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Marca d'Água

Marca d'Água

28
Set21

Editorial Expresso de Felgueiras: Para memória futura! (28 set 2021)


 

Sim Acredita uma cópia.jpg

Para memória futura há de ficar a postura absolutamente equidistante do Expresso de Felgueiras, mais uma vez, no processo eleitoral autárquico que terminou no passado domingo, deixando, como se impunha, o combate político para os partidos e coligações que se apresentaram a sufrágio e promovendo o debate das ideias e dos projetos.

 

Para memória futura, honrando o passado deste projeto, o nosso compromisso de nos mantermos iguais a nós próprios, como no dia 31 de março de 2006, quando “nascemos”.

 

Para memória futura ficarão os resultados históricos, sem paralelo em Felgueiras, alcançados pela candidatura Sim Acredita, liderada por Nuno Fonseca e seus pares.

 

Para memória futura ficará a derrota colossal sofrida pelo PSD que deixará marcas profundas num partido de poder que há não muitos anos era hegemónico em termos autárquicos no concelho. Um PSD fraco significará uma oposição fraca e isso é mau até para o poder!

 

Para memória futura, o vendaval de votos que varreu os social-democratas de quase todas as juntas de freguesia.

 

Autarcas de freguesia saltitantes

 

Para memória futura o sinal negativo deixado, de novo, por certos presidentes de junta que vão dançando consoante as aragens do poder rosa, laranja ou de outras cores, saltando de partido em partido, como quem muda de camisa. São culpados os autarcas de freguesia saltitantes, mas também os sucessivos poderes na câmara, de várias cores, que não resistem à tentação de “controlar” os poderes nas freguesias.

 

Para memória futura, o veredito da maioria dos felgueirenses, que votou maciçamente no modelo de governação municipal liderado por Nuno Fonseca e o civismo com que decorreu a ida às urnas e as reações aos resultados de vencedores e vencidos, traduzindo a maturidade política que se vai observando em Felgueiras.

 

Para memória futura, o sinal de preocupação que a expressão esmagadora dos resultados para a câmara, assembleia municipal e juntas de freguesia pode significar em matéria de pluralismo político e expressão das diferentes visões no concelho.

 

Sobranceria do poder?

 

Para memória futura ficarão os sinais de certa sobranceria que o poder e alguns dos seus protagonistas em Felgueiras, ainda que não todos, foram deixando, muito tempo antes das eleições de domingo, em relação a certos órgãos de comunicação social do concelho, inclusive o Expresso de Felgueiras. Que esses sinais não assumam outra dimensão é a nossa expetativa em ordem a manter a normal relação institucional entre o poder político e o “poder” da imprensa.

 

Para memória futura ficará o compromisso deste projeto editorial, enquanto órgão de comunicação social, no sentido de, como no passado com Fátima Felgueiras, Inácio Ribeiro e Nuno Fonseca, se manter plural, atento e crítico a eventuais excessos, que não se desejam, que este ou outro qualquer poder circunstancial possa sentir-se tentado a protagonizar, porventura em consequência de um deslumbramento com os resultados eleitorais, como tantas vezes ocorreu com os políticos, inclusive em Felgueiras e noutras paragens próximas.

 

Abertura à sociedade civil

 

Para memória futura, por fim, mas relevante para nós, o propósito de nos mantermos abertos à sociedade civil, com novos conteúdos multimédia e outras formas de comunicar, para promoção e divulgação dos projetos e atividades no concelho, significando isto que a atualidade política e autárquica é apenas, note-se, um dos vários contextos sobre os quais o Expresso de Felgueiras se propõe continuar a trabalhar sob ponto de vista editorial, respeitando o primado do serviço público que nos norteia desde o início.

Armindo Mendes / Diretor do Expresso de Felgueiras

 

06
Set21

É domingo à tarde!


Ali, por debaixo das luzes de Led que atraem as barrigas vazias para suculentas imagens de hambúrguer com metro e meio de altura, com nomes muito “à frente” tipo Mac… qualquer coisa, dependendo a “qualquer coisa” da quantidade da carne picada e das batatas fritas ‘gold’.

A azáfama é grande, o rebuliço é fervilhante das gentes, anónimas, à espera, de olhos nos telemóveis, em caracóis de filas, todos inebriados pelos odores e sabores intensos dos molhos de cores garridas que encimam a ‘fast food’ da cadeia norte-americana servida por jovens doutores remediados. São hambúrgueres, mas podiam ser asas de galinha frita, como além.

