10
Mai22
Que sonho aquele!
Fui voando, vendo tudo lá de cima
Naquela jornada ousei, levantei do ninho, batendo certas asas que não sabia possuir.
Que voo aquele, fingindo de albatroz, a partir da Princesa do Tâmega, num dia quente de maio, mas temperado por aguaceiros! E lá fui guinando a estibordo e a bombordo, consoante os caprichos da rosa dos ventos, como ventura de estar vivo.
Subi alto e vi nuvens, serras e mares, com formas de água, em jeito de devaneios, utopias, quimeras.
E, tímido, fui voando, vendo tudo lá de cima.
Apendera a esvoaçar!
Que sonho aquele!