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Out22
Até onde a chama houver...
... numa ode ao deleite dos sentidos...
... dos dedos agitados do guitarrista, da subtileza que afaga a harpa, da voz do tenor que se ergue para lá do comum-mortal, do requinte do xilofone ou do sopro de prata do trompetista transpiram ecos, como os gemidos do violino e os graves da bateria que calam o silêncio da superficialidade, como a pena do escritor que rabisca à luz da vela com palavras de narrativas uma folha branca, para a transformar num soneto de belas rimas ou numa ode ao deleite dos sentidos, da contemplação, da imaginação de contextos, de amores arrebatadores, que até as telas de cinema obsequiam em grandes produções que só a sétima das artes ousa fazer, num clímax de emoções, até onde a chama houver...