Este pequeno vídeo é fantástico. Reproduz a parte final de um espectáculo do Cirque du Soleil, cuja banda sonora, com o mesmo nome, foi escrita pelo compositor japonês Kitaro.
A música é fantástica, encerrando uma espiritualidade profunda, aliás presente em todo o espectáculo desta famosa companhia de circo canadiana.
Para os apreciadores deste género musical, recomendo a aquisição deste disco de Kitaro, que já tem uns anos, mas mantém-se muito actual. Garanto-vos que é encantador para ouvir, por exemplo, após um dia intenso de trabalho. É altamente relaxante.
O meu CD, já velhinho, comprei-o em Léon, Espanha, em 1999, creio, quando lá fui assistir, com um casal amigo de Fafe, a um espectáculo maravilhoso de Kitaro. Um concerto que jamais esquecerei.
Ontem, sexta-feira, estive em Baião, onde Almeida Santos, presidente do PS, inaugurou um ciclo de conferências.
Independentemente das ideias políticas que cada um tem, admito que não sou um admirador do percurso daquele político, nem sequer de algumas ideias de fundo que tem defendido sobre a sociedade. No PS há outras personalidades cuja visão do mundo merece mais a minha atenção.
No entanto - e esta é a verdadeira razão deste post - fiquei impressionado pela forma lúcida e muita viva como um homem com 84 anos comunicou com a plateia durante cerca de duas horas.
Goste-se ou não, Almeida Santos é um grande comunicador, que faz jus a uma geração de políticos com alguns defeitos, é certo, mas com grandes qualidades que se vão perdendo entre os da nova geração.
O sentido humanista, porventura algo utópico, e uma visão muito lúcida da sociedade em mutação é uma nota em cada palavra, em cada gesto, o que contrasta com a tecnocracia política, eivada de demagogia a raiar quase a inverdade que hoje está tanto na moda entre parte dos políticos portugueses, sempre tão politicamente correctos, o que para mim significa muito "plásticos".
Aqui fica, assim, a minha homenagem a um ancião da nossa política, que era, aliás, muito apreciado por outro velho socialista, este muito mais humilde, mas não menos solidário: o meu saudoso pai. Como Almeida Santos, também o meu "velho", nas lutas pós Revolução de Abril, acreditava sempre que era possível mudarmos para um mundo melhor!
Também José Luís Carneiro, o jovem presidente da CM de Baião que ontem ladeou Almeida Santos, apesar da idade, apresenta no seu discurso, mas também na sua actuação como autarca, um certo ideal humanista, uma visão solidária da sociedade que o aproxima do pensamento dos velhos e grandes socialistas que fizeram escola em tempos idos da nossa democracia.
José Luís Carneiro significa assim, na minha óptica, uma lufada de ar fresco na classe política actual e, por isso, um sinal de coerência num mar de tantas incongruências da política lusitana.
Hoje, em Amarante, o rio Tâmega voltou a assustar, ao subir para o nível mais elevado deste Inverno. Esta tarde a água chegou a atingir a rua mais baixa da cidade, inundando algumas caves, mas por aí se ficou, felizmente. O perigo de cheia na cidade por estas horas ainda não está afastado, mas, aparentemente, o pior já terá passado. Ficam algumas imagens que fui registando com a minha câmara.
As imagens que todos os dias nos têm chegado da Madeira são impressionantes, tão avassaladora foi a tragédia que se abateu sobre aquela ilha.
É curioso que estamos habituados a ver este tipo de imagens de sofrimento, quase sempre vindas de países distantes que nos dizem pouco.
Vê-las agora envolvendo nossos compatriotas custa mais, muito mais.
Faltam-nos as palavras para descrever o que sentimos, sobretudo nos primeiros dias.
Estive na Madeira uma única vez. Foi numas férias em Setembro de 2000.
Como milhares de outros portugueses, apreciei as belezas naturais da ilha, mas percebi em vários pontos da Madeira, sobretudo os mais acidentados, o risco que corriam determinados edifícios se algo de grave acontecesse, sobretudo deslizamentos de terras e pedras.
Além de vermos milhares de casas em escarpas cuja consistência – apesar de ser leigo na matéria - me mereceram dúvidas, também vi que muitas habitações estavam demasiado próximas das linhas de água, à mercê de um enxurrada mais agressiva.
Infelizmente - creio - terão sido algumas dessas que foram levadas pela tragédia, perdendo-se tantas vidas inocentes.
