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Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

15
Set07

> Por terras do Baixo Minho...


Armindo Mendes

Também o Baixo Minho é especial. Por lá, de quando em vez, vou fazendo incursões que me remetem para a infância por terras do Alto Ave. Do seu verde fogoso trago revigorantes momentos de deleite, que guardo religiosamente no meu âmago.







15
Set07

> O nosso Douro fascinante...


Armindo Mendes

Desde a minha infância que o magestoso rio Douro exerce um fascínio muito especial.
O seu leito é magnífico e as suas águas curvilíneas transmitem uma tranquilidade imensa.
Dali avistamos as margens de muitas cores e formas à medida que planamos rumo ao interior, onde, numa mescla de aromas e cores, qual maná para os sentidos, nos espera o Douro Vinhateiro - Património Mundial.
Um passeio que recomendo, sobretudo para os que insistem em visitar destinos tropicais além fronteiras e, numa ignorância grotesca, desconhecem alguns tesouros deste nosso Portugal.






13
Set07

> Dois projectos, duas realidades!


Armindo Mendes

Há alguns anos, recordo-me, foram apresentados, quase em simultâneo, com certeza por mera coincidência, dois projectos para a construção de outros tantos complexos de piscinas, um para Idães (Felgueiras) e outro para Vila Meã (Amarante).
Sobre os dois, escrevi peças jornalísticas, antevendo o que efectivamente seria cada um deles, representando até investimentos semelhantes.
Volvidos uns anos, o complexo de piscinas de Vila Meã (foto), orçado em 3 milhões de euros, está pronto a inaugurar, o que deverá acontecer nas próximas semanas pelo secretário de Estado da tutela, Laurentino Dias.
Quanto às piscinas de Idães, infelizmente, que eu saiba, continua ser ter saído do papel, como outros projectos que em Felgueiras sem têm vindo a anunciar pomposamente no decurso dos anos, mas continuam apenas no rol das obras virtuais!
13
Set07

> O caso Madeleine!