Ao ritmo dos apetites vorazes, os tabuleiros saem do balcão carregados pelos clientes que se esbarram entre si, tal a trapalhada, com copos de refrigerantes e tantas coisas, numa parafernália de cheiros, pacotes, cores e, claro, brinquedos giríssimos para os meninos e para as meninas, qual engodo no futuro presente.

 

"...Quando se apreciou ao espelho, olhando o seu rabo, orgulhosa do milagre adelgaçante..."

A senhora loura, abundantemente maquilhada, ali na fila passara há pouco pelas lojas do centro comercial… os passos ruidosos dos saltos altos tinham despertado a minha atenção!

… Ajeitando o cabelo, carrega ainda, orgulhosa, nos sacos de compras, tantas coisas, como aquelas calças de marca a que não resistiu, quando se apreciou ao espelho, olhando o seu rabo, orgulhosa do milagre adelgaçante que o corte da roupa proporcionou às suas partes traseiras que a idade quis agora de linhas abastadas. Uau!!! Vou levar, comentou para o companheiro, puxando pelo cartão de crédito, com um sorriso de orelha a orelha, imaginando o furor que fará quando as amigas (e amigos) do escritório elogiarem… a peça de roupa.

Na fila para a fast food, o companheiro, ao lado da dita, com a barba da moda, calças justas e curtas, de pernas depiladas e com um sapato requintado que deixa ver os pés. Vociferando certas palavras num português pobre, não larga o telemóvel, fazendo as últimas apostas no Placard ou no Betclic, não importa! A expressão dele é de quem procura na fortuna e azar adivinhar o resultado de um qualquer Sporting-Porto desse domingo à tarde, enquanto sonhava com o prémio dos excêntricos, aquele carrão e aquelas boazonas todas só para ele!!!

Já na mesa, na grande sala do shopping, à hora do jantar, a família está em deleite perante os ‘Big Mac’ que fazem as delícias dos tabuleiros com milhões de molhos, mil sabores, amarelos e vermelhos e outras quadricromias, e centenas de guardanapos de pepel que aldrabam as bocas lambuzadas e se deixam cair na confusão, por entre as batatas fritas XL que saltam dos copos de plástico para as bocas, impelidas por mãos a um ritmo desafiante, para gaudio dos comensais, de olhar vazio, mas felizes!

Um pouco por toda a sala, pobres e ricos, letrados ou nem por isso, do avô ao pai, do filho ao neto, todos se saciam até não caber mais, para, de seguida, se levantarem rumo a mais um devaneio, sem destino certo, pelo antro do consumismo, só porque sim, com a loira de olhos postos nas montras de decoração chamativa das lojas e o companheiro, de sapatos finos, de novo perdido nas apostas.

E caminham aos magotes, quase todos impecavelmente vestidos com os trajes de moda.

Elas de barrigas à mostra e calção justo, eles de calças e camisas justas. Tudo pronto para as ‘selfies’ do momento.

Estão contentes, num momento fugaz, ou escondem-se atrás uns dos outros. E cruzam-se indiferentes, quase se tocando nos ombros, nos corredores do shopping dos sonhos, num ritual que manda o status quo, que observo, da minha mesa, onde trabalho, indiferente, talvez!

É domingo à tarde, no Porto!

21
Out13

Os jornais regionais vão fechando um após o outro!


Hoje soube do encerramento de um jornal regional, de Guimarães, com o qual convivia quando era pequeno. O meu pai era assinante e todas as semanas era um ritual lê-lo junto ao meu progenitor. Terá sido, porventura naquelas páginas, que li as primeiras notícias.

O fim de um jornal com tantos anos é uma enorme perda para a comunidade que servia, para os hábitos e tradições das pessoas que o jornal ia retratando em cada edição, registando para todo o sempre os pequenos acontecimentos.

A terra que servia está mais pobre. As suas gentes também! Em vários concelhos que conheço já não há jornalistas no ativo porque, simplesmente, os jornais e as rádios vão fechando, numa agonia! Já quase não há quem escreva ou onde se escrever sobre as coisas que acontecem em cada recanto do país, nas pequenas comunidades!

Os últimos anos têm significado o fim de muitos jornais e rádios no norte do país, incapazes de enfrentarem tanta coisa em simultâneo, sobretudo as mudanças nos hábitos de leitura, com o “advento” dos suportes digitais, em que tudo é gratuito, até as notícias, e uma conjuntura económica que esventra as pequenas empresas e as famílias, aquelas que, com os seus anúncio ou assinaturas, iam assegurando as principais receitas dos ditos jornais.

