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Marca d'Água

Marca d'Água

24
Dez23

Noite maior

Kitaro - Silent Night


Nesta noite tão especial, de amor e partilha, proponho aos que me seguem neste cantinho, uma música de Natal, de encantar, tão doce, tão bela, aqui interpretada com a magia e a sensibilidade única de Kitaro, para sonharmos, noite fora!

Espero que gostem!

Eu adoro!!!

24
Dez23

Feliz Natal!!!

Noite maior, luz boa, chi-coração de amor!


Oôr do Sol Castelo do Queijo estilizado.jpg

Hoje, ao pôr do sol, toranja, no torreão, do Queijo…

Sonhando… Quási Natal, com sapatinho ao janelo?

Pai Natal, sorrio, quási com renas te vejo?

Tanta a canela, mexidos, que sorte, poder comê-los

 

Antanho, na consoada, havia leite-creme e copos de Sumol

Não era o Pai Natal, era o Menino Jesus das prendas

Coelhinhos de chocolate, bombocas ou a bola de futebol

Aquele presépio de musgo era belo, com luzes e oferendas

 

Hoje, desta lareira com vida, o horizonte, ao poente

Peúgas fofas, flanelas, golas altas, lares de calor

A maresia é tom de mel, de doce ternura é fonte

Noite maior, luz boa, partilhas, chi-coração. De amor!

 

Sim, tanta saudade dos ausentes, dos partidos…

Olhares perdidos, às vezes, às voltas sem final

Mas à mesa, de mãos dadas, neste espírito unidos…

Votos de saúde, com muita afeição, a todos, Feliz Natal!

 

24 dez 2023

 

19
Dez23

Quase silêncio, só murmúrios alísios

Moinhos na Graciosa, nos Açores, valem milhões de regalos


Moinho branco Graciosa.jpg

Há imagens que valem por mil palavras, diz-se por aí…

Moinhos na Graciosa, nos Açores, valem milhões de regalos

Aos meus olhos são majestosos, de formas quase humanas

Como chapéus de soldadinhos de chumbo, em harmonia, qual fado eterno

No cume da encosta, avistam-se, serenos, os engenhos

Graciosa moinhos editado13 copiar.jpg

Sobre o verde da cercania, com muros de pedrinhas de basalto

Já não moem o cereal, já não há grão de trigo, mas restam as mós

O moleiro partiu ao pôr do sol, ficou o travo com cheiro a broa

Ao fundo o Atlântico, aqui quase silêncio, só murmúrios alísios

Eles ali, relíquias do passado, inspiração dos que palpitam, sonhando!

 

 

 

18
Dez23

Ruínas assim...

Despertar, ao luar, desses pedaços feitos?


Ruina lagoas bertiando.jpg

Há memórias doces-amargas que às vezes lembramos

Tapadas em passados, com nevoeiro espesso!

A elas regressados quando adormecidos estamos

Das nossas culpas, parecem reais, quando nelas tropeço!

Lagoa de Bertiandos.jpg

Vale a pena despertar, ao luar, desses pedaços feitos?

Talvez não queiramos, por sermos instantes, ilusões

Ruínas nos atraem, sim, somos tão imperfeitos

Revisitamos estados de alma, num sono de inquietações!

 

17
Dez23

Dias assim, ventosos!

Ou de raios que acalentam mãos frias


Serra do Marão3.jpg

Olhamos o céu, no Marão infinito, vemos as formas citrinas das nuvens... Farrapos sobre as montanhas que deixam cair a fragrância das memórias, das subtilezas de acasos, como riachos que se precipitam para a poça.

Serra do Marão.jpg

Ou de raios que acalentam mãos frias, junto à capela, para sermos felizes, nestes dias assim ventosos! 

 

16
Dez23

Que coisa esta, alguém à cata de alento

Caem da alma, prostradas, sem animação!


