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Marca d'Água

Marca d'Água

14
Out24

Recordando Puebla de Sanabria

Pedaço de história com gente dentro para revisitar, um dia, com certeza!


Puebla de Sanabria agosto 2024.jpg

Naquele casario, entre as montanhas mágicas de Sanabria, abrigadas pelo castelo medieval de Puebla, lá estavam as casas com varandas floridas, as ruas estreitas e íngremes, as ermidas góticas e as gentes da raia, como as de antanho...

Puebla de Sanabria vista casario centro da aldeia.

Que teimam em resistir ao desgaste voraz da “civilização” digital que os turistas impõem à passagem barulhenta!

Puebla de Sanabria agosto 2024 b.jpg

Mas nem todos veem a urbe com os mesmos olhos!

Os meus, lá do alto da torre, quedaram-se em tantos pedaços de pedra, fachadas de passado brasonado, que nos interpelam, entre umas quantas fotografias para mais tarde lembrar aquele regresso ao sítio onde um dia tinha passado, a correr, a caminho de León, para assistir a um memorável concerto de Kitaro!

28
Ago24

Quando as Fisgas, o Monte Farinha e o rio Olo nos fazem respirar melhor

Postais do Alvão, entre Mondim e Vila Real


Miradouro Fiscal de Ermelo.jpg

No Alvão, serra imensa, à saída do Minho, às portas de Trás-os-Montes, respira-se melhor…

Miradouro Fiscal de Ermelo2.jpg

Os vastos bosques de pinheiros resinosos enchem o ambiente de cheiros frescos que nos fazem mais novos, monte acima, com energia, à procura do rio, atrás do som das águas, entre as rochas das Fisgas e o solo fofo da caruma… que pisamos com prazer…

Miradouro Fiscal de Ermelo3.jpg

Depois, sim, que bom… chega o fim de tarde, com o sol que se põe, atrás da encumeada, sempre imponente, com os seus raios de mil tons alaranjados entre o arvoredo, até nos tocarem o rosto, tépidos, que retemperam a brisa fresca… que convida a um agasalho que prenuncia a noite…

Miradouro Fiscal de Ermelo4.jpg

É hora de descer a montanha com as baterias carregadas, à espera do regresso, mais cedo que tarde, para ver o sol pôr-se de novo!

Miradouro Fiscal de Ermelo5.jpg

29
Jul24

Paisagens do Vale do Douro

Nos socalcos do Côa à procura das gravuras...


Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar.jpg

Andando por aquelas "andanças", nos socalcos rochosos do Côa, à procura das gravuras deixadas pelos nossos ancestrais... há muito, muito tempo...

Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar 02.j

Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar 03.j

E somos pequenos ao observar gravuras paleolíticas executadas há cerca de 30.000 anos...

Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar 04.j

Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar 05.j

E na visita ao Museu do Côa percebemos melhor como tudo terá acontecido...

Paisagens do Rio Coa Douro amendoeiras copiar 10.j

22
Jul24

Campos de Lavanda de Tiedra

Numa experiência sensorial, de paz interior…


Campos de Lavanda de Tiedra 202402.jpg

Os campos de Lavanda de Tiedra, Espanha, são dignos de uma paragem, sem velocidades, para ali deixarmos descansar as vistas, acariciarmos as belas florzinhas e, acima de tudo, deixarmos o olfato gozar intensamente com aquela fragância intensa e fresca, que dá vida aos perfumes!

Percorrer aquelas vastas extensões planas, no meio do nada, é uma maravilha, olhando à volta e ver tudo florido, com tons suaves, até perder de vista, que nos transmitem uma tranquilidade especial.

Campos de Lavanda de Tiedra 2024.jpg

Ao sol da tarde que ainda vai alto, baixar-nos ao nível das flores e aproximarmo-nos delas é uma experiência sensorial muito reconfortante… de paz interior…

Tocá-las, senti-las nos dedos, cheirá-las uma e outra vez, sem vontade de parar, é um ritual renovado que não queremos deixar para trás.

Campos de Lavanda de Tiedra 202403.jpg

Sorrindo, de lá trazemos no nosso peito as memórias, sob a forma de cheiros e imagens de rara beleza, além daquela brisa morna que nos afagava o rosto quando apontávamos a máquina fotográfica para mais um registo, sob o olhar atento das abelhas que se lambuzavam no pólen das lavandas… para um mel tão saboroso e cheiroso que já provei!

04
Jul24

Não longe do Vimeiro, onde se avista Porto Novo

No sobe e desce do passadiço, um pequeno rio e pinheiros com maresia


Torres Verdras Porto Novo passadiço.jpg

Às vezes, fruto do acaso, vamos parar a sítios que desconhecíamos, pedaços de Portugal que descobrimos, que admiramos com surpresa!

