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Marca d'Água

Marca d'Água

28
Jan24

O sol vai-se estender, além dos montes do Alvão

Regalo para os sentidos, em clímax!


pôr do sol serra do Açv.jpg

Um domingo de janeiro acabado... 

Grato pelo belo crepúsculo, além dos montes deste Alvão para fotografar!

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Aquém, houve subidas e descidas nos trilhos rochosos das serranias com vistas para a Senhora de Graça

Pôr do sol serra do Alvão Fisgas queda de água.

Tanto pinhal para cheirar e o rio Olo, cristalino, fio de água que se precipita nas Fisgas

rio Olo Serra do Alvão.jpg

Espanto renovado sentir esta natureza, regalo para os sentidos todos, juntinhos, em clímax!

Pinhal Serra do Alvão Fisgas.jpg

Foi bom, há que voltar quando a primavera acentuar as cores e as fragâncias deste pedaço de éden!!!

23
Jan24

Pôr-do-sol do alto da serra… imensa

Sabor a água fresca no Bosque dos Avós


Num ápice, momentos assim, mágicos… nas entranhas do Marão…

Ser parte deles é estarmos lá, numa bênção da natureza…

pôr do sol no Marão preto e branco.jpg

Naquele pedaço de mundo, sem pressas, o pôr-do-sol do alto da serra…

Cheiro a pinho, silêncios na nascente, a frescura no Bosque dos Avós…

"Veja aqui o pôr do sol"!

Desfrutando do "calor" de janeiro, foi bom, merecido, este retrato!

 

17
Jan24

Uma passagem, para outra margem

Passadiços do Mondego


Passadiços do Mondego.jpg

Na outra margem mora a incerteza.

Atravessar o passadiço para virar costas a tantas coisas que nos consomem é a vontade que se sente, ante o cansaço por tantas circunstâncias, de seres menores, que parecem só existir, por trás do penedo, para tornar mais íngreme a caminhada dos que ousam subir a colina, de costas direitas!

15
Jan24

Silêncio: “Anjo de Portugal”

Recordando a tragédia de Entre-os-Rios


Entre-os-Rios (1) copiar.jpg

Tem 11 metros de altura a imagem de bronze do “Anjo de Portugal”, que encima o conjunto escultório com 20 metros de altura, evocando o nome das 59 vítimas mortais da tragédia de Entre-os-Rios, ocorrida no dia 4 de março de 2001.

Pode ser visto na margem esquerda do rio Douro, em Sardoura, Castelo de Paiva, no local onde ocorreu a derrocada do tabuleiro da Ponte Hintze Ribeiro, que liga ao concelho de Penafiel.

Entre-os-Rios (2) copiar.jpg

É uma imagem que me impressiona sempre que lá passo, não deixando de recordar, com enorme pesar, aquela data que me marcou profundamente como jornalista e como pessoa, porque também lá estive poucas horas após a tragédia, acompanhando as operações de resgate, escrevendo dezenas de peças sobre o tema nos dias e semanas seguintes.

Entre-os-Rios (3).jpg

No interior do monumento, onde o silêncio homenageia quem partiu, podem ser vistas as fotografias e os nomes das 59 vítimas, além das flores em sua homenagem!

14
Jan24

Abundante decoração em azulejo - marca de Portugal

Igreja de Santa Marinha de Cortegaça


igreja azulejos Santa Marinha de Cortegaça.jpg

As igrejas são, acima de tudo, locais de culto dos cristãos, mas também, em parte dos casos, monumentos que retratam a maestria dos crentes no louvor ao divino através das artes, ao longo das diferentes épocas do cristianismo.

A escultura, a pintura, a arquitetura, a engenharia e outras capacidades humanas unem-se para erguer monumentos extraordinários, as igrejas, que são o espelho das épocas, das suas modas, nas suas tendências culturais, sociológicas e até económicas, nos seus diferentes estilos e traços.

A igreja de Santa Marinha de Cortegaça, no concelho de Ovar, é um desses exemplos.

