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Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

23
Mai23

Velas, bela vila de arquitetura açoriana

Onde o tempo dos ilhéus corre devagar...


Armindo Mendes

Velas Ilha de Sã Jorge.jpg

Gosto tanto da arquitetura que encontramos nos Açores.

Não aquela dos tempos atuais, quase sempre, como no Continente, de gosto duvidoso, mas aquela que observamos nos centros históricos das aldeias, vilas e cidades do arquipélago.

Refiro-me, nomeadamente, mas não só, ao casario e outros traços do urbanismo, quase rude, dos primeiros séculos do povoamento das ilhas, após os descobrimentos.

Podia referir várias vilas que já visitei nos Açores, nas nove ilhas, ma agora apetece-me recordar velas, a sede de um dos dois municípios da Ilha de São Jorge, uma urbe pitoresca, de ruas estreitas, com cheiro a mar, com o seu porto de pescadores, forma de fajã, e um passeio marítimo que apetece percorrer amiúde, a caminho da Calheta, a Leste, a segunda vila da ilha, mais pequena, mas também terra de casario antigo junto ao oceano abraçado por altas encostas.

Velas Ilha de Sã Jorge paços do concelho.jpg

Mas, como outras, Velas é uma pequena vila com o seu casario primitivo, praças, ruas e jardins, dos séculos XV e XVI, de fachadas singelas, de paredes brancas caiadas, com janelas e portas, rebordadas por pedra negra basáltica… Os seus Paços do Concelho, do período barroco, de portas e janelas vermelhas (traços que também encontramos no Pico) encontram-se numa praceta ajardinada, com belos canteiros floridos, rodeada por edificado de pouca altura, onde se destacam o seu belo coreto branco, do século XIX, abundantemente decorado com gradeamentos rubros, combinando com as janelas das casas, as luminárias e os bancos dos jardins, num estilo do período romântico já raro na arquitetura do continente.

Velas Ilha de Sã Jorge com vista da vila das vela

Como foi bom percorrer aquelas ruas gastas pelo tempo e apertadas por sofrimentos passados, onde o tempo dos ilhéus corre devagar, a caminho do Canal, a Sul, fonte de vida de uma ilha, a de São Jorge, esticada no oceano, que não se cansa de olhar a vizinha ínsua do Pico, a sua vila de São Roque  e a majestosa montanha que sempre acena para nós, do lado de lá.

Velas Ilha de Sã Jorge com vista para o Pico.jpg

Velas Ilha de Sã Jorge com vista da vila das vela

Sobre o PIco, um traço de nuvens que se estende por cima da Madalena, quase por magia, até à terceira ponta do triângulo, a Ilha do Faial, a da cosmopolita marina da Horta e dos marinheiros, de pele queimada pelo sal, de mil e uma origens, fumando cachimbo e bebendo gin, como no tempo dos baleeiros à vela norte-americanos que por ali paravam!

Texto e fotos: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

10
Mai23

Velhas vilas unidas por taninos redondos

Trauteando versos da cantiga que falam tripeiro


Armindo Mendes

Vista do Porto em Gaia copiar.jpg

O nosso Douro é imenso, belo sem igual, quando, trajado de primavera, em veste de gala, abraça as duas urbes irmãs, que são uma apenas!

Velhas vilas, que soçobram entre si, na sua essência, na sua partilha, unidas por taninos redondos, por pontes de paisagens, “estórias”, gentes e cumplicidades, como as que sentimos em Miragaia ou na Afurada, quando à beira rio caminhamos de gelado na mão, respirando a aragem salgada que vem do mar, rio acima, num rabelo às tantas, e nos penteia o cabelo que, como o nosso espírito, ondula livre como os pássaros marinhos que sobrevoam a Sé, num céu tão azul, com tanto sentido!

É como o milhafre da canção do Rui Veloso, que assobiamos ali, de coração cheio, trauteando aqueles versos que falam tripeiro, sentados no muro, vendo os barcos que sobem e descem as águas e ouvindo a cacofonia poliglota dos turistas, aos magotes, que passam na calçada, posando tantas vezes para mais uma fotografia com as mil pontes do Porto em pano de fundo, como no cinema de Manoel de Oliveira, mas sem o preto e branco, que também são as cores da Invicta que amamos!

