Numa caminha organizada hoje pelo “Sentir Património” pude conhecer o local onde nasce o Rio Sousa (afluente do Rio Douro), o curso de água que dá o nome à região e ao vale onde vivo.
Foi uma sensação agradável ver a água que brota do subsolo numa zona tão bonita, onde prevalecem as paisagens rurais proporcionadas por campos agrícolas tão férteis, com os seus vinhedos, castanheiros e carvalhos, por agora com tons outonais.
A nascente localiza-se na freguesia de Sendim, no concelho de Felgueiras, nas proximidades da Casa de Cabeça de Porca, quase na fronteira com a vizinha freguesia de Friande.
O rio nasce em Felgueiras e daqui, já mais crescido, segue serpenteando pelas terras verdejantes do vale em direção a Lousada, Penafiel e Paredes. A seguir, o rio entra em território de Gondomar, onde conflui (Foz do Sousa) com o Douro.
Foi mais uma caminhada dominical muito agradável, na qual foi possível aliar o exercício físico, companhias agradáveis e a uma boa dose de enriquecimento cultural proporcionado pelo incansável Sr. Miguel do “Sentir Património”.
Participei hoje numa atividade que percorreu, ao longo de cerca de 20 quilómetros, o antigo caminho de Santiago que atravessava o concelho de Felgueiras, de Nascente (Borba de Godim) a Poente (Vila Fria).
Na atividade participaram caminheiros, ciclistas de BTT e alguns cavaleiros.
Apesar da chuva que teimosamente ia dizendo presente, gostei muito das horas que passei caminhando, na companhia de tanta gente simpática e desfrutando de paisagens tão bonitas no concelho de Felgueiras.
Caminheiros, ciclistas e cavaleiros, todos honraram, com ritmos distintos, os trilhos que há séculos eram percorridos por peregrinos, rumo a Compostela.
Borba de Godim é uma freguesia bonita, com os seus vinhedos e caminhos que rasgam os campos, com a mata do Seixoso no horizonte.
Sem surpresa, em Caramos e Moure vimos prados verdejantes, riscados por trilhos romanos e casas centenárias.
Retemperadas as forças, com paragem na sede do concelho, partimos para a vertigem da descida até Vila Fria, deixando para trás Pombeiro, com o seu mosteiro que domina um vale recheado de história. Na aldeia do Burgo sentimos o peso da tradição, a caminho da ponte do Arco, já em Vila Fria, terra de moinhos beijada pelas águas do Vizela.