É, acima de tudo, a consequência de uma crise brutal que tudo esmaga à sua passagem, mesmo os que, como nós, nada contribuíram para a sua chegada, nada fizeram para o défice galopante do país!

O que fazer para responder a sucessivas vagas de austeridade e aumentos de impostos é o que perguntam os empresários do setor que veem os órgãos que gerem perdendo audiências e receitas quase todos os dias? As receitas que pagavam os ordenados daqueles que vão ficando sem nada para fazer!

O que vão fazer os profissionais da imprensa regional num setor com horizontes de encolhidos, quase sem alternativas que garantam rentabilidade, sem capacidade de se internacionalizar.

A carolice de muitos jornalistas que ainda vão trabalhando a troco de quase nada há de, um dia destes, acabar, como já acabou para tantos que, cansados, desiludidos, por não acreditarem já no Pai Natal, baixaram os braços!

O cenário é, de facto, muito cinzento! 

16
Out13

Recuso-me a sofrer por esta negra "Seleção dos Amigos do Paulo Bento"


As camisolas negras (tão feias) com as quais jogou a "Seleção dos amigos de Paulo Bento", em Coimbra, expressam bem a miséria do futebol praticado, contra adversários de terceira categoria, e a medíocre e lamerntável atitude da maioria dos milionários jogadores. Esses senhores (Paulo Bento incluído) merecem ver o mundial na TV!!!! Seja-me perdoado este desabafo: Eu recuso-me a sofrer por esta "negra" seleção!

11
Out13

O “culto” do consumo de álcool que se apodera de tantos adolescentes


Não é novidade dizer-se que o culto do consumo exagerado de bebidas alcoólicas está enraizado na nossa sociedade, há muitas gerações. Confesso que não comungo desse culto, apesar de, como qualquer comum mortal, apreciar, pontualmente, um pouco vinho de boa qualidade, acompanhando uma refeição em família, ou um refrescante copo de cerveja nos dias quentes de verão.

Contudo, por muitos, de todas as idades, o consumo de álcool é olhado como algo que exacerba a autoestima, sobretudo entre os jovens que, erradamente, encontram nesse comportamento um meio de emancipação junto dos seus pares e afirmação junto dos mais maduros.

Mas, por cada vez que me encontro em convívios em que predominam gerações mais novas do que a minha, não posso deixar de reparar que aquele comportamento está cada vez mais percetível nos hábitos de adolescentes.

O consumo maciço de álcool entre os mais novos é hoje um problema da nossa sociedade.

É muito preocupante observar tantos, de tenra idade, que consomem desmedidamente bebidas de qualidade duvidosa, com elevadíssimos teores de álcool, tantas vezes numa deriva de autodestruição que, como cidadão e educador, me deixa perplexo.

A ingestão exagerada daquele tipo de bebidas prejudica a saúde e, tão grave quanto isso, pode redundar em comportamentos perigosos e desviantes, muitas vezes com consequências graves para o percurso futuro dos nossos filhos. Associar aquele consumo a outros, como as substâncias estupefacientes, que podem funcionar como catalisadores, é uma mistura explosiva!

Saber conviver com esta realidade é um desafio tremendo para os pais que têm consciência dos perigos que correm os nossos filhos, quando convivem numa sociedade de consumo, desregulada, de perfis formatados, que os estimula para determinados comportamentos.

30
Set13

Autárquicas 2013: noite de emoções fortes!


No Tâmega e Sousa, viveu-se uma noite de emoções fortes, com mudanças autárquicas concretizadas em Amarante e Paços de Ferreira e “quase” mudanças em Paredes e Lousada.

Foi uma noite especial em que os corações de tanta gente bateram muito forte, sobretudo nos concelhos com votações mais apertadas.

Feitas as contas, houve explosões de alegria e lágrimas em Amarante e Paços, onde aconteceram as viragens.

Em Paredes, houve um terramoto, mas Celso Ferreira segurou-se no limite, por pouco mais de 70 votos. Contudo, em quatro anos, o PSD perdeu naquele concelho 11.000 votos!

O que se passou? O tempo responderá!

Em Paços, caiu, sem surpresa (?), o presidente dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD), Pedro Pinto, “vítima” por ter um concelho onde a água custa muito dinheiro.

No resto da região, quase tudo na mesma, com o resultado de Baião a destacar-se.

Carneiro teve ali mais de 71%, a votação mais expressiva do distrito do Porto.

Também em Felgueiras, Inácio Ribeiro (PSD) alcançou um resultado histórico, com 58,3%, reforçando a maioria absoluta.