Na linha do tempo, é relativamente recente na construção.

igreja azulejos Santa Marinha de Cortegaça02.jpg

Imponente no seu tamanho, é singela no seu traço e bela na sua abundante decoração em azulejo da década de vinte do século passado, o que lhe confere um traço distintivo, em termos nacionais!

O azulejo é, com certeza, uma marca da nossa portugalidade, neste caso com representações, de grande valor artísitico, que falam das crenças religiosas dos seus mentores.

Vê-la, na sua fachada, é um exercício de admiração trajado de azul e branco, cores que transmitem serenidade a quem a visita.

12
Jan24

A bela Viana, princesa do Lima

Sítio mágico de onde a nossa vista alcança tanto


Rio Lima Viana do Castelo copiar.jpg

Olhar o espelho de água do Lima, majestoso, é sempre tonificante, a cada regresso à bela Viana, a princesa do Lima!

Que encantamento de cidade, com os seus cordões de ouro no pescoço das moças na procissão da Agonia, com os seus jardins românticos, com o seu casario antigo, do tempo de mercadores, que parte, beira-rio, caiado de branco, em direção à encosta abençoada por Santa Luzia, sítio mágico de onde a nossa vista alcança tanta terra, tanto mar, tanto areal atlântico, num cenário para fotógrafos à la minuta perpetuarem no papel, a preto e branco.

Esta alma está em cada coração de Viana, essa joalharia sem igual, símbolo de Portugal, ou numa urbe com dotes de poetisa nas quadras que admiramos nos singelos lenços de namorados…onde os erros ortográficos soam a sonetos…ou nos trajes do seu folclore minhoto, o mais alegre deste quinhão de terra espelhado neste estuário de água imensa…

 

12
Jan24

Belas montanhas do Alvão que se alongam, redondas

... teimando, até que a vontade canse o pastor…


serra do Alvão2.jpg

Descer as entranhas do Alvão, nas curvas e contracurvas da estrada, rumo a Mondim, é uma experiência sempre nova, a cada retorno àquele paraíso, nas cercanias da nossa “civilização”…

E depois, parando na berma da estrada, caminhando no trilho acidentado, colina acima, olhando as montanhas, tão imponentes quanto arredondadas, num fim de tarde quase solarengo que aguarda a primavera.

Percebe-se que elas, as montanhas, se alongam, preguiçosas, até outras serranias, como o Marão e a Meia-Via, mas orgulhosas pelos fios de água do Olo, cristalino, que descem, como véu de noiva, em socalcos rochosos, nas Fisgas de Ermelo, até uma poça fresca, com cheiro a resina, coaxar das rãs, milhafres que voam em círculos, num cenário extraordinário da natureza selvagem… que contemplamos, mudos na admiração, imóveis no tempo, sentindo a aragem!

serra do Alvão.jpg

Aqueles bosques abrigados enchem-nos de gentileza, pelas longas vistas de verde nas encumeadas ricas de sombras, e pelas pinhas que vão caindo ao lençol de caruma que cobre os chãos, ao lado da cabana florestal…abrigo de montanha, de tempos idos.

Nas aldeias encravadas na serra, quase sem gente, de telhados toscos, partem os últimos rebanhos que desafiam o futuro, teimando, até que a vontade canse o pastor…

11
Jan24

Desafiando os queixumes da serrania.

O fado dita estas coisas que tentam deter as almas


serra da Estrela.jpg

No alto da serra, da Estrela talvez, vê-se mais longe, sente-se mais alto, cheira-se mais intensamente, ouve-se mais grave, apesar da neblina, sobre a rocha glaciar outrora, hoje miradouro dos sonhadores ou precipício dos prostrados.

Que experiência esta, olhar em redor, em câmara lenta, como nos filmes, com ar rarefeito, mas de peito cheio para a vida, desafiando os queixumes da serrania.

Ventando forte na Torre, porque o fado dita estas coisas que tentam deter as almas.

Mas são essas, hirtas, que vencem, porque acreditar é ímpeto maior nestes carreiros que sobem a montanha da vida, rumo à canção de sermos nós, sempre, uma balada!

