Miranda do Douro, cidade que vale a pena, na raia!
À descoberta de uma pequena grande joia ...
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As papoilas são flores maravilhosas e estão entre as minhas preferidas…
Por altura de abril, sorte a nossa, todos os anos é este manjar para os sentidos, aí estão as damas vermelhinhas, com todo o seu esplendor, pintando a paisagem!
Tão belas, tão singelas, tão dóceis, ondulando ao vento, por esses prados de Miranda do Douro, onde caminhamos leves e onde, não longe da Fraga do Puio, à beira Douro, nos sentamos, na companhia delas e das margaridas, também!
Apetece tocar as suas pétalas frágeis, mas não o fazemos, respeitamos a sua delicadeza, apenas olhamos, maravilhados, para a sua textura aveludada e para a sua cor profunda, um tom quente que contrasta com o verde silvestre em redor, numa mescla de pigmentações alegres que só a Primavera nos consegue presentear.
Com tudo o que encerra, a Primavera, que bem-vinda sejas, proporcionas momentos assim, adocicados com lindas papoilas ao vento de abril, uma singeleza que não queremos incomodar, mas que nos convida a sentar-nos no prado, entre flores silvestres e muito verde…
Uma paisagem maravilhosa, onde o Douro maior, o mais musical dos rios, ondula entre os maciços rochosos transfronteiriços… há milhões de anos, quando não havia países, onde um dia já houve mar!
Que quadro tão belo que a Natureza nos oferece, mais um em que nos sentimos gratos por estarmos ali, dela desfrutando ao miradouro, num silêncio profundo, que queremos ouvir com alma, só acordados pelas águias reais ou pelos grifos que patrulham os céus de Miranda, em belos bailados!
Uma Criação em maiúsculas que sorri, enquanto os nossos sentidos, em orquestra, se esforçam para absorverem cada aragem que nos cobre o rosto, cada cheiro, cada um dos milhões de pigmentos de cor que formam esta bela sinfonia, em forma de papoila!