Gaivotas assim...
Ponte D. Luis I, Porto
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Nesta noite tão especial, de amor e partilha, proponho aos que me seguem neste cantinho, uma música de Natal, de encantar, tão doce, tão bela, aqui interpretada com a magia e a sensibilidade única de Kitaro, para sonharmos, noite fora!
Espero que gostem!
Eu adoro!!!
Hoje, ao pôr do sol, toranja, no torreão, do Queijo…
Sonhando… Quási Natal, com sapatinho ao janelo?
Pai Natal, sorrio, quási com renas te vejo?
Tanta a canela, mexidos, que sorte, poder comê-los
Antanho, na consoada, havia leite-creme e copos de Sumol
Não era o Pai Natal, era o Menino Jesus das prendas
Coelhinhos de chocolate, bombocas ou a bola de futebol
Aquele presépio de musgo era belo, com luzes e oferendas
Hoje, desta lareira com vida, o horizonte, ao poente
Peúgas fofas, flanelas, golas altas, lares de calor
A maresia é tom de mel, de doce ternura é fonte
Noite maior, luz boa, partilhas, chi-coração. De amor!
Sim, tanta saudade dos ausentes, dos partidos…
Olhares perdidos, às vezes, às voltas sem final
Mas à mesa, de mãos dadas, neste espírito unidos…
Votos de saúde, com muita afeição, a todos, Feliz Natal!
24 dez 2023
Há imagens que valem por mil palavras, diz-se por aí…
Moinhos na Graciosa, nos Açores, valem milhões de regalos
Aos meus olhos são majestosos, de formas quase humanas
Como chapéus de soldadinhos de chumbo, em harmonia, qual fado eterno
No cume da encosta, avistam-se, serenos, os engenhos
Sobre o verde da cercania, com muros de pedrinhas de basalto
Já não moem o cereal, já não há grão de trigo, mas restam as mós
O moleiro partiu ao pôr do sol, ficou o travo com cheiro a broa
Ao fundo o Atlântico, aqui quase silêncio, só murmúrios alísios
Eles ali, relíquias do passado, inspiração dos que palpitam, sonhando!
Há memórias doces-amargas que às vezes lembramos
Tapadas em passados, com nevoeiro espesso!
A elas regressados quando adormecidos estamos
Das nossas culpas, parecem reais, quando nelas tropeço!
Vale a pena despertar, ao luar, desses pedaços feitos?
Talvez não queiramos, por sermos instantes, ilusões
Ruínas nos atraem, sim, somos tão imperfeitos
Revisitamos estados de alma, num sono de inquietações!
Olhamos o céu, no Marão infinito, vemos as formas citrinas das nuvens... Farrapos sobre as montanhas que deixam cair a fragrância das memórias, das subtilezas de acasos, como riachos que se precipitam para a poça.
Ou de raios que acalentam mãos frias, junto à capela, para sermos felizes, nestes dias assim ventosos!
Do ontem, vezes demais, sobrevêm momentos…
Embustes inquietam, interpelam, à noite, a meia luz...
Verbos mal pousados turbinam sentimentos...
É desfoque de testemunho que desânimo produz...
Há serões assim, devaneios soçobrados ao relento
Quando falta inspiração, sobra frustração
Querer páginas para rasgar, só falta talento
Inverno! Faz frio lá fora, cá dentro, talvez ilusão
Dedos na pena, sem tinta, só descontento...
Palavas caem da alma, prostradas, sem animação!
As folhas brancas vão-se borrando, de cinzento
De falas mudas, sem chama, sem ópio, só desilusão
Que coisa esta, alguém à cata de alento
Fechar o dia, à noite, busca daquela canção
Ousar sons que exorcizem inquietações, como poção!
Estas rimas, exaustas, naufragam, aquém, nesta vaga de vento
À espera da bonança, quando o sol raiar, além, na monção!
Como é bom caminhar nas margens do Lima, mesmo numa manhã fria e chuvosa num feriado de dezembro... Respirar os ares frescos do Minho é uma delícia, nos trilhos enlameados pelo "dilúvio" da véspera... ao lado de um rio abastado... junto às ermidas, nos açudes ou sob as pontes medievais, apressado, o Lima, a caminho do mar, a poente, em Viana do Castelo, onde beijará o oceano, junto à praia, sob a bênção de Santa Luzia… inspirando lenços de "nemurados"... com tantos erros ortográficos, com sotaques bordados, à magia do amor...
Estão na “moda” as iluminações de Natal na cidade galega de Vigo, que têm atraído milhares de portugueses, num corrupio que entope a A3 ao fim de semana.
Mas vale a pena ir de propósito só para apreciar o “espetáculo”?
Não creio, sinceramente!
Contudo, o espetáculo proporcionado por milhares de luzes espalhadas por ruas, praças e avenidas da cidade é, de facto, notável, funcionando, porque não, como um mote para um passeio de fim de semana pelo sul da Galiza e as suas encantadoras Rias Baixas, aqui ao lado!
Foi o que fiz... e valeu a pena!
FOTOS: Armindo Mendes (Direitos Reservados)
Trata-se, de facto, de um pequeno burgo minhoto, com muita história e tradição, um casco pitoresco com um casario interessante e contando com um enquadramento paisagístico em que o rio Lima e a sua ponte milenar, de origem romana, sublinham o seu caráter e atratividade turística.
Justifica-se a visita e uma caminhada nas suas ruas ou até às belas lagoas de Bertiandos, que são Reserva Ecológica Nacional, a oito KM do centro da vila, passando por vinhedos e outras belas paisagens humanizadas, além de um dos mais bonitos palacetes minhotos.
Passear a pé nas ruas estreitas de Córdova, na Andaluzia espanhola, é uma experiência incrível…para os sentidos…
Passo a passo, olhando em redor, percebe-se no desenho simples das fachadas caiadas o legado árabe, em cada recanto, mesclado com a cultura ocidental, numa simbiose que exalta a nossa imaginação…enquanto se ouve a guitarra flamenca que canta ao fundo da rua, com tons graves.
Os pátios daquela cidade, que vão aparecendo em cada recanto, sem contar, são únicos no mundo, por estarem decorados com vasos floridos, assim como tantas portas e janelas, de cores garridas e aromas frescos que nos fazem olvidar o calor daquelas bandas e desperta uma vontade incontida de ali ficar, desfrutando de um pedaço de éden e de um ímpeto de voltar!
Num fim de tarde chuvoso, o Museu Guggenheim, em Bilbau, numa das suas fachadas mais emblemáticas e "turísticas"!
Um edificado "diferente", do arquiteto Frank Gehry.