Em Celorico, Joaquim Mota e Silva, que tinha sido eleito há quatro anos pela primeira vez, alcançou agora um resultado extraordinário: quase 65%! O resultado mais expressivo do distrito de Braga.

Volvidas as eleições, cumpridas as regras, seja bem-vinda a alternância, catalisada agora pela lei da limitação dos mandatos.

Boa sorte aos estreantes e continuação de bom trabalho aos que viram renovado o seu mandato.

Desde 1993 que assisto a estas mudanças. Desde essas saudosas eleições, já todos os concelhos mudaram de presidentes de câmara!

E desta vez caíram os últimos “dinossauros”: Armindo Abreu, em Amarante, e Jorge Magalhães em Lousada, que estavam no poder desde 1995, o primeiro, e 1990, o segundo.

Os dois não se puderam recandidatar. O sucessor em Amarante, Dinis Mesquita, perdeu, mas o sucessor em Lousada, Pedro Machado, venceu.

É assim a democracia!

Uns saem, outros entram. Ideias novas, caras novas, quase sempre para bem dos munícipes. O povo é soberano.

Desta vez, na presidência, vão estrear-se Pedro Machado (PS), em Lousada, José Luís Gaspar (PSD) em Amarante, Humberto Brito (PS) em Paços de Ferreira e Antonino Sousa (PSD/CDS), em Penafiel. São todos ainda relativamente jovens e têm muito para dar aos seus concelhos.

Como jornalista na região há mais de duas décadas, desejo boa sorte a todos.

Vamos (continuar a) trabalhar todos juntos, no respeito escrupuloso das competências e atribuições de uns e de outros, para bem do Tâmega e Sousa!

 

07
Set13

É o artifício do real que se faz


Por estes dias que antecedem as autárquicas, está tudo bem, formalmente bem, tudo corre de acordo com os ditames do politicamente correto.

Não obstante essa evidência, abundam, a este espaço de opinião, motivos para discorrer, tantas têm sido as incidências que vamos observando e ouvindo!

Alguns episódios recentes, por serem tão ziguezagueantes, deixam-nos atónitos, incrédulos, quase sem reação!

Como no passado mais ou menos recente, acometidos de amnésias agudas, vai faltando a memória a certos protagonistas da política, a uns certos paladinos da “verdade absoluta”, mas do mundo virtual!

É o artifício do real que se faz por estas e outras bandas bem próximas, fazendo jus, todos os dias, à “máxima” que o nosso povo, com propriedade e a inteligência de séculos, tanto gosta de zurzir, de que a política, para tantos que lá andam, se faz, acima de tudo e antes de tudo, por interesses! A política dos valores, dos compromissos e dos princípios, às vezes, é um conceito abstrato, coisa de livros, coisa do passado recôndito!

Sobretudo de uns quantos que, ora estando, ora fazendo de conta que não estão, se vão posicionando em função de causas casuísticas - pessoais ou outras!

19
Ago13

À espera de um” sabe-se lá o quê”, indutor!


Há momentos assim… difíceis!
Aqueles em que, confrontados com dados substantivos, alguns até contraditórios, temos de tomar decisões, numa amálgama avanços e recuos!
Na vida, a racionalidade nem sempre afina com a vontade de fazer isto e aquilo.
Perante o teclado que pode verter tanta coisa, porventura contundente, o ímpeto, alimentado por episódios que nos desapontaram, é irmos num sentido, movidos por algo muito humano!
Com um marco quase chegando, na inquietude da noite, pesamos e voltamos a balizar as consequências para uns quantos e para nós do que possamos dissertar, na ponta dos dedos, tensos, sem conseguir chegar a uma conclusão.
A ponderação do dia que nasce logo remete para o resguardo, ainda que temporário, à espera da decisão, que poderá acontecer quando a noite voltar a cair!
De nada vale ficarmos quietos, se calhar a opção mais confortável!
O melhor é voltarmos a deixar que as teclas adormeçam por instantes, enquanto os dedos se entrecruzam à espera de um sabe-se lá o quê, indutor!
19
Ago13

Caminhar, caminhando, nos caminhos em redor de Covelo do Monte


Por estes dias, caminhei mais uma vez pelas serranias do Marão, desta vez por trilhos em redor da aldeia de Covelo do Monte, um pequeno burgo com casas de xisto.

Com uma ótima companhia, sem surpresa, voltei a avistar paisagens fantásticas, desfrutando da natureza em todo o seu esplendor, numa manhã de verão!

