Ainda há aldeias assim, escondidas, nas terras do Tâmega e Sousa, por onde, ao caminharmos por entre ruas estreitas, de sobe e desce, casas com paredes de outros trempos e onde quase não há gente, percebemos o que fomos no passado e somos convidados a refletir sobre o que somos no presente e para onde pretendemos ir amanhã...
Imaginamos, da costa, sob o cheiro a sardinha assada…
Lá longe, o porta-contentores rasga a linha do mar do Matosinhos, nas águas cintilando, rumo à América talvez, com tantas coisas mundanas no convés…
Que imaginamos da costa, com cheiro a sardinha assada e arroz de tomate, sentados na marginal, num qualquer domingo de sol!
Mas, à proa do navio, haverá marujos de pele salgada, sotaques do Leste e mãos robustas a adivinhar o sol a pôr-se, à bolina de abril, em mais uma jornada que se vai, à espera da noite que se deseja!