Torres Verdras Porto Novo praia.jpg

Foi assim, recentemente, numa passagem pela zona de Torres Vedras, não longe do Vimeiro, onde se avista um lugarejo chamado Porto Novo, cheio de gente simpática, com uma pequena praia de mar salgado e um tímido porto de pesca, rodeado de zonas verdes que apeteceu conhecer, cheirar e percorrer no sobe e desce de um passadiço entre um pequeno rio e pinheiros, quase até às termas...

Torres Verdras Porto Novo passadiço2.jpg

Torres Vedras Porto Novo praia barco.jpg

... com vista para o areal que se estende para Sul e para as vales férteis das redondezas, para o interior…

Torres Vedras Porto Novo passadiço.jpg

É assim o Oeste das Linhas de Torres, terras de tantas batalhas de outrora, hoje solo de fruta saborosa e pessoas que apetece conhecer, numa praia quase só para nós, comendo um pastel de feijão, naquele amanhecer fresco e ventoso!

Torres Verdras Porto Novo passadiço3.jpg

Torres Verdras Porto Novo praia3.jpg

 

 

02
Mai24

Sítios mágicos... num “manto imenso de água"

Barragem de Vilarinho das Furnas, de um azul quase profundo...


Barragem de Vilarinho das Furnas.jpg

Como diz a canção de Paulo Gonzo, “…de olhos bem abertos, percorro a paisagem e guardo o que vejo, para sempre, numa clara imagem…”.

Barragem de Vilarinho das Furnas03.jpg

Sim, aqui, neste sítio mágico, uma bênção, um espelho de água, ora de um azul profundo, ora quase turquesa cintilante, estende-se por muitos hectares, rodeado pelas montanhas do Parque Nacional Peneda-Gerês, onde nos sentimos pequenos...

Barragem de Vilarinho das Furnas04.jpg

Barragem de Vilarinho das Furnas05.jpg

Vilarinho das Furnas, no concelho de Terras de Bouro, foi uma aldeia que acabou submersa, em 1971, com a construção da barragem/albufeira que adotou o seu nome…

Barragem de Vilarinho das Furnas02.jpg

Hoje, é um dos recantos mais bonitos de Portugal, um sítio mais entre outros pedaços de paraíso que ainda podemos encontrar naquelas vastas serranias do parque nacional, entrecruzadas com a água fresca de rios e ribeiras do Vale do Cávado…

Barragem de Vilarinho das Furnas06.jpg

De câmara fotográfica apontada à paisagem, visitar aquele quinhão tão belo é sempre um prazer que se renova a cada regresso pautado pela vontade de inspirar os ares profundos, cristalinos, que bafejam aquelas latitudes, num sossego que nos acaricia a alma, olhando, como diz a canção, “um manto imenso de água… de um azul quase profundo… um sopro de ar”... do lado de cá da serra...

Barragem de Vilarinho das Furnas07.jpg

 

15
Abr24

Barca encolhida, contra a corrente, de tons dourados, como o nome do rio…

Desfrutar, quase em silêncio, por favor, a pedido do guia!


Douro Internacional passeio de Barco Mianda do Dou

Por aquelas bandas de Miranda, o Douro é esguio, curvilíneo, para rasgar o maciço granítico, empreitada de milhões de anos, esventrando no seu trilho encostas imponentes para onde olhamos com espanto… percebendo a nossa pequeneza…

Douro Internacional passeio de Barco Mianda do Dou

E a "barca" passa quase encolhida, navegando pachorrenta, contra a corrente da "modernidade", em águas de tons dourados, que dão o nome ao rio…

É reserva natural, parque para cientistas trabalhar e para turistas desfrutar, com respeito, quase em silêncio, por favor, a pedido do guia!

Paseio MIrande do Douro 2024.jpg

Fauna e flora abundam e são ricas, bem visíveis num passeio de barco com sotaque castelhano, olhando o leito que une dois países, imaginando o plâncton à superfície, vendo as paredes graníticas das margens, quase verticais, com tantas plantas autóctones, quedas de água e ninhos de águias reais!

E, mirando arriba, o céu azul com farrapinhos de nuvens brancas, para, com alguma sorte, admirar as aves de rapina, planando em círculos, com elegância, que abundam por terras de Miranda e ouvir a passarada de abril, quando regressamos a Miranda, com a sua catedral, no topo do penhasco!!!

Douro Internacional passeio de Barco Mianda do Dou

 

 

15
Abr24

Milhões de pigmentos nesta bela sinfonia!