09
Jan24

Riscos que ondulam ao vento, com acentos lusitanos

Além Tejo… em batalhas de credos…


Há recantos assim, de pigmentações mágicas, riscos que ondulam ao vento, com acentos lusitanos, que se deixam notar, com tanta subtileza, com sabores a cereal, que nos fazem, como plumas, elevar aos céus…

campo agrícola castelo de Monsanto.jpg

E planar, vales fora, com vistas para as cordilheiras da raia, rios curvilíneos, lugarejos com sinetas a rebate e muralhas rudes, num exercício de alquimia, como cavaleiros medievais, desfraldando as bandeiras da reconquista afonsina, além Tejo… em batalhas de credos em tempos idos, dos nossos maiores…

campo agrícola serra da estrela.jpg

08
Jan24

Quando o sol se ocultou, apressado, no fio de mar…

Céu com traços em tons de ouro, pinceladas de bronze e relevos de cobre


Que sonho este em que ocorre colorir o céu com traços em tons de ouro, pinceladas de bronze, relevos de cobre, sobre o escuro das rochas costeiras e o cintilar alaranjado das águas quase quietas, onde paira o barco rumo a norte, com tantas histórias a marinar…

pôr do Sol Leça da Palmeira.jpg

Devaneio meu que se tornou tela de luz com tons cálidos, espelho de domingo de janeiro, frio, mas com aquele sabor a Matosinhos, revisitado, a cada regresso!

Do areal, olhando para o astro que se oculta do lado de lá do mundo, apressado, no fio de mar, atiçando o despertar…

Aperto o agasalho, quase noite, mesmo!

pôr do Sol Leça da Palmeira02.jpg

É hora de um café quente, com torrada, na confeitaria da esquina, à meia-luz!

05
Jan24

Reverência à mãe-natureza

Ousadia de saborearmos tudo, que privilégio!


Ilha Graciosa baleia rochosa.jpg

Ofegante pela subida, no cimo do penhasco voltado ao mar, olhos postos no farol, aquele objeto mágico que fascina, que se destaca nesta vista quase lunar, de tons de argila, rochas descomunais e texturas movediças.

Farol da Ilha Graciosa3.jpg

Nesta atlântida, o ar que se respira é uma delícia, em cada travo, uma mescla marinha, fresca, com pedaços de solo vulcânico, morno, não longe de campos agrícolas onde pastam os gados das touradas à corda.

Olhando o mar lá no abismo, rosnando de encontro às rochas, sentimo-nos exíguos, guardamos reverência à magnificência da mãe-natureza…

É magia!

É tempo de descansar, caminhando pé ante pé no sobe e desce do cenário ondulante da arriba que nos surpreende em cada relance, com plantas de formas estranhas ou aquelas linhas desenhadas nas rochas, além, no mar, pelos caprichos da erosão sob a forma de uma baleia, um ex-libris da ilha, para ver de todos os ângulos, em admiração.

Farol da Ilha Graciosa2.jpg

No topo de farol, como na Ilha da Fantasia, lá do alto, com ventania, de onde aponta o foco de luz aos veleiros, a vertigem de ver tudo, como um alcatraz, de asas abertas, sobrevoando em círculos…

Uma volta de 180 graus, com tempo para os sentidos todos, em êxtase, absorverem cada porção cénica.

Do mar turquesa, ao interior da ilha ornamentado com belos moinhos e muros de pedra negra, tanta coisa para a nossa memória guardar, num manjar para os sentidos que quase nos empanturra.

Farol da Ilha Graciosa5.jpg

Sim, cheiramos o oceano infinito e o campo, imaginamos os mil focos de luz do farol apontados às noites de nevoeiro, os mosaicos de verde dos prados e os traços da costa, em rebuliço.

Saboreamos o sal no vento marinho, escorre no rosto a maresia e, sorrindo, levamos as mãos ao rosto para sentirmos que tudo é real!

Somos pequenos, pessoas, mas temos a ousadia de saborearmos tudo, que privilégio!

