Participei hoje numa atividade que percorreu, ao longo de cerca de 20 quilómetros, o antigo caminho de Santiago que atravessava o concelho de Felgueiras, de Nascente (Borba de Godim) a Poente (Vila Fria).
Na atividade participaram caminheiros, ciclistas de BTT e alguns cavaleiros.
Apesar da chuva que teimosamente ia dizendo presente, gostei muito das horas que passei caminhando, na companhia de tanta gente simpática e desfrutando de paisagens tão bonitas no concelho de Felgueiras.
Caminheiros, ciclistas e cavaleiros, todos honraram, com ritmos distintos, os trilhos que há séculos eram percorridos por peregrinos, rumo a Compostela.
Borba de Godim é uma freguesia bonita, com os seus vinhedos e caminhos que rasgam os campos, com a mata do Seixoso no horizonte.
Sem surpresa, em Caramos e Moure vimos prados verdejantes, riscados por trilhos romanos e casas centenárias.
Retemperadas as forças, com paragem na sede do concelho, partimos para a vertigem da descida até Vila Fria, deixando para trás Pombeiro, com o seu mosteiro que domina um vale recheado de história. Na aldeia do Burgo sentimos o peso da tradição, a caminho da ponte do Arco, já em Vila Fria, terra de moinhos beijada pelas águas do Vizela.
Eu fui dos muitos milhares de portugueses que disseram “SIM” à campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar, que decorreu neste fim de semana. No supermercado, fi-lo de forma humilde, mas sentida, na convicção muito profunda de estar, com este gesto, a ajudar algum pai, por esse país fora, que já não conseguirá ter meios para alimentar, de forma digna, um filho!
Nada de mais profundo pode tocar o meu coração, que se encolhe só de imaginar o sofrimento que muitos estarão a sentir ante provações inimagináveis.
O momento por que passa o país não pode deixar ninguém indiferente, sobretudo o que, como eu, não obstante as contrariedades, não enfrenta privações tão duras como as que põem em causa a dignidade humana.
Os egoísmos e materialismos que todos, às vezes, vamos evidenciando, são tão estúpidos quando, olhando à volta, percebemos haver cada vez mais portugueses numa situação bastante pior do que a nossa.
Haverá famílias que enfrentam dificuldades por culpa própria, é certo, se calhar por terem, imprudentemente, assumido compromissos financeiros demasiado elevados, sem precaverem que algo pudesse acontecer.
Mas, custa-me mais observar as famílias de portugueses que, sem nunca terem entrado em “loucuras” e, na maioria dos casos, com magros salários, enfrentam hoje situações de tremenda dificuldade, por um ou mais elementos do agregado ter ficado desempregado.
Por isso, as campanhas do banco alimentar são importantes. Obviamente não resolvem o problema, mas ajudam, com certeza, a tornar o sofrimento de alguns seres humanos, menos atroz.
Em nome do amor ao próximo, devemos todos ajudar, quando somos chamados a fazê-lo!
Por terras de Baião, a azáfama é grande nos preparativos da recriação histórica dos 500 anos de atribuição do foral Manuelino, marcada para sábado e domingo.
Muitas centenas de pessoas estão empenhadas na logística de um evento que atrairá muita gente àquela bonita vila, tão cheia de história, tradições e gente simpática que gosta de receber bem.
O evento, sobretudo o cortejo, vai ser, com certeza, muito interessante. Mas muito mais relevante, no meu ponto de vista, é a forma inclusiva como está a ser preparando, envolvendo todo o concelho, através de escolas, associações e juntas de freguesia, na preparação de trajes, cenários e representação de vários quadros históricos, promovendo a dinamização da economia local.
Uma forma inteligente, ainda, de os baionenses conhecerem melhor o passado da sua terra e dá-lo a conhecer aos que, de fora, hão de chegar para presenciar o evento.
Na certeza de que, o que se vai observar, reunirá algum rigor científico, respeitando as conclusões de um estudo da história e economia do concelho mandado realizar atempadamente pela autarquia local.
Somos tricampeões nacionais! Estou muito contente com mais esta enorme alegria proporcionada pelo meu clube do coração: o FC Porto.
Obrigado a todos os que trabalharam para vivermos hoje a conquista de mais um título, que se junta a outros dois conquistados neste fim de semana (andebol e hóquei em patins).