Impõe-se que, de uma vez por todas, tragédias como esta que ocorreu na Madeira, suscite junto das entidades competentes cuidados acrescidos nos processos de licenciamento de construções e, não menos importante, se acautele preventivamente medidas que minimizem os riscos da natureza.
Há anos que ouço isto, mas só quando nos roubam a casa é que pomos trancas à porta!
Olhava há dias para um documento em que constam as declarações de rendimentos de vários políticos do Vale do Sousa.
Sem surpresa, constata-se que os detentores de cargos políticos, em especial os autarcas, têm rendimentos interessantes, mas não tão “gordos” quanto alguns imaginarão.
Mas, mais uma vez se percebeu também uma situação, no meu ponto de vista, eticamente questionável, apesar de legal: as reformas chorudas que vários actuais e ex-autarcas recebem por terem estado uns quantos anos no exercício de funções políticas nos municípios ou no Parlamento.
Não vou aqui aprofundar esta matéria
Essas pessoas, grande parte delas ainda longe de atingirem a idade de reforma convencionada para “os comuns dos mortais”, limitam-se a tirar partido de uma determinada legislação, entretanto já alterada, que permitia aos titulares de cargos executivos nas autarquias e aos deputados gozarem de um regime especial para contagem do tempo para a aposentação, entre outras ajudas previstas na lei.
É também por causa de situações como esta e outras que as notícias dos últimos dias vão denunciando, que os cidadãos comuns – aqueles que pagam uma tonelada de impostos apesar de ganharem ordenados comuns - olham quase sempre de soslaio para os políticos, porque os consideram, justamente, uns privilegiados da sociedade.
E são mesmo, ou não fossem eles tantas vezes, no caso dos governantes ou deputados, juízes em causa própria, ao legislarem em várias matérias que, em última instância, acabam por beneficiá-los, nomeadamente o regime das incompatibilidades.
Ou não fossem também outros deles uns privilegiados somente porque exercem cargos muito bem remunerados nas instâncias do poder ou em organizações na esfera deste, à sombra de um carreirismo partidário bem conseguido.
Morreu há uns meses. Quando soube da notícia fiquei triste.
Era o teclista dos Pink Floyd.
Richard Right era mais discreto do que os dois mais conhecidos membros da banda: Roger Waters e David Gilmour.
Richard compôs alguns dos temas mais famosos da banda inglesa e era dono de uma voz melodiosa muito bonita. Quem o conhecia garante que era uma pessoa fantástica, generosa.
Nos últimos anos da sua vida acompanhou Gilmour, seu grande amigo, na sua carreira a solo.
Uma doença grave levou-o aos 65 anos.
Porque me lembrei dele hoje ao passar cá em casa por um disco antigo dos Pink, ocorreu-me fazer-lhe esta homenagem.
Sinceramente, fiquei perplexo ao ver hoje a Nova Esperança, constituída por pessoas que julgava conhecer bem, propor e aprovar em reunião de câmara vários aumentos nas taxas municipais cobradas aos felgueirenses, nomeadamente ao nível do licenciamento de obras particulares.
Sinceramente, não percebi os argumentos políticos aduzidos para justificar alguns aumentos.
É desapontante que grande parte dos políticos diga uma coisa na oposição e faça depois coisas diferentes no poder. A isto chama-se incoerência. É isto que tira credibilidade a muitos políticos.
E fico triste por ver que se trata de políticos da minha geração, que era suposto trazerem uma lufada de ar fresco à política felgueirense.
É pena que tais comportamentos defraudem a expectativa de muitos que acreditaram no projecto da Nova Esperança, sobretudo quando os seus líderes foram eleitos com base numa vontade genuína de mudança, a bem de uma boa sensibilidade social, que pusesse cobro a um ciclo de governação de má memória.
Existe um projecto de aproveitamento hidroeléctrico para o rio Tâmega, conhecido como Barragem de Fridão. Essa, receiam muitos amarantinos, e não só, poderá acabar com imagens como estas que hoje fiz em Fridão, Amarante.
Que impere o bom senso de quem tem de decidir, a bem do belo e selvagem Tâmega, espero.
Hoje em Jugueiros estiveram muitos mascarados a brincar ao Carnaval.
Estavam vestidos com mil e um disfarces que nos remetiam para o mundo da graça própria destas lides carnavalescas bem pitorescas, à moda do nosso povo.
Mas, ao que constou, faltaram por lá outros mascarados, esses que carregam por estas bandas disfarces bem “cozinhados” para ludibriar uns quantos incautos.
