>> “Virar o bico ao prego” – a arte perniciosa de uns quantos
Às vezes a vida proporciona-nos surpresas que nos deixa atónitos, tal é a desfaçatez com que uns quantos, ao arrepio das evidências, ousam tentar “virar o bico ao prego”.
Tais comportamentos são despudorados, porque ocorrem ao arrepio de princípios e valores que deveriam ser o primado das relações em sociedade.
Quando, ante as evidências, se tenta distorcer em proveito próprio incidências perniciosas para os autores deste comportamento, é censurável, é intelectualmente desonesto.
À luz de ambições pessoais, ser-se ingrato é pernicioso. Ser-se premeditadamente omisso face a evidências passadas para ocultar incongruências presentes é também psicologicamente nocivo para o alvo de tal comportamento.
Ser-se suficientemente funesto para, em proveito próprio, distorcer as deslembranças, lançando atoardas para fragilizar quem, ao invés, pelo passado de amizade, devia ser credor de apreço, é muito ardiloso, reconheça-se.
O povo diz que a isto chama-se “virar o bico ao prego”. Uns até o fazem atirando a pedra da hipocrisia e escondendo a mão da falta de princípios.
Mas, ante tais comportamentos, há que ser perseverantes, serenos, mas muito seguros nos nossos legítimos propósitos, acreditando que que um dia cairá o manto da desfaçatez.
Bem haja aos que prezam a coerência.