Ontem, o S. L. Benfica perdeu de forma injusta, e até cruel, a final da Liga Europa. Jogou um futebol de qualidade, sem dúvida. Depois de uma caminhada impressionante até à grande final, deverá custar muito “morrer na praia”, como se observou nas expressões de sofrimento de muitos adeptos portugueses no estádio. Senti isso quando o FCP perdeu a sua primeira final europeia, na Taça das Taças, em Basileia. Era eu muito pequeno, mas lembro-me bem!
Enquanto portista convicto, reitero que não gosto nada do Benfica, nosso adversário interno de “estimação”, mas não posso deixar de, também como português, neste momento difícil para os “encarnados”, deixar um abraço sincero aos benfiquistas que são meus amigos.
Os que me conhecem sabem que sou do portista e que não gosto do SLB, por ser o nosso grande rival desportivo, nada mais do que isso. Ontem fomos felizes por termos marcado para lá dos 90, mas merecemos ganhar, porque fomos a única equipa que quisemos ganhar! Atacámos sempre mais, fomos quase sempre mais esclarecidos na abordagem do jogo. Acima de tudo, acreditamos sempre mais no golo.
Apesar da grandeza indiscutível, o Benfica voltou a ter medo de jogar com o FC do Porto, adotando uma toada igual a outras equipas, essas sim pequenas” que jogam no Dragão.
O SLB de ontem jogou sempre fechado no seu meio campo super povoado, focado no empate e à procura do erro do adversário, para apostar numa transição rápida, sobretudo depois de ter marcado um golo extemporâneo, fruto de ressaltos sucessivos na área portista.
Independentemente disso, sem qualquer tipo de ironia, não deixo de reconhecer a violência de se perder da forma como o Benfica perdeu, para lá dos 90, com um golo que, provavelmente, o afastará da conquista do campeonato.
Fiquei eufórico com o golo e a vitória, mas não fiquei insensível ao lado humano presente no sofrimento do treinador Jorge Jesus. Aquela imagem quando ele, ante o golo de Kelvin e os festejos portistas, se deixa cair de joelhos e leva as mãos à cabeça, é impressionante e deve merecer de qualquer ser humano bem formado o mais profundo respeito!
Jamais esquecerei aquele momento, pela alegria que me proporcionou, mas pela violência que significou para um profissional, que vê ruir um sonho, cujo trabalho deve, apesar da derrota, ser reconhecido, sobretudo nesta época tão recheada de êxitos.
É a minha opinião. Também se deve saber ganhar com dignidade e respeito pelos vencidos.
Não sei quantos anos depois, regressei hoje à Rampa da Falperra, em Braga, para recordar as emoções fortes do Europeu de Montanha, como as vividas tão intensamente na minha adolescência.
Obviamente, os protagonistas de hoje são diferentes dos de outrora, mas foi uma manhã bem passada a assistir à prestação de máquinas incrivelmente rápidas, como os monolugares e as “barquetas”, só observáveis em Portugal nesta competição, o que já ocorria nas décadas de 80 e 90 do século passado. A adrenalina “disparou” à passagem dos mais potentes! Gostei muito!
Também, como em tempos idos, pena é que o civismo não seja o melhor entre uns quantos espetadores que subiram à Falperra, cujos comportamentos, com uma incrível arrogância e má-educação, conspurcaram aquele monte tão bonito com imenso lixo, sobressaindo as “famosas” garrafas de cerveja e os invólucros de alguns alimentos.
Eram às centenas, as garrafas vazias abandonadas por uns quantos energúmenos, protagonistas da dita cultura da “mini”, que se julgam heróis com aqueles comportamentos.
Infelizmente, pouco mudou, apesar das gerações serem outras!
Que triste figura daqueles para quem o consumo de álcool desmedido é um meio de afirmação entre iguais e um comportamento elogiado pelos mesmos!
Nelson Piquet era o piloto preferido nas minhas infância e adolescência! Os Brahbam BMW que pilotava, com as cores da Parmalt, eram lindos e brutalmente potentes! Lembro-me bem do título de 1983.
Segundo a imprensa de hoje, "Nelson Piquet poderá voltar a pilotar o Brabham-BMW BT52 com o qual se sagrou campeão do mundo em 1983, o seu segundo dos três títulos mundiais que conquistou.
A BMW restaurou o BT52, sucessor do BT50 que havia sido uma desilusão no ano anterior. Desenhado por Gordon Murray, o carro restaurado será mostrado no «Goodwood Festival of Speed», que decorre entre 11 e 14 de julho.
Para pilotar o carro, a BMW admite estar já em contactos com Piquet. É, de facto, o que faz mais sentido.
“Um carro como este tem de estar pronto para rodar e é sempre bom lembrar aos nossos fãs o nosso legado”, afirmou Jens Marquardt, chefe da BMW Motorsport.
O chassis do carro foi restaurado em Munique, num processo que foi iniciado em outubro do ano passado e está agora concluído.
Com aquele carro, Nelson Piquet venceu sete Grandes Prémios e levou o título no final da época, batendo Alain Prost (Renault), por dois pontos. Riccardo Patrese também pilotou o carro nos Grandes Prémios da Bélgica e Canadá.
O imponente rio Douro, aqui no território vestido de tons esverdeados que pintam as encostas das terras de Resende, Baião e Cinfães, as mesmas que Eça tão bem descrevia!
Por isso há quem chame a este território do “Douro Verde”, numa alusão à vegetação viçosa, mas também ao Vinho Verde que estas encostas ajudam a tornar tão adamado.
Foi no fim de tarde de domingo, quando o sol se punha por detrás de montanhas, que registei o momento.
Há dias, do baú de recordações, recuperei estas imagens que partilho agora com os meus amigos. Há muitos anos, em Fafe, foi assim que tudo começou no meu percurso profissional, sempre ligado ao gosto pela rádio e pela escrita. Naquela casa, que abrigava a Rádio Clube de Fafe e o Correio de Fafe, fizeram-se muitos profissionais, ajudados por mestres pacientes que recordo. Ali escrevi as primeiras notícias e realizei os primeiros programas, quase sempre ligados à informação.
Foram anos vivenciados com grande paixão pelo gosto de aprender, na procura de fazer mais e melhor, no gosto de comunicar!
Ali estavam a escrita e a música - duas paixões que nutria desde a infância – unidas num projeto que acabou por ser profissional.
Não sei se terá sido a opção certa, mas desde os tempos que hoje recordo, nunca mais parei nestas lides, apesar de tanta coisa ter mudado, na forma de se trabalhar e de estar na profissão.
Recordo simplesmente, com saudade e carinho, esses momentos tão bonitos, de um certo romantismo, de tantos sonhos!
Cada vez que se vai, demoradamente, a Amarante é uma oportunidade nova para, com paciência, deitando, quase sem querer, a mão à máquina que trazemos no bolso, registarmos o momento, ousando captar aquele "acaso" de luz, com a subtileza dos reflexos do Tâmega que irradiam o brilho que desabrocha do céu, o que confere uma tonalidade sempre especial ao conjunto medieval formado pelo mosteiro, pela ponte, pelo rio e pelo casario circundante.
Nunca me canso de registar aquele quadro tão magnífico, tão singular!
O Entre Douro e Minho é uma região com uma história riquíssima, aqui havendo inúmeros solares que atestam a importância do território em séculos idos, como a Casa de Sergude, uma antiga habitação senhorial, em Felgueiras, onde viveu a família do nobre Pedro Coelho, um dos homens que assassinou Inês de Castro. A fundação da casa conta com influência gótica que remonta aos séculos XIII e XIV.
Também está ligada a Nicolau Coelho, navegador que comandou uma das naus que participaram na descoberta do Brasil.
A edificação foi reconstruída em revivalismo neomedieval pelo arquiteto portuense Marques da Silva, o autor do projeto da estação de S. Bento, no Porto.
Os jardins são lindíssimos, havendo até uma fonte decorada com azulejos com a imagem de Santa Luzia.
Por lá passei recentemente, revendo quão bonita e importante é aquela propriedade no concelho de Felgueiras, nem sempre lembrada
Que emoção rever e “reouvir” estes dois grandes senhores juntos.
Este vídeo é de maio de 2011, gravado em Londres. Uma verdadeira pérola.
Desde criança que gosto muito da música dos Pink Floyd.
Ainda hoje guardo vários discos em vinil, apesar de tão gastos pelas audições sucessivas!
Aprendi a ouvi-los precocemente com pouco mais de sete ou oito anos de idade.
Quando o grupo acabou, no início da década de 80 - era eu ainda muito pequeno - foi uma enorme desilusão! Poucos anos depois retomou, com grande qualidade, é certo, mas já sem Roger Waters.
Continuei a gostar da banda, então liderada por David Gilmour, mas faltava sempre qualquer coisa: o toque melódico de Roger Waters.
Ao longo dos anos continuei a ouvir os discos que entretanto saíram e os antigos que entretanto se tornaram clássicos da música, como o “The Wall”, “The Dark Side of the Moon” e “Wish You Were Here”, entre outros produzidos pelos quatro elementos do grupo, antes da saída do Waters.
Ao longo dos anos abundaram, incluindo entre os apreciadores, as discussões sobre quem teve responsabilidade no fim da banda. Pior do que isso, as discussões, nem sempre civilizadas, sobre os méritos e deméritos de Gilmour e Waters.
Sempre achei uma estupidez estas “cenas”, porque ambos são músicos de elite, com qualidades fantásticas. Os dois tiveram e têm carreiras a solo de grande sucesso (tenho discos de um e de outro), provando que são, de facto, muito bons, cada um com o seu estilo, com as suas vozes, com a sua sensibilidade e, acima de tudo, com a sua mestria!
Mas é quando atuam ao vivo e executam velhos temas dos Pink Floyd que se percebe que o espetáculo, um sem o outro, nunca atinge a excelência que os apreciadores reclamam.
Por isso, ouvi-los de novo juntos, ainda que só por instantes, depois de tantos anos de desentendimentos, executando e cantando, em Londres, “Confortably Numb”,é tão gostoso e tão especial, sobretudo por ser um momento que muitos, como eu, há muito desejavam.
Neste vídeo, quando Gilmour surge no alto do muro, cantando e tocando guitarra e exortado por Waters, é verdadeiramente único. As suas vozes completam-se tão bem!
São as vozes dos Pink Floyd, aquelas que conquistaram o mundo!
Dá vontade de ver e voltar e ver este vídeo.
Que pena estes dois senhores, verdadeiros clássicos e ícones da música mundial, não aparecerem mais vezes juntos!
Há 283 anos que a “Casa do Pão-de-ló de Margaride”, em Felgueiras, produz aquele doce tradicional, mas as vendas têm aumentado desde que a empresa familiar apostou na Internet.
“Esta empresa, apesar de ter quase 300 anos, tem de se atualizar. Esta presença em termos de multimédia é fundamental”, afirmou à Lusa Guilherme Likfold, proprietário da casa centenária e descendente dos fundadores.
O empresário admite que, apesar de a empresa ser uma das mais antigas do país ainda em atividade, atualmente as vendas ‘online’ são “uma ferramenta importante” para que o negócio tivesse deixado de ser local e passasse a ter outro potencial”.
O proprietário acredita que a aposta nas novas formas de promover o produto tem permitido manter a atividade, sem perdas, assegurando a estabilidade do negócio centenário, que dá trabalho regular a cerca de uma dezena de colaboradores.
O ‘site’ apresenta a história da casa e fala da tradição do “Pão-de-ló em Margaride”, para além de incluir a possibilidade de os apreciadores adquirirem ‘on-line’ a doçaria tradicional.
Apesar da aposta nas novas tecnologias para a promoção da iguaria, Guilherme Likfold garante que a confeção do pão-de-ló respeita o receituário tradicional, o que lhe garante desde 1888 o estatuto de fornecedora oficial da Casa Real e Ducal Portuguesa.
Desde 1900, que o doce, com marca registada, é preparado nas atuais instalações, de forma artesanal, utilizando os mesmos fornos e recorrendo a mão-de-obra com segredos transmitidos de geração em geração.
“Tentamos preservar o mesmo processo de fabrico e receituário, apenas com adaptações devido às questões legais”, observou.
Nas declarações à Lusa, o empresário insistiu em não falar apenas na perspetiva do negócio, mas forcar-se também na importância cultural que o seu estabelecimento tem para o concelho e para a região.
“É um prestígio para Felgueiras ter uma das casas mais antigas e com uma tradição tão grande ao nível da doçaria portuguesa”, observou.
O edifício situa-se no centro da cidade, junto aos paços do concelho. A decoração, incluindo a área de vendas, mantém-se desde o início do século 20, não faltando elementos decorativos que atestam a riqueza do seu passado, incluindo brasões alusivos à Casa Ducal de Bragança. As embalagens dos produtos exibem sempre o brasão da Casa Real.
O “Pão-de-ló de Margaride” serve também para muitos emigrantes matarem as saudades de Portugal, o que motiva vendas elevadas para os países onde trabalham mais portugueses. Em termos nacionais, há uma rede de lojas que comercializam o produto certificado, comprovando, segundo o empresário, a sua notoriedade em todo o país.
Esta especialidade é o mote para o festival internacional do pão-de-ló que decorre no sábado e no domingo, no Mosteiro de Pombeiro, em Felgueiras, onde estarão 35 doceiros de vários pontos do país.
Carla Meireles, vereadora na autarquia local, que organiza o certame, sublinha que é partir da "Casa do Pão-de-ló de Margaride" que se confere toda a notoriedade ao doce, a cuja produção, revelou à Lusa, se dedicam cerca de duas dezenas de empresas familiares no concelho.
Há uns anos que me delicio com a voz e a música de Enya, que tanta felicidade proporcionam a milhões de admiradores em todo o mundo. Nem todos os momentos são propícios para esta sonoridade, mas há uns, tão especiais, que, caídos do nada ou vindos do fundo da alma, quase nos empurram para a prova de ambiências acústicas tão subtis, tão redondas, que envolvem e convidam os sentidos à contemplação do que somos, do que fazemos e para onde vamos. É tão fácil ouvirmos e deixarmos, felizes, despontar uma lágrima grata ao momento.
Com o hi-fi exibindo, brilhantemente, as tonalidades acústicas que Enya nos oferece, com graves profundos e agudos discretos, fechámo-nos ao mundo físico, para iniciarmos uma marcha por largas planícies, com castelos celtas e cavalos brancos que galopam, planuras cobertas por prados de verdes viçosos, ladeados por montanhas que completam um quadro bucólico virtual, mas tão intenso.
A música de Enya, ao longo dos anos, para os que a apreciam, tem significado um embalamento em tecidos de cetim, em nuvens de algodão tão fofinho. São elementos que, ora nos arrepiam ao tocá-los com o ouvido, ora nos impelem para uma subtil nostalgia que contempla as coisas bonitas, com tons vivos, que nos têm acontecido. Curioso como tonalidades musicais tão melancólicas proporcionam momentos tão intensos, num recital em que a orquestra dos sentidos, dirigidos pela mestria da alma, se entrelaçam em imagens, cores, arrepios e cadências incertas na respiração, incapaz por vezes de ficar indiferente ao embalamento.
É assim, ouvirmos Enya, um prazer para a alma.
Este vídeo, repartido em duas partes, traduz bem, creio, o que significa a obra musical de Enya.
Uma dezena de jovens, de seis países europeus, estão a participar, em Amarante, em ações de voluntariado junto de instituições que trabalham com crianças, idosos e portadores de deficiência.
Os jovens estão alojados, há alguns meses, na Casa da Juventude de Amarante, no âmbito de um programa financiado por fundos europeus.
Durante a semana, jovens de Itália, Letónia, Grécia, Dinamarca, Holanda e Roménia, a maioria licenciados, deslocam-se regularmente a instituições da cidade, nas quais participam em atividades lúdicas e pedagógicas.
Na Santa Casa da Misericórdia interagem com idosos, no Centro Escolar da Madalena, com crianças, e na Cercimarante, com portadores de deficiência. As atividades são programadas com as instituições locais, com o objetivo de proporcionar uma relação de proximidade com os utentes.
“A estratégia da Casa da Juventude é trazer jovens estrangeiros para fazer longas experiências de voluntariado e, através dessas, parcerias com a rede local de instituições de jovens, apoio a deficientes e crianças”, explicou à Lusa, Miguel Pinto, da Casa da Juventude.
O responsável sublinha que este programa de voluntariado europeu “permite dar uma nova oportunidade a jovens que não têm emprego e encontram nesta experiência a possibilidade de desenvolverem as competências e servirem a comunidade”.
Miguel Pinto destaca que os voluntários são ainda “responsáveis por toda a agenda cultural da Casa da Juventude e por darem aulas de português, inglês e italiano, que são gratuitas”.
Uma das atividades que mais tem agradado aos jovens é o apoio prestado, dois dias por semana, ao acompanhamento de crianças, em horário pós-escolar, do centro escolar da Madalena, em Amarante.
Elina Kusiniceva, jovem letã, de 23 anos, com formação na área social, está em Portugal há cerca de oito meses. Naquela escola da cidade, a voluntária disse à Lusa gostar muito do trabalho com crianças.
“Fazemos jogos e falamos sobre a geografia do mundo. As crianças portuguesas têm muita energia para brincar”, afirmou em português.
Sobre a experiência em Amarante, disse apreciar muito o norte de Portugal, "porque tem montanhas".
“Mas também gosto da mentalidade dos portugueses, porque são latinos e muito abertos”, observou.
Também o grego Christos Zervas, de 24 anos, salienta a simpatia dos portugueses.
“Nesta atividade, conhecemos muitas pessoas de idades diferentes. Todos os voluntários são de países diferentes e cooperamos muito para trabalhar juntos para a comunidade”, contou à Lusa.
Na escola da Madalena, os voluntários foram recebidos com entusiasmo. Bárbara, aluna de sete anos, contou à Lusa como é a relação com os jovens estrangeiros: “Acho que é divertido, porque falam outra língua, ensinam jogos e mostram os seus países”.
Pedro, de oito anos, falou do ensino de inglês e das canções estrangeiras que as crianças aprendem graças à presença dos voluntários.
“Também pintamos e jogamos à bola com eles”, afirmou o aluno, entusiasmado.
Já para o presidente da Junta de Freguesia da Madalena, esta atividade no estabelecimento, coordenada pela autarquia, é muito importante para os alunos e para os pais.
“Havia a urgência de usar o tempo de prolongamento com atividades enriquecedoras. Os voluntários trazem uma riqueza muito grande a nível cultural, social e pedagógico”, salientou Joaquim Pinheiro, prometendo repetir a iniciativa no próximo ano letivo.
Guimarães é especal, é diferente de todas as demais cidades do país, porque mais nenhuma ostenta estes símbolos tão vincados da nacionalidade.
Observá-los, nos tempos em que pomos em causa tanta coisa no caminho que o país tomou, acaba por nos fazer acreditar que, apesar de tudo, vale a pena termos orgulho de sermos portugueses, vale a pena acreditarmos num futuro positivo para nós e para os nossso filhos! Eu faço por isso todos os dias, apesar dos inúmeros obstáculos conjunturais.
Já há alguns anos que sou um utilizador muito ativo dos chamados telefones inteligentes, os chamados ‘smartphones’. Em primeiro lugar, porque sempre gostei de tudo quanto fosse tecnologia associada à multimédia. No caso em apreço, pelas possibilidades que estes equipamentos proporcionam em termos de produtividade associada trabalho.
A última versão do ‘Windows Phone’, lançada há poucos meses, acrescentou mais funcionalidades ao sistema operativo anterior, proporcionando mais rapidez e integração das diferentes possibilidades e aplicações que o sistema proporciona ou comporta. Acresce que a versão 8 do Windows Phone, por ser poderosa, fluida e rápida, recebe mais e melhores aplicações que satisfazem inúmeras necessidades quotidianas em termos de trabalho, produtividade, conectividade, navegação web, fotografia, vídeo, música, redes sociais, organização, agendas, navegação GPS e lazer, entre outras possibilidades.
O equipamento que, porventura, melhor potencia o WP8, talvez seja o Nokia Lumia 920, que traz um ‘hardware’ de última geração, um ecrã tátil de alta definição e uma câmara que proporciona imagens com qualidade que envergonhará algumas máquinas fotográficas. A Nokia tem feito um grande trabalho, “artilhando” os seus novos Lumia com inúmeras aplicações, que transformam estes aparelhos em objetos impressionantes, tantas são as suas possibilidades. No fundo, fazendo jus à frase, “o mundo na palma da mão”.
Cada vez que lá vou, em trabalho ou em lazer, Amarante é uma terra que me encanta. Olho e volto a olhar para aquele casario, para aquele conjunto monumental, com o Tâmega aos pés, que são únicos no nosso país.
Jugueiros é a mais bonita freguesia do concelho de Felgueiras, talvez por ser das poucas que preserva uma ruralidade quase bucólica, avessa à industrialização e ao caos urbanístico de outros pontos do concelho.
Mas não só. É obvio que o verde das suas paisagens se deve aos três rios que a percorrem, sobretudo o Ferro e o Bugio, transmitindo uma frescura tão especial e tonalidades tão subtis.
Mesmo no inverno, apesar de lhe faltar as cores, as fragrâncias e o chilrear da passarada do tempo quente, ainda proporciona um conjunto que encanta quem por lá passa. Os moinhos nas margens dos rios são muito bonitos e traduzem um passado que partiu, mas que deixou marcas.
Por lá andei há dias, num tempo chuvoso e ventoso de inverno, mas abrigado pelo prazer de desfrutar de quadros tão deliciosos.