Numa “humilde” flor do campo, muito pequenina, que brota na nossa ruralidade, numa abelha que busca o seu pólen, num antro de doçura quase mel, tanto para se ver, tanto para se sentir, tanto para, simplesmente, admirar…
Em paz, nestes prados, deixando o tempo fluir devagar, o sol morno a cobrir-nos o rosto, o vento suave a pentear-nos o cabelo… neste cheiro silvestre sob o carvalho…
E ouvir o som das cigarras e dos grilos, uma melodia para os nossos ouvidos, que bom!!!
E, no topo do arvoredo, a passarada, sublime, como violinos afinados!
Todos em êxtase, qual orquestra, com a sinfonia que voltou”, como nós, na Primavera!
O mar, a terra, o céu, as plantas, as rochas, o homem e tanto mais – o nosso planeta que brota vida, em rebentos de paz!
Que belo é, tão perfeito, mas de tão frágil equilíbrio, como uma tela de Michelangelo, que não devemos tocar, apenas admirar! Contemplá-lo em todo o seu esplendor é um privilégio, uma dádiva divina, e preservá-lo um encargo que nos obriga a todos, sempre!
O mar, o chão, o céu, as plantas, as rochas, o Homem e tanto mais – o nosso Planeta Terra que brota vida, em rebentos de paz!
Contemplá-lo em todo o seu esplendor, como Charles Darwin ou Carl Sagan fizeram, é um privilégio, uma dádiva divina, e preservá-lo um encargo que nos obriga a todos, sempre alerta, neste farol de vigia!
Sintamo-nos parte dele, porque nas águas do oceano e no azul do céu nos revemos, não perfeitos como aqueles poemas, mas o quão imperfeitos, outrossim, para deles, em redenção, sermos merecedores, geração após geração!
Em existências como esta, com velas latinas que se obliteram sob os engulhos do destino, é quando a alma dos servos indaga o alento celeste dos de além, dos ancestrais, na prece do coração, o nosso, por clarões de esperança, por um arco-íris até ao mar da tranquilidade, azul-turquesa.
FOTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)
Numa barca com insígnias de paz que baila aos ventos alísios, uma barca de opala com convés acolchoado com penas brancas, suprido de sustentos para os corpos e para as almas, até avistarmos, no firmamento, a constelação “Apuse”, a ave do paraíso, a apontar para a praia de areias brancas, onde espera Ariel, o arcanjo da natureza e dos animais, com açafates de salmão, pão de Deus, cocos refrescantes, uvas moscatel e papos de anjo, para sermos todos irmãos que se abraçam em gesto perpétuo, maior que tudo e que todos!