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Marca d'Água

Marca d'Água

24
Out11

A propósito de famigerada “iniquidade”


A maioria das pequenas e microempresas enfrenta por estes dias dificuldades tremendas, em resultado da crise económica que massacra transversalmente quase todos os setores.

Quem conhece o mercado, a braços com falta de liquidez e outras maleitas, sabe que é lugar-comum dizer-se que ninguém paga a ninguém, numa bola de neve que vai crescendo a cada dia, formando uma avalancha que não se sabe onde vai abater.

Para os que só agora “despertaram” para os cortes, sobretudo os que estavam salvaguardados pelo “guarda-chuva” do Estado, importa lembrar que em grande parte das empresas muitos trabalhadores enfrentam, pelo menos desde 2009, sacrifícios tremendos, com os seus ordenados congelados ou diminuídos. Fazem-no, sublinhe-se, porque só assim, em tempo de “vacas magras”, mantêm a esperança de salvaguardar os seus preciosos postos de trabalho, apesar de, na maioria, serem mal remunerados. E em muitos desses casos o esforço tem sido inglório, porque as empresas, vergadas a um mar imenso de dificuldades, nomeadamente ao peso dos impostos, acabam por sucumbir total ou parcialmente e os seus trabalhadores são encaminhados para o desemprego.

Por isso, falar de “iniquidade” é só meia verdade, porque a outra metade da “coisa” remete-nos para um mar de diferenças entre o público e o privado, com clara e manifesta vantagem para os que trabalham para o Estado, como é reconhecido pelo senso comum.

Ou não fossem, para a maioria das pessoas, os empregos do Estado os mais desejados, pela estabilidade e regalias que proporcionam, desde logo um horário de trabalho mais reduzido, que se traduz, no plano substantivo, em menos cinco horas por semana e 22 horas por mês. Imagine-se, assim, o número de horas a mais que um trabalhador do setor privado fará após alguns anos de labuta.

A prová-lo está a forma “estarrecida” como os sindicatos do setor público reagem à possibilidade de alguma empresa ligada ao Estado poder ser privatizada. Acenam logo com o cenário da perda de direitos. E eles, os sindicalistas, sabem efetivamente do que falam, dando implicitamente razão aos que, como eu, acham curiosa história da dita “iniquidade”.

20
Out11

Inquietante: Mais de 35 mil pessoas estão já desempregadas no Tâmega e Sousa


O Tâmega e Sousa é das regiões mais industrializadas do país e das que mais contribui para a economia nacional, com as exportações de setores importantes como o calçado, o mobiliário, a metalomecânica e os têxteis.

Mas é também aqui onde, apesar do esforço exportador de centenas de empresários, o impacto da crise se faze sentir de forma cruel.

Em apenas três meses o desemprego disparou mais de sete por cento, agravando uma crise social com contornos muito inquietantes. Mais de 35
mil pessoas estão já desempregadas.

20
Out11

Reposta a normalidade em Felgueiras: campo de jogos do estádio volta a ser relvado


 

Felgueiras deixou de ter “o maior estádio pelado do mudo”, porque, felizmente, a relva está de regresso ao Estádio Dr. Machado de Matos.

Os trabalhos de arrelvamento prosseguem por estes dias e deverão estar concluídos esta semana.

Direi que é o regresso à normalidade no principal equipamento desportivo do concelho de Felgueiras, depois de um período anómalo, estranho, em que uma decisão inaudita retornou os felgueirenses aos anos oitenta do século passado.

O que se fez agora, com a reposição da relva, custou e vai custar dinheiro, nomeadamente no plano da manutenção. Mas esta é daquelas coisas em que estamos na presença de um investimento que vale a pena assumir, com retorno assegurado, não no plano económico, mas nas condições que vai permitir para a prática do desporto aos jovens felgueirenses.

 

 

 

19
Out11

Algures neste belo país, mas por vezes tão ingrato...


