Ocaso enrola na areia poveira
Areia d`ouro que guarda recordações
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Às vezes gosto de escrever sobre ecos e sombras!
Coisas estranhas neste tempo que sou!
Numa torre altaneira imagino a olhar-me nos olhos turvados e a navegar entre brados
Na insónia sonho o que sonhei ontem para os amanhãs, hoje pretéritos
E crer no retorno das ondas salgadas ao areal, de cabelos grisalhos à nortada
Abraço-me, tremo, vagueio à bolina da madrugada, ao virar da página.
Atalho quieto, sozinho como gosto, ouço a "ronca" da Póvoa na neblina
E a traineira no fim do mar, em silhueta, é ponto de luz que me amansa
Gosto da maresia de setembro. Sento-me na areia, saltito descalço entre algas e mexilhões
Que bom rever rochedos onde brinquei em menino com um baldinho
E imaginar os castelos na areia com sonhos à janela e pontes que fiz
Mas que a água levou, curioso prenúncio de destino. Adormeço!
Armindo Mendes
Recordando uma manhã que há pouco despertara e nela encontrara uma serenidade imensa.
Peito aberto, sentia a brisa que embalsamava a alma. Sentado numa espécie de lençol de areia dourada, olhava o mar, de azul atlântico, que sempre me embalava o olhar.
Papá, papá! – era o meu filho, que chamava para mais uma brincadeira. Sem querer, a criança pusera fim a um momento de deleite. Mas, não faz mal, a voz terna do menino e um sorriso arrebatador já impelira o progenitor para o prazer de brincar com o filho que tanto ama.
Nasceu então mais um castelo na areia...