Foto e Texto: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

09
Mai23

Braços abertos para absorvermos o que nos rodeia

Sortelha: num fim de tarde soalheiro, ao som das cigarras


Armindo Mendes

Aldeia de Sortelha 2022.jpg

Adoro visitar as aldeias históricas portuguesas.

Felizmente, nas últimas décadas, muito se tem feito na recuperação e preservação das aldeias.

Ainda há um longo caminho a percorrer, mas os sinais são animadores, com tantas antigas urbes medievais que são um regalo para quem aprecia este tipo de património.

Aldeia de Sortelha 2022 b.jpg

A altaneira aldeia de Sortelha, no concelho de Sabugal, foi uma das primeiras a merecer atenção nesta estratégia de salvaguarda do nosso edificado histórico.

Revisitá-la é sempre um prazer, tão belo e tão bem preservado está o seu casario, o seu castelo medieval, o seu pelourinho e a sua cerca amuralhada.

Aldeia de Sortelha 2022 c.jpg

Calcorrear sem pressas aquelas ruas sinuosas e íngremes, num maciço rochoso, é um prazer, sobretudo num fim de tarde soalheiro, ao som das cigarras.

Observar cada pormenor, cada recanto escondido de cantaria, cada praceta, cada vaso à janela, com o gato que espreita entre as cortinas, é um regalo, no meio de tanta natureza e tantas fragâncias de Primavera que contornam a “velha” vila, hoje quase sem gente, no passado um importante burgo.

Aldeia de Sortelha 2022 d.jpg

Sortelha é, por isso e por muito mais, uma joia do nosso passado como povo, tão intenso que o sentimos quando subimos ao alto de muralha e olhamos o horizonte raiano, inspirando e abrindo os braços para absorvermos tudo o que nos rodeia, num prazer imenso!

 

Texto e fotos: Armindo Mendes (Direitos Reservados)  

19
Abr23

A luz tripeira, de travo refinado!

E rabelos de sotaque encorpado na Ribeira com sabor a dobrada


Armindo Mendes

Rio Douro barcos Porto.jpg

A luz do nosso Porto, com tantas nuances, tantos traços até às águas, sombras e brilhos, é um cenário inigualável que o mundo só agora descobriu, conferido pelo Douro, de travo refinado, primaveril, as suas várias pontes de mil formas, pelos putos destemidos que mergulham do tabuleiro, pelos rabelos com sotaque encorpado, bandeiras ao vento Norte, e pela Ribeira das peixeiras e tabernas com sabor a dobrada e bifanas, como dos músicos, que se estende de elétrico, do palácio de cristal, dos apaixonados até à Foz, dos passeios alegres e finais de tarde, à espera do São João, vendo o pôr do sol quase púrpura, atrás da silhueta escura do navio que, roncando, rasga o fio de mar cheio de tudo e de nada, a caminho de Leixões!

 

Texto e foto: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

19
Abr23

Grato por haver aldeias assim, de encantar!

Castelo Novo - pracetas ao virar da esquina, com tantas marcas medievais


Armindo Mendes

castelo novo castelo largo da câmara02.jpg

Percorrer os caminhos de Portugal, como tanto gosto de fazer, permite-nos ver aldeias históricas encantadoras, escondidas pelo tempo, mas que, sabiamente, têm sido recuperadas e preservadas, sobretudo na Beira Interior.

Há, felizmente, alguns bons exemplos, como este, em Castelo Novo, no concelho de Fundão, cuja recuperação do edificado tem sido notável nas últimas décadas.

Já lá não ia há mais de 20 anos e lá voltei agora. Que agradável surpresa ver como floresceu aquele burgo que um dia vi quase abandonado.

castelo novo castelo largo da câmara.jpg

Ver, agora, aquele casario, fontes, pelourinhos, palacetes brasonados, capelas, ruelas de pavimentos íngremes, pracetas ao virar da esquina, com tantas marcas medievais, destacando-se, obviamente, o seu castelo no topo do maciço rochoso, proporciona-me uma grande satisfação e orgulho de que, quando há vontade, mesmo o mais difícil se torna possível.

castelo novo castelo largo do lagar.jpg

Caminhar lentamente na malha de artérias de Castelo Novo é gratificante, com tanto para apreciar, com fachadas em granito de casas de encantar, de pequenas janelas, onde os gatos, por entre as cortinas bordadas, de olhos fitos, veem quem passa, num domingo solarengo, de um azul céu infinito, de manhã, quando a missa de Ramos vai começar e os sinos tocam alegres à passagem da pequena procissão, com algumas crianças felizes.

castelo novo castelo.jpg

E a aldeia tem uma paisagem circundante maravilhosa, onde não faltam trilhos pedestres para descobrir, no sopé da Gardunha, nesta Primavera cheia de flores, verdes viçosos nos prados, linhas de água cristalina à entrada da pequena urbe e fragâncias silvestres, como as da Cova da Beira, com sabor a cerejas, mel e laranjas à mão de semear!