A beleza dos montes misturava-se, nesta caminhada com os leitos de pequenos regatos, quase secos pelo calor, e uma ruralidade bucólica, tão próxima das gentes que restam daquele povoado, tão pouco conhecido, encravado nas entranhas do Marão.

No sobe e desce das encostas, às vezes ladeados por pinhais, abrigos de montanha abandonados e colmeias, enquanto os pés pisavam pedaços de xisto nos trilhos acidentados, os nossos pulmões agradeciam a bênção daqueles ares tão puros.

Esperavam-nos também vistas com campos de milho e hortas que ladeavam caminhos rústicos, com rochas esventradas pelas rodas dos carros de bois que se escondiam, quiçá, em pequenos resguardos feitos com xisto.

Também ali, abrigados pela sombra de um carvalho, degustámos as amoras silvestres.

Quando subíamos mais alto, às vezes parávamos e, simplesmente, olhávamos e sentíamos o que a natureza nos oferecia. Tão bom!

Ante o céu azul, aquele silêncio num horizonte de montanhas é ouro! Nem a presença sonora dos chocalhos do gado maronês ousava estragar, antes pelo contrário, são sons que contribuem para adensar o sossego de quem simplesmente, às vezes, prefere estar surdo ao que vem lá de longe, da cidade.

Sim, não custa nada, basta apenas caminharmos até lá e deixarmo-nos ser parte daquele conjunto tão simples, mas tão belo.

Vale sempre a pena caminhar por sítios tão bonitos que o nosso país oferece.

Só a aldeia de Covelo do Monte já não tem o encanto de outros tempos, sobretudo porque construções recentes agridem o casario de xisto original, ferindo o que resta do caráter bucólico do velho lugar!

18
Jul13

Atingir o fim supremo: manter o poder, mesmo que à custa de tanta coisa!


Não sou do que notam que a política é a culpada de quase todas as maleitas que afetam o país.

Também não me revejo naqueles que, de crítica fácil, nas redes sociais e noutros fóruns, disparam contra os políticos, responsabilizando-os por tantas coisas e julgando-os todos iguais.

Os políticos, enquanto classe, não serão mais do que o reflexo da sociedade latina como a nossa, como um todo, que é suposto representarem, porventura com mais defeitos do que virtudes.

A crítica de uns quantos devia ser precedida de um exercício de humilde autocrítica, sobretudo olhando para trás e apreendendo e interpretando o percurso de cada um.

Numa sociedade onde tanta coisa corre menos bem, não exclusivamente por culpa dos políticos, mas também como razão direta do défice do exercício da cidadania, traduzido na apatia em cada um de nós, a postura censurável daquela classe, à luz de valores universais, sobressaí em relação às demais, porque o exercício do poder embaraça o bom senso e exponencia defeitos. Ademais, propicia o legítimo escrutínio por parte dos mecanismos democráticos.

Conheço vários casos em que, observando percursos, se percebe que o poder vicia, o poder catalisa o lado obscuro de algumas personalidades menos bem dotadas de valores mais altos, que se enredam em comportamentos pouco congruentes, que só aparentemente tendem a fortalecer a liderança.

Por ser viciante, criando dependências a tantos níveis, até imateriais, que são os mais graves, alguns políticos são pródigos nas incoerências, norteando análises conjunturais e consequentes decisões em princípios meramente taticistas, que mais não visam do que atingir o fim supremo pela via mais fácil: manter o poder, mesmo que à custa de tanta coisa transcendente.

Essa é, confesso, a característica que mais censuro nalguns protagonistas na classe política.

Mas também reconheço que a falta de coerência, movida por interesses nem sempre legítimos, não é, de todo, um comportamento exclusivo da classe política, não faltando por aí exemplos que conhecemos nas nossas vidas de cidadãos comuns!

12
Jul13

Submundo das incoerências e deslembranças


Há momentos na vida em que somos surpreendidos com decisões de outrem, do modo facto consumado, que, para além de nos surpreenderem, afiguram-se-nos difíceis de assentir, à luz dos princípios que norteiam a nossa forma de ser e de estar nas coisas.

A incoerência de comportamentos, posturas e atitudes, baseada na grosseira falta de memória, à luz sabe-se lá do quê, que quase tudo apaga, desculpa e relativiza, em nome de objetivos ditos transcendentes, é algo que me recuso a aceitar.

E quando isso ocorre, sentimo-nos inaptos para entender essas posturas, de interpretá-las, de discerni-las no plano da lógica, porque vão para além do que consideramos tangível, acomodável nos nossos limites da razoabilidade.