Serra da Estrela riacho.jpg

Há serões assim, devaneios soçobrados ao relento

Quando falta inspiração, sobra frustração

Querer páginas para rasgar, só falta talento

Inverno! Faz frio lá fora, cá dentro, talvez ilusão

Dedos na pena, sem tinta, só descontento...

Palavas caem da alma, prostradas, sem animação!

 

As folhas brancas vão-se borrando, de cinzento

De falas mudas, sem chama, sem ópio, só desilusão

Que coisa esta, alguém à cata de alento

Fechar o dia, à noite, busca daquela canção

Ousar sons que exorcizem inquietações, como poção!

 

Estas rimas, exaustas, naufragam, aquém, nesta vaga de vento

À espera da bonança, quando o sol raiar, além, na monção!  

 

14
Dez23

Vilas assim...

A cores da Ponte de Lima, sempre romântica


Ponte de Lima imagem da vila e ponte.jpg

Como é bom caminhar nas margens do Lima, mesmo numa manhã fria e chuvosa num feriado de dezembro... Respirar os ares frescos do Minho é uma delícia, nos trilhos enlameados pelo "dilúvio" da véspera... ao lado de um rio abastado... junto às ermidas, nos açudes ou sob as pontes medievais, apressado, o Lima, a caminho do mar, a poente, em Viana do Castelo, onde beijará o oceano, junto à praia, sob a bênção de Santa Luzia… inspirando lenços de "nemurados"... com tantos erros ortográficos, com sotaques bordados, à magia do amor...

12
Dez23

NATAL: Luzes de Vigo são moda e entopem A3

Milhares de luzes espalhadas por ruas, praças e avenidas


Árvore de Natal Vigo 2023 b.jpg

Estão na “moda” as iluminações de Natal na cidade galega de Vigo, que têm atraído milhares de portugueses, num corrupio que entope a A3 ao fim de semana.

Mas vale a pena ir de propósito só para apreciar o “espetáculo”?

Não creio, sinceramente!

Árvore de Natal Vigo 2023 c.jpg

Contudo, o espetáculo proporcionado por milhares de luzes espalhadas por ruas, praças e avenidas da cidade é, de facto, notável, funcionando, porque não, como um mote para um passeio de fim de semana pelo sul da Galiza e as suas encantadoras Rias Baixas, aqui ao lado!

Foi o que fiz... e valeu a pena!

Árvore de Natal Vigo 2023.jpg

FOTOS: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

11
Dez23

Vilas assim!

Ponte de Lima: Dizem, por lá, que é a vila mais antiga de Portugal.


Ponte de Lima Rio Lima.jpg

Trata-se, de facto, de um pequeno burgo minhoto, com muita história e tradição, um casco pitoresco com um casario interessante e contando com um enquadramento paisagístico em que o rio Lima e a sua ponte milenar, de origem romana, sublinham o seu caráter e atratividade turística.

Justifica-se a visita e uma caminhada nas suas ruas ou até às belas lagoas de Bertiandos, que são Reserva Ecológica Nacional, a oito KM do centro da vila, passando por vinhedos e outras belas paisagens humanizadas, além de um dos mais bonitos palacetes minhotos.

04
Dez23

Pátios assim!

Pedaço de éden com ímpeto de voltar!


Córdova 4.jpg

Passear a pé nas ruas estreitas de Córdova, na Andaluzia espanhola, é uma experiência incrível…para os sentidos…

Passo a passo, olhando em redor, percebe-se no desenho simples das fachadas caiadas o legado árabe, em cada recanto, mesclado com a cultura ocidental, numa simbiose que exalta a nossa imaginação…enquanto se ouve a guitarra flamenca que canta ao fundo da rua, com tons graves.

Os pátios daquela cidade, que vão aparecendo em cada recanto, sem contar, são únicos no mundo, por estarem decorados com vasos floridos, assim como tantas portas e janelas, de cores garridas e aromas frescos que nos fazem olvidar o calor daquelas bandas e desperta uma vontade incontida de ali ficar, desfrutando de um pedaço de éden e de um ímpeto de voltar!

 

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