sublinham o seu caráter e atratividade turística.
Justifica-se a visita e uma caminhada nas suas ruas ou até às belas lagoas de Bertiandos, que são Reserva Ecológica Nacional, a oito KM do centro da vila, passando por vinhedos e outras belas paisagens humanizadas, além de um dos mais bonitos palacetes minhotos.