Guimarães é uma cidade incomparavelmente única
Revisitar Guimarães, minha querida cidade berço, é sempre um prazer revigorador.
Calcorrear as suas ruelas entrelaçadas é relembrar lides de uma infância feliz, por entre o granito minhoto, os telhados cor de tijolo e varandas floridas, aquecida pelo sotaque bem marcado do povo vimaranense, que também eu ainda preservo, orgulhoso.
Sim, Guimarães e os seus mil e um cheiros, de vielas e becos, afagam-me a alma e empurram-me para os tempos em que me fazia homem, já então, admirando a natureza humana e cultural única no todo português.
Quando se mergulha no seu casco histórico, passando pelo Largo da Oliveira e subindo até ao seu altaneiro castelo, sentimos a sua força de burgo medieval, hirto, herdeiro do seu soberano Afonso Henriques, sempre presente no ser vimaranense, quase mil anos volvidos.
Esquecidos amuos antigos, justos porque nem sempre esta pérola foi credora do reconhecimento nacional, hoje Guimarães é uma cidade orgulhosa enquanto joia arquitetónica única do país, quiçá do mundo.
Este é, seguramente, o centro histórico mais bonito e mais bem preservado de Portugal.
Defronte para o que resta da muralha da velha cidadela podemos ler: “Aqui nasceu Portugal”.
É quase uma religião ou uma devoção ler aquela frase e sentirmos o orgulho que só nós, vimaranenses, podemos experimentar.