Armindo Mendes

Nas últimas semanas todos temos dado grande atenção aos últimos desenvolvimentos do caso Madeleine, a criança inglesa desaparecida a 3 de Maio.
Depois de as autoridades, numa fase inicial da investigação, terem apostado na tese de rapto da criança, nas últimas semanas a PJ começou a acreditar na hipótese de homicídio, baseada em indícios decorrentes de provas entretanto encontradas, nomeadamente alegados vestígios biológicos do corpo da criança. Esta evolução fez com que os pais da criança passassem de testemunhas a arguidos.
O cidadão comum acompanha este caso tão mediático com natural interesse, mas todos temos de reconhecer que faltam elementos objectivos para que possamos tirar conclusões. Aquilo que existe são apenas indícios demasiado vagos, sobretudo para uma leitura segura do que terá acontecido à menina.
Nos últimos dias, tão férteis em desenvolvimentos, designadamente a partida do casal inglês para o seu país, causou-me alguma estranheza as discussões que tenho ouvido em torno do assunto, a começar por programas televisivos e radiofónicos, nos quais especialistas vão esmiuçando as diferentes visões do assunto, consoante as suas especialidades, mas que culminam quase sempre com a mesma conclusão: faltam dados objectivos para se saber o que efectivamente possam ser emitidas teses conclusivas quanto ao que se passou efectivamente com a criança. O mesmo se vai passando entre os cidadãos comuns. Estes vão discutindo nas suas casas, nos cafés, nos salões da cabeleireira, etc, etc. Mas, ao contrário de alguns especialistas que vamos ouvindo em fóruns organizados pelos órgãos de comunicação social, o português comum aparenta, por vezes, estar mais seguro sobre o que opina, também neste caso. Em círculos privados, todos temos assistido a algumas discussões acesas. Fico atónico com a firmeza com que algumas pessoas defendem esta ou aquela tese a propósito do desaparecimento de Madeleine. Fazem-no com base em indícios ou outras informações relatados por jornalistas e que, mais grave ainda, acabam por merecer interpretações difusas, por vezes até distorcidos, por parte de quem os ouve, consoante uma maior ou menor apetência sensacionalista ou até uma incapacidade de compreensão dos termos técnicos usados por especialistas.
Apercebo-me, por exemplo, que alguns cidadãos comuns ousam criticar a forma como está a ser conduzida a investigação, como se qualquer um de nós tivesse efectivos conhecimentos para produzir esse tipo de análise e como se no caso não estivessem profissionais da polícia criminal que não serão propriamente uns aprendizes. Todos temos direito a ter uma opinião, mas, em nome da humildade, devemos contextualizá-la, sobretudo quando não estamos munidos de elementos essenciais para produzirmos uma conclusão suficientemente sustentada. Diria que muitos portugueses são mesmo assim... Adoram uma boa discussão a propósito de qualquer coscuvilhice, quase sempre passível das mais hilariantes e injustas conclusões. Muitos há que incluo naquele vasto lote de pessoas às quais não se reconhece globalmente capacidade e conhecimentos para uma discussão profunda sobre determinado assunto, mas que, graças à sua agilidade verbal e algum espertismo baseado no senso comum, vão dando a ideia aos demais de que percebem um pouco de tudo e são capazes de dirimir argumentos contrários de maneira contundente, ao ponto de monopolizarem qualquer diferendo.
Daí que, neste caso concreto, prefira ouvir e aguardar novos desenvolvimentos, evitando alimentar discussões estéreis e conclusões precipitadas sobre uma matéria, a propósito da qual estaremos a ser bombardeados com muito ruído, tão próprio de casos mediáticos que importa continuar a alimentar para segurar audiências. Chega a ser confrangedor ver determinados directos televisivos com jornalistas na Aldeia da Luz ou em frente das instalações da PJ, que nada de novo têm para dizer, mas que são obrigados a permanecer no ar longos minutos, recapitulando quase até à exaustão aquilo que estamos fartos de ouvir, com carácter quase telenovelesco.
10
Set07

