Momentos assim...
Contemplá-las, ali - as cores - ao sol de novembro que queremos abraçar!
Estas pigmentações de outono, com as suas matizes, nuances e degradés, seduzem as almas dos sonhadores de quimeras, por caminhos entre socalcos, do leito do Douro até ao cume.
Como no Caminho de Jacinto, de Eça, à passagem, sem pressa, quedamo-nos ali, com semelhante beleza, numa simbiose acabada, multicolor, entre o engenho humano de tempos idos, numa casa rural, e a ode da natureza, trajada com tantas cores cálidas, dos castanhos, aos amarelos e ao carmesim, que nos acaloram o peito só de contemplá-las, ali, ao sol de novembro matinal que queremos abraçar!
Descrever não é pintar. Aos poetas faltam os pincéis, faltam as telas, os cheiros das aguarelas, os cavaletes, mas sobram as letras de escriva, a alma que brota pela pena, em estrofes de emoção, pontuadas com a exclamação e as rimas maiores da vida, sempre!