Deixemos os sons dizerem o que sentimos! No silêncio que por vezes queremos ser, aqui eles falam-nos de coisas belas, que nos transcendem, mas que nos encantam os sentidos...
… a escuridão convida-nos a sonhar e esta melodia tão cálida acaricia-nos o âmago, impele-nos para um não sei o quê de doçura que, às portas do sono, nos abre alas para a quimera…
Sigo quase “religiosamente” - desculpem-me o exagero da expressão - a série ‘Game of Thrones’ há vários anos. Ao longos das várias temporadas, aprecio tantos pormenores na série, como a extraordinária fotografia, a realização feita minúcia, o entrelaçado da história e a qualidade dos atores, mas a música, a banda sonora, é um dos que mais me delicia!
Esta versão alongada do tema principal é extraordinária! É uma delícia ouvi-lo, ouvi-lo e ouvi-lo, ao mesmo tempo que somos levados, sem esforço, na nossa imaginação, para a atmosfera, o ambiente e o enredo da série… tão cheio de devaneios, de utopias, sob a forma de “Guerra dos Tronos”, de fantasias de um mundo que objetivamente não existe, mas que tem tanto em comum com o real, aquele em que, de facto, como os valentes da trama televisiva, sobrevivemos todos num jogo que aceitamos jogar sob regras que não controlamos!
Se não conhecem esta versão, sugiro que o ouçam. Vão ver que é uma maravilha e deixem-se ser heróis nem que seja a fazer de conta!
Quando vou aos Açores, deixo-me guiar pelos sentidos…As esmeraldas, no meio do mar imenso, cintilam a cada olhar meu! Ali acredito que o paraíso existe mesmo!
“Braveheart” (O Desafio do Guerreiro, em português), de Mel Gibson, de 1995, é o filme da minha juventude, que ganhou por direito próprio o estatuto de filme da minha vida, por tantas razões que não importa aqui dissertar, mas que entroncam no percurso atribulado de um de um jovem que então não percebera ainda tanta coisa…
O filme, que vi pela primeira vez numa velha sala de cinema no Alentejo litoral, quando ali passava umas férias a contar tostões, retrata a figura histórica de William Wallace, guerreiro, patriota escocês e herói medieval, que admiro. Ganhou cinco óscares naquele ano, entre os quais o de melhor filme e melhor ator principal – Mel Gibson.
A sua fotografia é arrebatadora, com imagens que jamais esquecerei, e uma banda sonora sublime, que engradecia o filme!
Este tema, em especial, faz-me sentir tão bem, recordando aquelas imagens da Escócia medieval e das suas altas montanhas, onde decorre a história de amor que não me canso de ver e rever... o meu coração agradece esses momentos!