Onde o Douro maior ondula entre maciços de papoilas


Douro Internacional passeio de Barco Mianda do Dou

Com tudo o que encerra, a Primavera, que bem-vinda sejas, proporcionas momentos assim, adocicados com lindas papoilas ao vento de abril, uma singeleza que não queremos incomodar, mas que nos convida a sentar-nos no prado, entre flores silvestres e muito verde…

Uma paisagem maravilhosa, onde o Douro maior, o mais musical dos rios, ondula entre os maciços rochosos transfronteiriços… há milhões de anos, quando não havia países, onde um dia já houve mar!

Que quadro tão belo que a Natureza nos oferece, mais um em que nos sentimos gratos por estarmos ali, dela desfrutando ao miradouro, num silêncio profundo, que queremos ouvir com alma, só acordados pelas águias reais ou pelos grifos que patrulham os céus de Miranda, em belos bailados!

Miranda do Douro papoila.jpg

Uma Criação em maiúsculas que sorri, enquanto os nossos sentidos, em orquestra, se esforçam para absorverem cada aragem que nos cobre o rosto, cada cheiro, cada um dos milhões de pigmentos de cor que formam esta bela sinfonia, em forma de papoila!

 

04
Abr24

Pormenores da "velha", na Estrela maior

Na mais alta de Portugal, olhando o horizonte


Pormenores Serra da Estrela.jpg

Ao subirmos a serra de carro, nas curvas e contracurvas das terras do Mondego, despontam caprichos da natureza como este, que ganham formas curiosas, para turista ver e tirar retratos digitais!

E nós, olhado a rocha, logo comparámos com silhuetas humanas, neste caso, diz-se por lá, a “cara de uma velha”, olhando o horizonte…

03
Abr24

Há "pinturas" assim, nas atlântidas lindas...

Lagoa do Fogo, a cada regresso, às ilhas do amores...


Lagoa do Fogo Sãi MIguel.jpg

A cada regresso à Lagoa do Fogo, ainda que virtual, o mesmo espanto, o mesmo misticismo, de neblinas, de murmúrios, a mesma sensação de estarmos num local imenso, com cheiro a verde por todo o horizonte, para onde estendemos os braços trémulos…

E onde, subindo até ao topo da montanha, cada travo ventoso é mais açucarado do que o ananás da ilha…

É um sítio único… Onde a água desce da encosta até à lagoa como o papel prateado de uma fotografia impressa com uma pintura a carvão colorido… Um retrato que só o Criador ousou conceber… para capa de um álbum de recordações das “minhas” ilhas dos amores, para revisitar sempre que apetecer...

08
Mar24

Florzinhas que, como as ninfas, adocicam a alma

Fragrância a lavanda, como feitiço de Mulher…


campo de lavanda 1.jpg

Campos fora, na meseta, são pigmentações, texturas, mas, sobretudo, a fragrância a lavanda, como feitiço de Mulher…

campo de lavanda 2.jpg

São prados floridos tão imensos que nos enfeitiçam ao pôr do sol, onde caminhamos vestidos de branco, para não perturbarmos a atmosfera cinemática…

campos de Lavanda 3.jpg

Onde, pequeninos, soçobramos com tanta beleza junta… que as palavras são frugais para dela falarem… 

campos de Lavanda 4.jpg

Deixando os cabelos delas serem ainda mais belos, ao vento, até dançando, rodando os vestidos bordados… delas, das Mulheres, nossas deusas, e das florzinhas que, como as ninfas, adocicam o olfato, por esses momentos, o soberano e o mais privilegiado dos sentidos da vida!

É tão bom recordar, neste Dia da Mulher!

27
Fev24

Força maior que a inteligência não alcança!

Simplesmente, respirando, em paz!


Fridão paisagem rio Tâmega.jpg

Subir a encosta para ver mais do alto, lá ao fundo, o rio Tâmega, que vai escrevendo no sobrado da serra aqueles poemas resinosos, aromas a pinho, sons fluviais, palatos a medronhos, sob a forma de vigor que nos molha as mãos enrugadas!

São elas que levamos ao rosto, para nos refrescarmos na caminhada da vida, de tantos suores e lágrimas, ou até, feridas por cicatrizar!

Baloiço do Tâmega.jpg

E lá, no baloiço do Tâmega, no vai e volta suspensos nas cordas do destino, retemperamos vontades de irmos para além da nossa força!

Como um pêndulo, por energia maior que a nossa inteligência não entende, nos impele à procura de nos satisfazermos, ora mais, ora menos, nem que seja, à espera do ocaso da jornada, ali, no penhasco, simplesmente, respirando, em paz, para cá do Marão!

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