Postais
Castelo de Penela
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Ligar o som, prazer maior, a meio volume…
Escolho vinil, um 33 senil, sábio amigo!
À meia-luz, Monitor Audio soa a perfume…
Na posição fetal, na carpete, falo comigo!
O saxofone soa metais, o baixo murmura…
Sinto o seu bafo estremecendo entranhas!
Que interpelam o vácuo que perdura…
E aguilhoa ganas de ousar façanhas!
Lengalengas lamechas pontuam pensamentos…
Ora melancolias, ora memórias, até fantasias!
O vinil é assim, um velho que sussurra fragmentos…
É quente o acento, tanto que adocica profecias!
E aquela trova com sotaque do Norte quer dormir…
É fim de dia, de fadigas imensas, que nos vencem!
Já sonho ser feliz, que o vácuo se foi, vou sorrir…
O vinil acabou… O sonho acordou… As ganas se esvaem!
agosto de 2022
Sempre fui sonhador, devaneios almejar
Sonhei tudo, sem nada, com dor ousei
Corri, caí, ergui, quedei, chorei, a fraquejar
A meia-luz, refúgio, postigo sou, eu sei!