Nossa insignificância que ali saúdo
E olhar para poente, indo atrás do Sol que corre para o mar…
À espera da Lua! E na encosta, os tapetes de flores sem fim.
Os gados que rodeiam a capela, onde se quer ficar…
Onde existe um solitário banco de pedra para descanso em mim.
Tantos suspiros no sopro fresco de lá do Marão…
Como o verão que aquece, apetece abrir e enlaçar tudo!
É tatuagem cravada no colo para memória, naquele quinhão,
Algo encantador, imponente, na nossa insignificância que ali saúdo!
Com as estrelas, a hora de partir vai de chegar,
Até lá, não se pare de sonhar, desça-se o trilho da aldeia.
Para encontrar o avô e a avó de alguém e medronhos provar,
Guardiões de outras vivências da serra, sapiência que encandeia.
Sabedoria aquela dos avós dos nossos avós…
E o velho pastor que encaminha as cabras, como outrora.
Que traz de um passado, lá do baú, na colina do tempo,
Um mundo que ouso sonhar: é nosso pelo tempo fora!