> Regresso ao país real


Armindo Mendes

Terminado o mês de Agosto, tradicional período de férias para a maioria dos portugueses, eis que o país regressa à normalidade. Para muitos portugueses acabou a “ilusão” das férias e regressam as “dores de cabeça” do quotidiano, desde logo o reinício das aulas, o que corresponde, para milhares de famílias, a mais despesas com a compra de manuais escolares. Este costuma ser um momento particularmente difícil, sobretudo para quem não goza de desafogo financeiro. A propósito, fico atónito quando vemos reportagens televisivas com anúncios de créditos bancários para a compra de livros.
Direi apenas que muito mal andarão as finanças desses agregados quando já não conseguem reunir meios para suportar as despesas com a compra de manuais escolares. Na maioria das situações serão famílias que efectivamente auferem de rendimentos magros e que, por isso, já não têm folga para suportar este embate.
Mas, receio que muitos casos que recorrem esse tipo de crédito sejam os mesmos que, há poucos meses, também já terão acorrido à banca para irem passar umas férias de sonho, daquelas que vêm nas revistas e que custam uns milhares de euros. São os tais casos que, inebriados pela onda desenfreada do consumismo, contam para as tristes estatísticas portuguesas, segundo as quais o endividamento das famílias é já superior a 150 por cento do rendimento! Esta situação tenderá a piorar nos próximos meses, agora que se sabe que a taxa de referência para o crédito à habitação, ditada pelo Banco Central Europeu, continuará a subir, daí decorrendo encargos acrescidos para os que todos os meses têm de pagar as suas prestações à banca pela aquisição de casa própria. Mais graves são aquelas situações em que as prestações subiram de tal maneira que ultrapassaram já o limiar do suportável para as famílias.
É certo que milhões de portugueses continuam a viver acima das suas possibilidades. O recurso ao crédito para a casa, para o carro, para os electrodomésticos e para as férias, etc., quando realizado de forma quase compulsiva, avesso a factores de racionalidade, sem atentar em cenários futuros, como a possível subida das taxas de juro, permite temporariamente manter um nível de vida relativamente alto, muito útil para alimentar aparências junto de amigos e familiares, mas redunda, a prazo, em situações aflitivas para muitos agregados familiares, o que é cada vez mais comum nos grandes centros.
Bom seria que, nestas alturas do ano, o nosso Governo e a associações de defesa do consumidor avançassem com grandes campanha de sensibilização da população para os perigos do endividamento excessivo. Se o fizessem estariam a prevenir situações muito complicadas.
Mas este regresso às aulas também é uma enorme dor de cabeça para a classe profissional dos professores. Mais uma vez, os docentes vieram a terreiro criticar a colocação nas escolas. Desta feita, pelo que temos ouvido, terão ficado sem colocação cerca de 40 mil candidatos. Na óptica dos sindicatos, este número quer dizer que há cada vez menos professores nas escolas e que, por isso, a qualidade do ensino vai piorar, nomeadamente nos alunos com necessidades educativas especiais. Já do lado do Ministério da Educação, justifica-se esta redução com base no abaixamento do número de alunos nas escolas e com a afectação às actividades lectivas de grande quantidade de docentes dos quadros de escolas que estariam, até agora, afectos a outras actividades dentro dos estabelecimentos escolares, por exemplo ao nível da direcção. O governo garante ainda que os professores colocados são suficientes para as necessidades.
Quem não é parte interessada directamente neste diferendo acaba por ficar confuso, não sabendo quem efectivamente tem razão. Para a maioria da população, importa saber se, efectivamente, estão garantidas as condições para um ensino de qualidade dos nossos filhos, no plano da afectação de recursos humanos (docentes e não docentes) e materiais (instalações e material didáctico e pedagógico). Pouco importarão os problemas profissionais dos que sonham serem docentes, aos quais seremos sensíveis, mas, em nome da verdade, não são muito diferentes de outras classes profissionais, que não podem cruzar os braços face às mudanças em curso no mundo do trabalho, que exigem maior flexibilidade.
01
Set07

> Um testemunho de altruísmo impressionante


Armindo Mendes


Na edição desta semana do EXPRESSO DE FELGUEIRAS publiquei um artigo a propósito do trabalho extraordinário e sem qualquer remuneração que Fátima Ribeiro desenvolve todos os anos, durante as suas férias, junto das comunidades pobres dos países africanos de expressão portuguesa. Já passou por Moçambique e Angola e partiu este fim-de-semana para Cabo Verde. Para as terra do ultramar tem levado calor humano e carinho e da lá tem trazido verdadeiras lições de vida e uma gratidão imensa de quem nada mais tem para oferecer.
O relato das suas experiências nas savanas africanas é impressionante, falando-se das profundas privações em que vivem aqueles povos. A crueza das palavras mescla-se com o extraordinário altruísmo evidenciado por esta mulher traduzem-se num amontoado de emoções que fervilham no nosso peito, convidando-nos a uma reflexão.
Convido todos a ler a reportagem no jornal ou no site http://www.expressofelgueiras.com/noticia.asp?cod=607 , publicado em versão integral.


01
Set07

> As férias e (a falta) de civismo...