 

Um registo de verão, uma imagem que captei, algures no litoral deste país tão belo, mas onde é cada vez mais difícil viver, acreditar. Ali estive olhando, numa postura introspectiva tentando perceber se aquela era a maré baixa que se anunciava.

São vagas sucessivas de arbitrariedades, maresias amargas em jeito de impostos e outras maldades que não se sabe quando vão parar para dar lugar à bonança que este recanto da velha Europa tanto anseia.

18
Out11

Órgão de tubos “lindo de morrer” em terras de Amarante


Este órgão de tubos, do século XVIII, recentemente restaurado, na igreja de S. Gonçalo, em Amarante, é lindíssimo.

Sempre que o observo fico encantado com a sua imponência, mas sobretudo com a beleza da sua magnífica talha dourada.

Trata-se de um instrumento com uma sonoridade imponente, que nos enche a alma.

É lindo contemplá-lo e “degustar” a sua sonoridade.

Fotografá-lo, olhá-lo através da lente, é um pazer sempre renovado.

15
Out11

Tempos que nos obrigam a apertar o cinto


Por estes dias a maioria dos portugueses só tem razões para estar apreensiva.

O Orçamento do Estado para 2012 traz mais austeridade, porventura num registo duro que poucos esperavam.

As medidas penalizadoras são transversais a quase todos os setores da nossa sociedade.

Se é certo que os funcionários públicos e equiparados são desta vez atingidos por medidas duras, não menos certo é que, porque a crise não começou com o Orçamento do Estado de 2012, milhões de outros portugueses, incluindo pequenos empresários e trabalhadores por conta de outrem, enfrentam há alguns anos uma insegurança e uma precariedade que a maioria dos trabalhadores do Estado desconhece.

Não obstante, causa alguma revolta que muitos de nós, que não temos culpa nenhuma pela situação do país, incluindo funcionários públicos, sejamos chamados a pagar os erros de decisores políticos e de uma sociedade capitalista exacerbada, quase sem regras nas últimas décadas, que nos conduziram a este buraco.

Estamos, muitos de nós, revoltados, o que é compreensível.

Ninguém gosta de cortes e do agravamento fiscal anunciados pelo Governo, que nos vão obrigar a apertar ainda mais o cinto, mas estou convicto de que, infelizmente para todos nós, face à urgência do que se está a passar, não haveria grande alternativa, porquanto o Estado português,  há muito vivia claramente acima das suas possibilidades, assentando grande parte da sua ação no crónico recurso ao financiamento externo, cujo saco agora se esboroou sem apelo nem agravo.

Como em qualquer empresa ou família, há agora que “pôr a casa em ordem”, reestruturando, e redimensionado a máquina do Estado, conquistando a confiança de quem no estrangeiro nos empresta o dinheiro, sem o qual, note-se, o Portugal, tal como o conhecemos atualmente, não era capaz de sobreviver.

Só depois de alcançado esse desiderato, por caminhos de tremenda dificuldade, o país deve pensar numa ótica de crescimento sustentado e saudável, baseado na competitividade da economia, geradora de riqueza e emprego sustentável, capaz de gerar impostos que o Estado precisa.

Até lá, um longo e doloroso caminho espera quase todos os portugueses.

Só assim o Estado será capaz de suportar um Estado social justo, que proporcione a quem mais precisa os serviços essenciais em domínios como a saúde, a justiça e a educação, porque é assim que compreendo as funções de um país civilizado e justo.

Impõe-se agora a quem manda que seja justo para todos os portugueses, optando por medidas equilibradas, respeitadoras dos direitos à dignidade, sobretudo dos mais frágeis. Que sintamos todos que os sacrifícios que nos são imposto vão valer a pena.

E que, sem tibiezas e paliativos, avancem as medidas há muito sinalizadas que ponham a nossa justiça a ser efetivamente justa digna de um Estado de direito, e que se acabe com situações de privilégio de pessoas e grupos económicos que usufruem de regalias insultuosas para a maioria dos portugueses.

Só assim vamos ter força para acreditar que vale a pena.

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