As palavras têm o tamanho e as formas que queiramos dar-lhes.
São como peças de Legos que, sentados no quarto, de meninos de sandálias, vamos montando de olhos felizes, para criarmos castelos encantados, casas de bonecas, de príncipes e princesas...
E quando a alma do artífice não é pequena, os castelos trajam-se com vestes de gala, bordados com linhas de ouro, e bandolins medievais ali tocando, para, em apoteose, abrir alas a um cortejo real, com trovadores, alquimistas e almocreves que dão cor sépia ao mundo de maravilhas que sonhamos fazer parte, num cavalo branco, o Pégaso do Olimpo, com asas de plumas, até ao fim do horizonte...