Aludidas por outrem putativas justificações, que nos ressoam como redundâncias vãs, quedamo-nos, ora e outra vez, na incredulidade, vergados, outrossim, à nossa natureza de seres que, uma e outra vez, temos de aprender a conviver com o lado dito “pragmático” da sociedade.

Sob pena de, se o não fizermos, sermos perpassados por outros, porventura até menos dotados, mas mais providos de uma certa destreza, capazes de gravitar, sem tibiezas de consciência, no tal submundo das incoerências e deslembranças.

Quase sempre assim acontece, desde os tempos da génese da democracia, na Grécia antiga!

28
Jun13

O país que não parou e que as televisões não registaram!


Ontem, ao observar a avalancha noticiosa televisiva sobre a dita “Greve Geral”, fiquei perplexo, porque se ficou com a ideia de que o país parou mesmo! Mas isso não aconteceu, posso afiançar com propriedade! Cá por cima, por terras do Tâmega e Sousa, onde se concentram os maiores polos produtores nacionais de mobiliário, calçado e metalomecânica, com dezenas de milhares de postos de trabalho, mas onde o emprego na administração pública é residual, nada se passou de extraordinário!

Foi um normalíssimo dia de trabalho, como era bem percetível no enorme movimento de viaturas nas horas de entrada e saída das fábricas, ou nos parques de estacionamento das empresas preenchidos por centenas de automóveis, como é normal num dia de trabalho por estas paragens!

Por isso, dizer-se que a “Greve Geral parou o país foi, no mínimo, sob ponto de vista jornalístico, pouco rigoroso!

27
Jun13

“Ecossistema” ‘Windows 8’ aprimora recursos e exponencia possibilidades


Determinados tipos de trabalho estão hoje muito facilitados pelas tecnologias de informação disponíveis no mercado. A evolução neste domínio tem sido avassaladora nos últimos anos.

Cada mês que passa, surgem aprimoramentos de soluções tecnológicas e a apresentação de novos modelos, novos conceitos e novas soluções, sob a forma dos chamados “gadgets”, em termos de “hardware” e “software”, que potenciam a performance e as possibilidades de conectividade, com vantagens no trabalho e no lazer.

Neste domínio, o designado ecossistema da Microsoft, baseado no recente “Windows 8”, emerge claramente como a solução mais completa na dura batalha que as gigantes tecnológicas têm travado à escala mundial.

Eu gosto muito da solução proposta pela Microsoft, por ser a que, de forma mais eficaz e produtiva, consegue ligar várias soluções tecnológicas, como PC, “tablet” e “smartphone”, assegurando uma complementaridade notável entre vários equipamentos, cujos conteúdos, de diferente natureza, como calendários, agendas, ficheiros “Office” e material multimédia, como fotos, vídeo e áudio, são facilmente sincronizados.

O meu PC de trabalho está equipado com o “Windows 8”, o sistema operativo que consegue, pela primeira vez, garantir as funcionalidades do tradicional ambiente de trabalho do “PC” a outros recursos que, através do designado ambiente “Metro”, associamos mais ao “smartphone” ou “tablet”, com inúmeras aplicações que podem ser descarregadas da loja, capazes de fazer uma panóplia de tarefas.

Este sistema operativo interage na perfeição com o seu “irmão” Windows Phone 8, que corre no meu “smartphone”, proporcionando inúmeras possibilidades de sincronização, em tempo real, de incontáveis conteúdos, o que é extraordinariamente útil.

Por exemplo, um documento “word” editado no PC pode ser acedido imediatamente no “smartphone”, que pode ser usado para prosseguir a edição. O mesmo acontece com os “tablets” que correm em ambiente Windows 8, como o “Surface”, apresentado recentemente pela Microsoft, que se destaca por vir acompanhado de um teclado físico, facilmente descartável, que exponencia de forma fantástica as virtudes dos “tablets”, sobretudo o “touchscreen”, acrescentando-lhe a possibilidade de editar ficheiros “Office”, como o “Word” ou “Excel”, por exemplo, ou escrever mensagens com outro conforto. A vantagem do “Surface”, que entretanto adicionei às minhas ferramentas tecnológicas de trabalho, é que, reunindo as vantagens de ser um “tablet”, nomeadamente o reduzido tamanho e peso, pode ser usado como um PC, porque está munido do ambiente Windows 8 e teclado físico, ao contrário de outros “tablets”, como os “IPad” ou os “Android”, que são algo limitados em ferramentas de produtividade, não constituindo para mim soluções portáteis de trabalho eficazes, ao ponto de poder substituir os velhos “portáteis”.

