Alcácer do Sal é um tesouro recôndito do nosso Portugal, uma pequena cidade, muito antiga… que conheceu romanos, fenícios, visigodos, árabes e outros povos, como os de D. Afonso Henriques, a nossa gente!
Por lá andei, há alguns anos, apreciando, sem pressas, o seu desenho cénico, com o rio Sado pachorrento, os galeões do sal que beijam as águas, o casario branco alentejano, os vestígios árabes, o castelo islâmico, dos tempos da reconquista, hoje monumento nacional, e os arrozais, de longas vistas, a darem um acento cinemático e ares de outras paragens, inéditos no nosso quinhão.
Adoro visitar cidades históricas, a começar pelo meu berço, Guimarães, a mais encantadora de Portugal.
Os centros históricos das urbes dizem muito das suas raízes, das suas tradições, das suas gentes, nomeadamente as fachadas do casario, com as suas janelas, as suas varandas, os seus telhados, as suas chaminés, as suas luminárias, retratando a "impressão digital" de cada território, da cada região.
Para um nortenho como eu, o Alentejo torna-se especial, porque a sua arquitetura é muito diferente do que encontramos “cá em cima”, onde prevalece o granito, em vez do calcário do Sul, de tons mais claros.
As fachadas brancas alentejanas, com “molduras” de várias cores, sobretudo o amarelo, encantam-me.
Évora é uma cidade que apresenta bonitas fachadas, umas mais bem preservadas do que outras. Mas na Praça do Giraldo, no coração da cidade, encontramos bonitos edifícios que dão um encanto especial à urbe, assim como nas ruas adjacentes, onde o comércio voltado para os turistas representa demasiado ruído!