Também constou por lá que os ditos mascarados andaram por outras paragens, não muito longe, por domínios que - pregará o escrivão-mor - já entraram para o leque dos carnavais maiores do hemisfério norte lusitano.
Ontem os rumores inquietantes que me chegaram por um estranho SMS mandado por uma pessoas amiga, dando-me nota do funeral de uma pessoa cujo nome não associei.
Hoje a certeza: a morte de alguém que eu, de facto, conhecia.
Fiz silêncio ao confirmar a sua morte.
Era ainda jovem: 46 anos. Uma paragem cardíaca foi-lhe fatal.
Não tinha com essa pessoa uma relação muito próxima, mas conhecia o que fazia e, sobretudo, o que foi num passado recente: um empreendedor.
Chamava-se Rui Meireles, foi fundador da Rádio Clube de Paços de Ferreira, já vão vão muitos anos.
Lembro-me de conversar com ele, um dia, na Rádio Clube de Paços de Ferreira. Estávamos – creio – em 1993, quando eu dava os primeiros passos profissionais, então na Rádio Clube de Penafiel.
Até me recordo do que falámos. Ele explicava-me, com um visão muito prática, uma situação relacionada com descontos para a Segurança Social.
Desde então fomo-nos cruzando por aí.
Com ele trabalharam pessoas e colegas que estimo.
A comunicação social regional deve-lhe muito.
Foi um dos visionários que deram corpo ao sonho das rádios "piratas".
Não apenas por isso, mas sobretudo por isso, o meu respeito profundo, a minha homenagem.
"Alegría", um tema criado para o "Cirque du Soleil", é muito especial. Já o ouvi centenas de vezes e sempre com o mesmo prazer. Foi pena que tivesse sido utilizado por um partido político para fazer campanha, mas, apesar disso, ainda vale a pena desfrutar da mensagem que esta música encerra.
Sim, trabalhemos todos para fazer da nossa vida uma alegria constante, apesar do mundo real ser muito fértil noutras desventuras.
Tão más têm sido as notícias da nossa política nacional! Tantas suspeições, tantos estranhos silêncios, tantas coisas por explicar, tantas meias verdades! Tanta coisa - dizem uns pouco - digna, envolvendo alegadas orquestrações do poder para se controlar a comunicação social ou – dizem outros - maledicências que visam somente comprometer a personalidade de alguém.
Há muito ruído.
É tudo muito confuso, que nos faz questionar os fundamentos da nossa democracia, tão maltratada tem sido por uma classe política, de quase todos os quadrantes, que parece ter perdido a noção do razoável. Que é feito dos valores, do primado da democracia participativa, tolerante e plural?
Está muito barulho lá fora.
Fechemos a porta aos políticos que falam demasiado alto, que estão demasiado assoberbados com o poder, tão escuro ele é. Socorro!!! Faça-se luz, falta saber como e com quem!!!
Há alguns dias estive em Lousada, onde o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, foi homologar um contrato de comparticipação financeira para requalificação da rede viária local. Está previsto um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros.
Quando assistia à cerimónia, lembrava-me de Felgueiras, do mau estado das suas estradas municipais e o quanto há a fazer para acabar como esta triste situação. É uma vergonha a degradação de algumas delas, uma situação que julgava poder vir a melhorar com o advento eleitoral de 11 de outubro passado, mas, infelizmente, tudo ficou na mesma, ou seja, demasiado mau..
Era suposto julgar-se que os famigerados 100 dias seriam suficientes para, pelo menos, mandar tapar os buracos que no passado tanto se criticava.
Como um rio de águas cristalinas, a vida vale a pena, se acreditarmos todos os dias.
Como o pequeno riacho que, tímido, parte em busca do desconhecido, vale a pena sermos nós próprios, olharmos em volta e vermos um mundo cheio de engulhos, mas também recheado de tesouros da natureza, de oportunidades que temos de aproveitar.
Abrir os olhos a cada manhã, inspirar fundo e dizer: vamos lá agarrar mais um dia da nossa vida.
Não sejamos desleixados connosco, com o bem-estar dos que amamos, nunca!
Não deixemos passar demasiada água debaixo da ponte.
Saibamos olhar para nós próprios e interpretar o que nos diz a alma, porque, se o fizermos todos os dias, saberemos alcançar os melhores caminhos e sermos mais fortes para concretizar os nossos sonhos, por mais difíceis que nos pareçam.
Os leitos do rio da vida são sinuosos, é certo, mas há que acreditar que também somos donos do nosso destino, em busca de um estuário imenso de felicidade.
Todos somos capazes de chegar à foz, se acreditarmos nisso com muita força!