Somos do tamanho de gente, ante a grandeza da natureza, à procura do farol que nos ilumine e guie, na barca da vida…

02
Jan24

Partidas assim...

Tão inesquecível quanto a beleza da silhueta da Berlenga


Berlengas por do sol.jpg

Visitar as Berlengas é místico para uns quantos…

É verão, faz calor!

Ao chegar, após viagem à proa da embarcação, quase tocando o mar, uma reentrância, de águas turquesa e rochas bronzeadas, recebe e convida a subir a encosta, até ao topo, o que se faz de pronto, com tantas gaivotas sobrevoando a ilha maior.

Os olhos veem tudo em redor, mas o trilho é estreito, um pouco íngreme até!

Ah, meu Deus!!! Um travo de ar salgado... As paisagens valem o esforço, deixando espaço para devaneios.

Por instantes, ocorre o filme “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock, com aquela cacofonia das gaivotas, quase assustadora, que faz olhar o céu, vezes sem conta, mas o perigo não mora ali - as aves apenas saúdam os visitantes, talvez!!!

Olhando em redor, tanto mar, tantas ondas que se abraçam às grutas do ilhéu, em calmia...

Berlengas grutas.jpg

E há o vento morno de norte - bem-vindo sejas - que levanta o cabelo e refresca o rosto ressequido pelo sol do meio-dia.

Baixar os óculos de sol e sentir aqueles ares atlânticos, apontando a nascente, para admirar o casario branco de Peniche, a cerca de 12 Km, numa península com “lobos do mar”.

A caminhada faz-se sem esforço, no topo da ilha!

Berlengas forte.jpg

Olhando à esquerda, a belíssima baía de águas coloridas, com o forte de São João Batista, a única construção a sério da ínsua.

Berlengas Farol.jpg

No antro do pedaço de terra, o farol, que se ergue para espanto de quem por lá passa, parando, olhado-o!

À direita, no oceano, as traineiras que trazem carapau e a sardinha da faina, para gáudio da passarada, num cenário que enche o peito de quem vê.

A vegetação é rasteira, com muitos chorões floridos, e convida a descansar, sem olhar para o relógio, para mais uma observação atenta das aves que sobrevoam a ilha, em bando caótico, como pontos brancos que parecem dançar o twist, no céu azul… Ao fechar os olhos, vê-se ainda melhor!

A Berlenga Grande é pequena, com cerca de 1,5 Km, ponto a ponto, mas tem graça!

Visitá-la é uma experiência tão inesquecível quanto a beleza da silhueta da ilha que se deita no mar, ao pôr do sol, no regresso a Peniche.

Feliz, na popa da embarcação, olhar sumiço para registo do momento, em fotografia... E guardam-se as vistas, no coração, em tintas doces-pérola, para sempre!

Berlengas panorâmica efeito.jpg

 

01
Jan24

Neste quinhão é-se do tamanho do que somos

Apenas pessoas, a preto e branco!


Graciosa 14b copiarpb.jpg

Que bom sentir aquelas veredas, na ilha branca

No cume da Graciosa, em redor, tanta paz, envolto nela

Abrir os braços, agarrar tanto ar, tanto de nada, sopro para a alma

No vale, veem-se muros de pedra de Vulcano que riscam o verde

Pontos brancos são casas onde moram ilhéus, com rugas de sal

Resquícios de vinhas perduram e vagos ressequidos, nos terraços

Até os cheiros a bagaço se misturam com os raios de sol

Ou sons rurais que ecoam através dos aerogeradores

Panorama Ilha Graciosa paisagempb2.jpg

À volta da velha caldeirinha, imagina-se o pretérito desta esmeralda

Com a lava a acrescentar cada fajã, o fogo avivando o mar

Panorama Ilha Graciosa paisagempb.jpg

No traço do horizonte que cintila, navios rumam a Leste, quase levitando na bruma

Neste quinhão é-se do tamanho do que somos, um pedaço da natureza!

E que gozo sê-lo, sem faz de conta, apenas pessoa, a preto e branco!

Panorama Ilha Graciosa paisagempb3.jpg

 

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