A sincronização entre as três plataformas Windows 8 - computador, “Surface” e “smartphone” é muito fácil, ao ponto de, por exemplo, podermos gerir, de forma concertada, contas de correio eletrónico e configurações comuns ao computador e “tablet”, incluindo contas de Office 365, e aplicações muito populares, como os jogos e músicas da “Xbox”, acessíveis nas três plataformas.

Este é, sem dúvida, um mundo muito excitante, em permanente evolução, ao ponto de pensarmos que muito estará ainda para vir, não nos atrevendo sequer a imaginar o quão fascinante vai ser. Para estes dias está anunciada a mais recente atualização do Windows, designada Windows 8.1, a qual acrescenta mais funcionalidades ao sistema operativo. Anuncia-se, também, para breve, o lançamento de uma atualização do software que corre nos “smartphones” em ambiente Windows.

27
Jun13

A dita “greve geral” passa ao lado dos trabalhadores do setor privado


A greve, dita “geral”, de hoje, evidencia, uma vez mais, o que há muito se sabe: este país tem duas realidades bem distintas e inteligíveis no mundo laboral: cidadãos que trabalham para o Estado ou para o setor empresarial estatal, que aderem quase sempre em grande número a estas paralisações, e os trabalhadores do setor privado que, em regra, aderem pouquíssimo a estas greves.

Basta percorrer, hoje, os concelhos industrializados do Vale do Sousa para se demonstrar aquela observação:

As repartições públicas e outros serviços de Estado estão quase todos parados devido à greve, enquanto os milhares de funcionários da indústria, comércio e serviços da região estão, obviamente, a trabalhar, passando ao lado desta pretensa “greve geral”. É um dia normalíssimo.

Esta aparente desconformidade acaba por ser, numa primeira e superficial análise, algo contraditória, porque se sabe que, em regra, a maioria dos trabalhadores do Estado tem melhores condições remuneratórias, horários e outros direitos que os do privado ligados àprodução de artigos transacionáveis. Seriam, portanto, os trabalhadores do privado que, em protesto com essas desigualdades, mais motivações teriam para aderir à dita greve. Mas tal não ocorre. Porque será?

Não vale a pena aventar com grandes teorias para explicar a situação!

O senso comum responde de forma clara: Obviamente, que, apesar de todas as recentes medidas que têm penalizado sobretudo os trabalhadores da administração pública, precarizando os seus vínculos e enfraquecendo as suas remunerações, ainda são esses que gozam de mais estabilidade laboral, que lhes confere uma segurança para aderir à greve que os do privado, por conhecerem o patrão, nem ousam experimentar.

Que eu saiba, os números de desemprego dramáticos que o país hoje apresenta decorrem, na sua esmagadora maioria, da perda de postos de trabalho do setor privado, o primeiro, há vários anos, a sofrer com o dito "ajustamento", que só mais recentemente chegou à administração pública.

Obviamente, dirão alguns, esta é uma análise simplista, que aborda apenas parte da matéria, embora, no meu ponto de vista, a mais proeminente, havendo outros fatores que concorrem para a dita diferença de atitude de “uns” e de “outros” face às greves.

Mas esses ficarão para futuras dissertações.

24
Jun13

24 de junho é o dia 1 de Portugal


No dia 24 de junho de 1128, rezam os manuais de história, foi travada a batalha de S. Mamede, nos arredores de Guimarães.

Ao bater a investida militar da Galiza e Castela, terá sido nesse dia que D. Afonso Henriques e as suas tropas do Condado Portucalense deram um passo determinante que culminaria na independência de Portugal.

Por isso, não percebo a razão pela qual este dia, por ser o dia 1 de Portugal, não é feriado nacional!!!

Pelo menos, em Guimarães, a data é lembrada com as honras que merece!

 

 

22
Jun13

As hortênsias de Celorico de Basto que fazem lembrar os Açores


O parque urbano do Freixieiro, em Celorico de Basto, é um dos mais bonitos que conheço e um dos que traduz um ótimo aproveitamento dos recursos públicos em prol do bem-estar da população.

Trata-se de um espaço cheio de verdes viçosos e com um desenho muito bonito, nas margens do curso de água que lhe deu o nome. Há uns anos, aquela era uma zona esquecida e algo degradada de Celorico de Basto, mas o investimento lá realizado, baseado num bom gosto notável e aproveitamento do bosque que já existia, transformou-o numa joia que apetece fruir, olhando, cheirando, ouvindo o chilrear da passarada ou, simplesmente, sentindo a natureza em todo o seu esplendor!