 

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

18
Abr23

Da natureza que nos fez assim!

Num pedaço de muro, sob o manto de flores…


Armindo Mendes

 

cerejeiras em Flor fundão 02 2023 arco-iris.jpg

Num de repente, à cadência do chuvisco que vai e que torna, nos trilhos da serra, algo nos diz que a vida é feita de cores difusas, ora em tons pardos, ora com subtis bafos de modulações cálidas, sob a forma de um arco-íris.

Quase como na epopeia do Noddy, que, do nada, na linha do horizonte da Gardunha, na Cova de Beira, se ergue, o arco-íris, num passo de mágica, qual pote de moedas de ouro cintilante…

Tudo isso para nos deleitar, por entre pétalas lindas, sem fim, de flores de cerejeira, alvas como a neve dos Andes, nos socalcos estendidas, aquelas que nos ameigam a alma, sem nos avisar, que nos interpelam com formas femininas e com tato de veludo que apetece tocar, sem machucar, tão sublime obra da natureza, com o seu pólen que as abelhas, que voam em obséquio de palatos, em seu redor, e transformam num mel tão doce quanto o prazer de o provar, de lhe sentir o aroma frutado, a cereja!

Que fresco arco-íris, que singelas flores - tanta formosura que as palavras se fazem parcas, abrindo alas para os silêncios que demandam ouvidos felizes!

Quais caminhadas, são alamedas para o coração dos que, de braços abertos, olhos postos na colina, se sentam num pedaço de muro, sob o manto de flores…

E, porque apetece, sim, chorar de alegria, por estar ali, ser parte daquele quadro da natureza que nos fez assim em forma de aguarela!

cerejeiras em Flor fundão 2023.jpg

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

17
Abr23

Uma ponte, a mais linda de Portugal

Mirando uma passagem, p`ra outra margem


Armindo Mendes

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I b.jpg

Com a Ponte de D. Luiz I agora, finalmente, de “cara” lavada, o nosso Porto ganhou novo encanto, ficando mais lindo ainda, uma autêntica tela que os pintores homenageiam, em Miragaia, e um poema que os nossos mestres rimam nas paredes fernandinas, à sombra da Sé.

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I c.jpg

Que bonita é a ponte centenária que liga à bela Gaia, de onde, entre as grades de ferro, como a partir dos rabelos, se pode ver o velho casario tripeiro que se estende, pardacento, até à Foz do Douro ou, na outra margem, as caves do Vinho do Porto, marca maior, uma cor rubi de Portugal!

Porto Ribeira05.jpg

Recuperar e preservar o nosso património é algo que, com letras sobre bronze, nos dignifica, porque reconhecemos os nossos pretéritos e legamos esse passado aos nossos vindouros, perdurando a nossa natureza como povo!

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I.jpg

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

 

17
Abr23

É de Alcácer, o galeão do sal

Acento cinemático, inédito no nosso quinhão


Armindo Mendes

Alcácer do Sal.jpg

Alcácer do Sal é um tesouro recôndito do nosso Portugal, uma pequena cidade, muito antiga… que conheceu romanos, fenícios, visigodos, árabes e outros povos, como os de D. Afonso Henriques, a nossa gente!

Por lá andei, há alguns anos, apreciando, sem pressas, o seu desenho cénico, com o rio Sado pachorrento, os galeões do sal que beijam as águas, o casario branco alentejano, os vestígios árabes, o castelo islâmico, dos tempos da reconquista, hoje monumento nacional, e os arrozais, de longas vistas, a darem um acento cinemático e ares de outras paragens, inéditos no nosso quinhão.

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

03
Abr23

Aldeia histórica de Castelo Novo

No “meu” Portugal profundo


Armindo Mendes

Castelo Novo castelo copiar.jpg

Quando percorremos o nosso país, por exemplo na raia beirã, a coberto da Gardunha florida, longe das bolhas da moda, encontramos sítios lindíssimos, com casarios medievais, de forais longínquos no tempo, que apelam às nossas origens.

