Diferentes de antes
Hoje apetece escrever, faça-se, agora, sem ter sequer mote.
Há dias em que parece viajar à bolina, não se sabe de quê.
É algo que se ignora, mas que guia a sorte.
Segue-se para onde? Para quando? Saber-se-á porquê?
Aqueles ápices em que tudo e nada parece igual…
Os passos tornam-se indefinidos, reflexo disto e daquilo
No peito, pontadas de inquietudes, palpitações sem final!
Desconchego que consome a lucidez em sigilo.
Questões do que se é, do que se faz, o que sente
E o que querem que se seja ou se faça
Curvados pelo “tem de ser”, um muro em frente!
Mas não se é, é-se o que se impõe, qual mordaça?
Lança-se amarras, tantas condicionantes
Fica-se tolhido, coartado daquilo que se quer
E quando, esgotados, ousais ser diferentes de antes
Recriminados sois, só por ser!