Nelson Piquet era o piloto preferido nas minhas infância e adolescência! Os Brahbam BMW que pilotava, com as cores da Parmalt, eram lindos e brutalmente potentes! Lembro-me bem do título de 1983.
Segundo a imprensa de hoje, "Nelson Piquet poderá voltar a pilotar o Brabham-BMW BT52 com o qual se sagrou campeão do mundo em 1983, o seu segundo dos três títulos mundiais que conquistou.
A BMW restaurou o BT52, sucessor do BT50 que havia sido uma desilusão no ano anterior. Desenhado por Gordon Murray, o carro restaurado será mostrado no «Goodwood Festival of Speed», que decorre entre 11 e 14 de julho.
Para pilotar o carro, a BMW admite estar já em contactos com Piquet. É, de facto, o que faz mais sentido.
“Um carro como este tem de estar pronto para rodar e é sempre bom lembrar aos nossos fãs o nosso legado”, afirmou Jens Marquardt, chefe da BMW Motorsport.
O chassis do carro foi restaurado em Munique, num processo que foi iniciado em outubro do ano passado e está agora concluído.
Com aquele carro, Nelson Piquet venceu sete Grandes Prémios e levou o título no final da época, batendo Alain Prost (Renault), por dois pontos. Riccardo Patrese também pilotou o carro nos Grandes Prémios da Bélgica e Canadá.
O que dizer da prestação de Sebastien Loeb no último rali de Monte Carlo, uma prova que ganhou pela sétima vez? Faltam palavras para descrever a mestria deste predestinado, deste autêntico mito vivo dos ralis, que ostenta o título de campeão há nove anos consecutivos! Monte Carlo é, seguramente, o melhor e o mais prestigiado do mundo.
A edição de 2013 foi disputada em condições particularmente adversas, com neve, frio e gelo, complicando a tarefa de pilotos e máquinas. É quando o grau de dificuldade se torna extremo, com variações constantes na meteorologia, que a classe se destaca mais, como provou, uma vez mais Loeb, no seu também espetacular Citroën DS3 WRC.
Logo na primeira etapa, o campeão deixou a concorrência a milhas, demonstrando que é um sobredotado. No resto das etapas, mesmo “levantando o pé”, continuou a ganhar segundo a uma concorrência incapaz de se adaptar as surpresas deste “traiçoeiro” Monte Carlo. Loeb é rápido, muito rápido e raramente comete erros, como têm reconhecido todos os adversários. Com uma condução concentrada, precisa e eficaz em todos os pisos, o piloto da Citroën vai batendo todos os recordes, a cada ano que passa, guindando-se para um estatuto de lenda, que já patenteia, mas que insiste em tornar ainda mais inalcançável para os comuns dos mortais.
É um privilégio sermos contemporâneos deste mito vivo. Para esta época de 2013, Loeb tem prevista a participação em apenas quatro provas do mundial de ralis. Mas depois desta prestação no Monte Carlo, prova de abertura, já há muitos adeptos da modalidade a pedir que o campeão reconsidere e faça todo o campeonato.
O dia 24 de março constituiu uma espécie de regresso às origens. O mote foi dado pelas emoções fortes dos ralis, uma paixão antiga que remonta aos verdes anos da minha infância.
Depois de muitos anos de ausência do Norte do país, os melhores carros e pilotos da atualidade regressaram às estradas de Fafe, localidade que desde os idos 70`s é conhecida, com justiça, como a catedral dos ralis em Portugal.
De novo, milhares acorreram à serrania local para desfrutar de uma “amostra” do que é hoje o mundial de ralis dominado pelos impressionantes WRC.
Naquele dia, neste “sprint rali”, foi reconstituída parte do antigo troço da Lameirinha, com os seus “místicos” saltos, com o Confurco pelo meio.
Como no passado, a multidão de adeptos dos ralis lembrou as emoções de tempos idos, que os interesses económicos empurraram para o frio Algarve, automobilisticamente falando.
Apesar disso, valeu a pena voltar à Lameirinha, apesar de o petisco ter sabido a pouco.
As gentes do Norte, pela paixão que nutrem, pelo desporto automóvel, mereciam que o Rali de Portugal regressasse a estas paragens.
Eis algumas fotografias que registei, no sábado, no troço da Lameirinha e no Parque de Assistência, em Fafe: