A crise nos OCS regionais
Por estes dias, apesar do trabalho intenso, tenho sido “perturbado” com notícias de que a crise tem afetado de forma dura vários órgãos de comunicação social da região do Tâmega e Sousa, incluindo alguns que considero serem de referência.
Os jornais e as rádios regionais, muito dependentes da publicidade gerada na economia local, em especial das pequenas empresas, vão decaindo a um ritmo alarmante, traduzindo as dificuldades do tecido empresarial da região, em muitos casos em completa agonia.
Além do caráter negativo para este território do Tâmega e Sousa associado à perda de capacidade dos jornais e das rádios de prestarem um serviço público de qualidade, como era seu apanágio, emerge a situação difícil em que ficam os profissionais que desenvolvem a sua atividade nestes órgãos de comunicação social.
São esses que, sem terem culpa alguma pelo que se está a passar, acabam por ser vítimas de uma conjuntura global que asfixia as empresas que suportam os seus ordenados.
Face à vaga de medidas recessivas que apontam incontornavelmente para fragilização da economia, a situação é, de facto, uma encruzilhada e não se vislumbra uma solução milagrosa que permita dar a volta a isto.
Até quando vai o país real aguentar esta situação?