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Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

04
Nov21

Sermos na alma, os primeiros


Armindo Mendes

folhas de outono blogue.jpg

 

Dias curtos chegaram, opereta de tons marrom, nas folhas caídas, ao vento levadas, nas escarpas onde se erguem fernandinas muralhas...

 

As folhas são carpetes de pontos de bronze, como a ponte dos comboios a vapor ou paço de glórias idas, estendidas, escadas abaixo.

 

Ali, o sol apressado nos telhados toscos, casario das ruas de granitos do tempo, paredes cobertas por mil falhas...

 

Com artes dos pretéritos, os das mil e uma culturas, para – invictas e juntinhas - se espraiarem no colo do Douro, como uvas em cacho.

 

 

 

E as folhas outono, com timidez de cobre e toque estaladiço, flutuam, em cardume, olhando as pontes, os rabelos barcos...

 

Mirando a românica sé, altaneira, na colina, até provarem o sal, no Castelo do Queijo de marinheiros.

 

As folhas hão-de voltar viçosas, quando a primavera acordar, em gesto de esperança para júbilo de fortes e fracos

 

E nos palácios de cristal de nós todos proporcionarem fresco ar, na sombra em piqueniques sermos na alma, os primeiros.

 

Armindo Mendes

 

22
Abr13

O Douro por terra de Tormes, que Eça imortalizou


Armindo Mendes

 

Uma imagem do Douro, tão belo, que aqui, em Caldas de Aregos, em dia ensolarado, como o de domingo, acolhia embarcações de recreio. Na outra margem, ao fundo, a Linha do Douro, as encostas de Baião, concelho verde, tão rico em paisagens e tradições. É terra de Santa Cruz, terras de Tormes, que um dia foram de Eça de Queiroz, que ali escreveu "A cidade e as Serras".

Era esta pequena estação que o romancista descrevia no seu livro, nas idas e chegadas!

 

22
Abr13

O imenso Douro Verde!


Armindo Mendes

O imponente rio Douro, aqui no território vestido de tons esverdeados que pintam as encostas das terras de Resende, Baião e Cinfães, as mesmas que Eça tão bem descrevia!

Por isso há quem chame a este território do “Douro Verde”, numa alusão à vegetação viçosa, mas também ao Vinho Verde que estas encostas ajudam a tornar tão adamado.

Foi no fim de tarde de domingo, quando o sol se punha por detrás de montanhas, que registei o momento.

 

07
Jun12

Resende, o paraíso da rainha dos frutos - a cereja


Armindo Mendes

Há dias, passando por Resende, não resisti a provar a rainha dos frutos - a cereja - que abundava nas inúmeras árvores daquelas paragens ribeirinhas do Douro.

 

Por momentos, a convite do respetivo proprietário, visitei demoradamente um dos maiores pomares de cereja de Resende.

 

Foi um momento que me surpreendeu, porque nunca tinha estado rodeado de cerejeiras carregadas de fruto, em tão grande número. Diria até que os meus olhos quase se perdiam, observando os frutos de vermelhos viçosos e suculentos, de calibre abastado, que pendiam dos ramos vergados ao peso de tanta luxúria.

 

Obviamente que, à medida que avistava e, de quando em vez, "apalpava" alguns dos frutos, me ia crescendo água na boca.

 

O desejo foi prontamente satisfeito por uma mão cheia de cerejas deliciosas que degustei com imenso prazer, enquanto observava a imponência do Douro que passava ali perto.

 

Fica a promessa de para o ano voltar e revisitar o paraíso da rainha dos frutos.

 

 

 

 

 

 

 

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