Tons quentes do bosque da Plaina que são prenúncio dos frios, quase gelados, de outono, a antecâmera dos dias grisalhos de inverno, das castanhas que se aquecem ao lume do S. Martinho.
Quando as noites se sobrepõem aos dias e os ventos cruzados de norte assobiam nas praças das nossas aldeias, por entre o casario de granito nortenho, o tempo que acalora os pés à lareira, junto aos potes de barro negro que o caldo fazem, em serões dos nossos avós, do tempo em que o tempo andava à bolina das estações com tempo, hoje coisas do passado, num presente de desassossego, o nosso, que desafia o futuro, de escasso tempo, para os dias de um amanhã que soçobrará, ou não, por detrás daquela montanha - a incerteza e de uma história sem fim