Castelo Novo castelo copiar02 copiar.jpg

E paisagens, de cortar a respiração, que nos fazem mais felizes, enquanto, privilegiados, contemplamos cada fragmento da nossa portugalidade, de tantas matizes, sem compromissos, porque vale mesmo a pena sermos como somos, assim, pessoas!

castelo Novo Paços do concelho copiar.jpg

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

28
Mar23

Tocá-las, as papoilas, com vénia, para não ofender…

Corações ao peito, com delongas, admirar


Armindo Mendes

violetas Viana.jpg

No Minho, olhar uma flor é tão saboroso…

Apreciar muitas papoilas é na utopia acreditar.

Suas pigmentações coradas dão supremo gozo…

Em Viana, ao colo do Lima, pétalas parecem flutuar!

 

Tocá-las com vénia, para não ofender…

Abrigadas pela ponte Eiffel, para tantos encantar.

Ao sol de março, tomá-las e quiçá oferecer…

Gesto para "à lá minuta", em Santa Luzia, retratar!

Papoilas de Viana do Castelo.jpg

Cheirá-las é adorá-las, na alameda, a dobrar…

Como lenços de namorados, em lindo jardim.

Corações ao peito, os de Viana, com delongas admirar…

À Nossa senhora da Agonia chegámos, por fim!

 

Armindo Mendes, 27 mar 2023

 

23
Mar23

Picos da Europa um sítio encantador para desfrutar

Parque Nacional espanhol riquíssimo na sua biodiversidade


Armindo Mendes

Picos da Europa 2.jpg

Os Picos da Europa são uma formação montanhosa, que chega aos 2.650 metros, no seu ponto de maior altitude.

Situam-se no norte da Espanha, na região das Astúrias, não muito longe do mar e da cidade de Oviedo, e constitui a parte central da cordilheira Cantábrica.

Trata-se de um Parque Nacional espanhol riquíssimo na sua biodiversidade, proporcionando paisagens lindíssimas, com o verde viçoso dos prados e do arvoredo a sobressaírem por entre picos de declive acentuado e formações rochosas.

No parque correm linhas de águas frescas e podem ser encontrados os famosos lagos de Covadonga, que eu não consegui visitar devido ao mau tempo, com inúmeros trilhos para caminhadas e passeios de bicicleta, a grande altitude, com vistas de cortar a respiração!

É sempre bom recordar que foi a partir destas nestas montanhas asturianas, que apresentam um clima irregular, mesmo no verão, que começou a denominada Reconquista Cristã da Península Ibérica.

 

 

21
Mar23

Os que ousaram serem maiores do que os outros

Enciclopédia ilustrada, pedra sobre pedra, sob inspiração divina


Armindo Mendes

Évora catedral.jpg

Pormenor da Sé de Évora

 

Num “de repete”, olhar algo, uma paisagem, um monumento, um rosto, um céu e querer cristalizar o momento, o sentimento, numa memória digital ou quiçá no papel fotográfico, para todo o sempre, sem cheiro é certo, mas com a alma que lhe quisermos dar quando, simplesmente, fotografamos a nossa memória.

As igrejas são espaços de introspeção, de oração, de devoção ao divino, de fé no transcendental, que vai para além de nós!

Mas, são muito mais do que isso!

As igrejas e mosteiros, como outros edificados herdados dos nossos maiores, são o repositório de séculos de cultura cristã, numa profusão de estilos arquitetónicos que vão esculpindo, do românico ao barroco, do gótico ao neoclássico, o espírito, as modas e as inovações arquitetónicas de cada época, numa autêntica enciclopédia ilustrada, pedra sobre pedra, sob inspiração divina, para uns… ou, simplesmente, o engenho humano, no seu esplendor, para outros… mas, para quase todos, simplesmente, ARTE, aquela que nos espanta a cada olhar ante a grandiosidade das obras dos que ousaram serem maiores do que os outros para a eternidade!

Hoje, eu e os como eu, seres sem dons tão grandes, exaltamos, deixamos a devida vénia aos humanos imemoriais, sob a forma de fotografias que queremos guardar, do que vimos, por onde passamos, quase telas do que ali sentimos de espanto, olhando, simplesmente cada pedaço de arte…

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