À espera de voltar para matar a nostalgia!
... quinhão de formusura, procurando guardá-la no coração que quase rebenta de prazer!
Há sítios fascinantes, aqueles pontos onde nos sentimos privilegiados, simplesmente por estarmos lá, por nos ser permitido contemplá-los.
Observar o farol na Ponta do Castelo, voltado a sul, em Santa Maria, com o seu enquadramento cénico tão açoriano, com socalcos de verde e um oceano tão belo e imenso, trilho de baleias e golfinhos, é maravilhoso, que não nos cansamos de admirar, parados no cimo da encosta, num processo inglório de querermos registar aquele quadro cénico na nossa memória, no nosso âmago, porque sabemos que dele iremos ter saudade quando partirmos!
Hoje é um desses dias nostálgicos!
Não queremos ir embora, apesar de o relógio dizer que é hora de partir, na volta à ilha, a caminho da Vila do Porto.
Mais uns segundos, sim, eu quero mais uns segundo, qual gula, olhando o quinhão de formusura, procurando guardá-lo no coração que quase rebenta de prazer!
Também os ares do mar onde passou Colombo, a humidade tropical, os socalcos de vinhedos, as casinhas brancas e a praia de areias escuras da Baía de São Lourenço, porque as fotografias não conseguem abraçar tanta magia, à espera de voltar para matar a nostalgia!