Armindo Mendes

Agosto foi para a maioria dos portugueses sinónimo de uns quantos dias de férias. Este foi também um período particularmente fértil para constatarmos alguns pormenores que infelizmente vão atestando a visão crítica que tenho retratado nestes editoriais a propósito da falta de civismo que caracteriza muitos dos nossos compatriotas.
Nas zonas verdes, pontos dos habituais piqueniques, lá vamos encontrando os despojos de lixo deixados por uns quantos energúmenos. Estas pessoas deixam todo o tipo de lixo nas nossas matas, revelando uma grosseira falta de educação e respeito pelos demais cidadãos. Recordo, a propósito, que minutos após a passagem da Volta a Portugal pela serra da Estrela ali se podia encontrar toneladas de todo o tipo de lixo, inclusive restos de comida, deixados pelos que tinham ido ver passar os ciclistas. Aqui, em Amarante, num fim de tarde de domingo, terminados os piqueniques, a florestal também é um mau exemplo. Nas praias, o cenário repete-se. Nos areais não faltam as beatas de cigarros, invólucros de gelados e recipientes de refrigerantes. Nos mega-concertos de Verão o cenário é ainda mais arrepiante, pela quantidade dos resíduos deixados e por sabermos que quem o produz são os jovens, o que não augura nada de bom para o futuro... Outro elemento que em nada abona para a imagem cívica de um povo é a forma como se estaciona os automóveis. Direi que por estes dias estivais vale quase tudo quando se procura um lugar para deixar o automóvel. Os passeios são invadidos por automóveis, que roubam espaço aos peões. Curiosamente, os que cumprem a lei são os que acabam por ser prejudicados. Aconteceu com uma pessoa amiga, há dias, próximo de uma praia, onde tinha estacionado o meu automóvel. Para o fazer de acordo com a lei, tinha deixado o carro a algumas centenas de metros da praia. Mas, quando voltou deparou-se com uma situação caótica, porque outros automobilistas haviam estacionado os seus carros ao lado do seu, em segunda e terceira fila. Conclusão: queria sair e não podia, ficando com os nervos em brasa. Além disso, outros condutores sofriam dentro dos seus automóveis, porque não conseguiam passar em determinados pontos da rua devido ao estacionamento selvagem. Um caos completo, sem que se vislumbrasse nas proximidades qualquer agente da autoridade.
Continuando a discorrer sobre a falta de civismo, ocorrem-me outras situações gritantes. Nas auto-estadas as ultrapassagens são muitas vezes feitas pela esquerda. Também são usuais as situações em que os automobilistas que cumprem os limites de velocidade, quando fazem uma ultrapassagem a um automóvel mais lento, são insultados por uns "chico-espertos", que seguem atrás de si muito frenéticos, que se julgam os ases do volante e ousam pensar que a lei é só para os outros. Além disso, de dentro dos automóveis, voam por vezes objectos e até secreções que conspurcam a via pública, para não falar do risco repugnante de atingirem quem viaja no veículo que segue atrás.
Nos restaurantes mais concorridos, os clientes avolumam-se e esperam mesa. Os mais espertos são geralmente os que conseguem lugar mais rapidamente, na maioria das vezes ultrapassando de formas menos próprias quem aguarda civilizadamente um lugar para saciar o apetite. Nesses restaurantes, cafés ou pastelarias os não fumadores são obrigados a inalar o resultado de um vício individual que interfere na liberdade de terceiros. No pavimento das principais praças do país vão-se avolumando chicletes, deixadas por gente sem escrúpulos, que não consegue alcançar o mal que estão a provocar à imagem das urbes onde caminham. E nos vidros dos carros vamos encontrando outra praga dos tempos modernos: toneladas de papéis a anunciar as festas dos bares e discotecas, que acabam quase sempre no chão, sujando as ruas das nossas cidades, sem que os mandantes da colocação dos papéis sejam responsabilizados.
Ainda a propósito da falta de civismo, ocorre-me comentar brevemente o patético abaixo-assinado de uns quantos lisboetas, e não só, incomodados com as multas decorrentes da instalação na capital de uns radares controladores de velocidade. Será que esses senhores querem que seja criada uma lei especial para eles, que altere o limite de velocidade dentro das localidades, especialmente concebida para a capital, onde, em determinados pontos - entenda-se ruas de cariz claramente urbano -, poder-se-ia circular a 80 ou 90 quilómetros por hora? Sem comentários...

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