Lá não faltam equipamentos desportivos, parque infantil, mobiliário para piqueniques, extensos relvados, zonas de sombra abundante e trilhos para caminhar, ladeados por tradicionais moinhos de granito, recuperados com oportunidade. Também o lago que lá foi construído é encantador, com aves que cativam a pequenada, mas também os mais graúdos.

E nesta altura do ano sobressaem por lá, nas margem do pequeno rio, as hortências, flores que adoro observar e que me fazem lembrar as lindíssimas ilhas do Açores.

Hoje, por instantes, embalando pelo entoar das cascatas do Freixieiro, deixei-me, no imaginário, viajar para as “atlântidas ilhas”, olhando as hortências, deliciado, com a sua beleza, com os seus tons de azul extasiante em forma novelo, que pareciam felizes com os primeiros raios de sol quente de um verão acabado de chegar!

Foi muito agradável caminhar calmamente, olhando os moinhos e as aves do lago, rumo ao fim de tarde, abrigado do calor por árvores robustas e refrescado pelo gelado que degustei, em ótima companhia, sentado no banco defronte para espelho de água.

18
Jun13

O exercício da liberdade de uns deixa de ser aceitável quando interfere na liberdade de outros


O direito de uns fazerem greve, que é inalienável num Estado democrático, é tão legítimo quanto o de outros não o quererem fazer, num Estado em que a liberdade - penso eu - ainda é um valor igualmente inalienável, de acordo com a Constituição que tantos apregoam, em nome de uma requerida equidade, tantas vezes invocada para defender interesses mais ou menos legítimos de corporação, mas quase sempre olvidada quando não importa – veja-se a dicotomia de, no mesmo país, certos cidadãos serem obrigados a trabalhar 40 horas semanais e outros 35, perante o silêncio, de décadas, das estruturas sindicais.

Serve este breve intróito para dizer que, por estes dias, tenho observado coisas que me perturbam, nomeadamente de determinados cidadãos, com comportamentos muito pouco democráticos, coagirem outros a fazerem greves, insultando-os com epítetos pouco democráticos e civilizados!

Não pretendendo entrar na deriva da discussão sobre determinada greve, sobretudo do seu ‘timing’, não é intelectualmente aceitável, nem democrático vilipendiar colegas de classe que ousam querer trabalhar, impondo um ‘determinismo’, imposto pelas nomenclaturas sindicais, com laivos de sociedade coletiva em que nunca acreditei.

É tão pouco democrático vermos um ministro ou um governo querer impor, pela força, alterações em determinada legislação, sem cuidar de ouvir as preocupações de uma certa classe, como observarmos representantes desse grupo profissional a impor a sua vontade a outros que dela discordam.

O exercício da liberdade de uns deixa de ser aceitável quando interfere na liberdade de outros.

Estes são os valores da tolerância, do humanismo e do respeito pelos que de nós discordam, em que acredito!

13
Jun13

A fotografia digital de terceira geração: os smartphones


Sendo filho de um pai que era fotógrafo, cresci a “tirar” fotografia. Ainda hoje, o mundo da fotografia é um dos meus passatempos preferidos, para além da componente profissional que, pontualmente, ainda vai representando para mim.

Ao longo dos anos, terei já captado, através das lentes óticas, milhões de imagens, as primeiras ainda em película e mais tarde para suporte digital.

Esta imagem que apresento tem para mim um duplo significado. Em primeiro lugar aquilo que ela retrata, com uma qualidade notável, enquanto mosaico de cores de um Alentejo primaveril do qual tanto gosto.

Mas, tão importante quanto isso, o facto de ter sido captada com o meu telemóvel, provando, se dúvidas havia, que estes suportes já são a terceira geração da fotografia, dando como adquirida que a primeira foi a analógica – em película e papel – e a segunda com o surgimento das câmaras digitais.

A terceira geração acrescenta muito à segunda, por permitir associar um vasto conjunto de recursos tecnológicos que garantem uma qualidade superior e exponenciam, através de técnicas digitais avançadas, as capacidade de captação de imagem, inclusive simulando uma panóplia de lentes e filtros de cor notáveis.

Hoje já começa, em muitas circunstâncias, a fazer sentido pergunta, na altura do “clic”, se devemos optar pelas câmaras digitais ou se, em alternativa, se desejarmos algo mais elaborado, o smartphone que trazemos no bolso.

Comigo já aconteceu muitas vezes, posso garantir. Sobretudo nos momentos em que, após o “clic”, gostando do efeito, nos apetece partilhar de imediato o resultado com os “amigos” através das redes sociais.

 

 

 

 

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