O regresso dos velhos eléctricos ao Porto causou-me enorme alegria. Ontem, os velhos amarelos voltaram a dar romantismo ao velho burgo tripeiro, fazendo reviver, sobretudo aos mais velhos, os tempos em que aquele meio de transporte era tão comum nas grandes cidades. Ontem viajar nos amarelos era à borla. Foi bonito e a beleza da Invicta merecia-o, há muito. Confesso que também eu revivi imagens e sensações que julgava esquecidas no baú das memórias da minha infância mais recôndita…
Deambulando pelo YouTube http://br.youtube.com/results?search=related&search_query=Barclay%20James%20Harvest%20BJH&v=Ny_KFLDidIA recordo alguns vídeos dos Barclay James Harvest. Habituei-me desde a infância a ouvir Barclay James Harvest. Cresci apreciando esta banda, coleccionando os discos de vinil, que ainda guardo religiosamente, e mais tarde os CD e os DVD. Os BJH têm-me proporcionado ao longo da vida momentos de muito prazer, tantas são as baladas e tantas são as letras das suas músicas que nos falam no profundo da nossa alma. Na minha adolescência sentia que, por apreciar esta música, pertencia a uma espécie de tribo, porque os BJH nunca terão sido uma banda de massas, e ainda bem, porque souberam quase sempre manter uma qualidade muito acima da média.
Para muitos, inclusive para mim, foram uma banda de culto. Ainda hoje, em momentos especiais, me emociono quando ouço alguns dos seus temas mais melódicos e simplesmente tão simples… Nos momentos mais felizes da minha vida, a sua música esteve presente, mas também nas fases menos boas procurei refúgio naquele porto, qual bálsamo. BJH: A sua sonoridade é absolutamente fantástica e eterna.
Enquanto banda, infelizmente, terminaram em meados dos anos 90, após quase 30 anos de carreira.
Para todo sempre, deixaram os seus registos sonoros (dezenas de discos), tão singelos, mas profundos…
Convido-vos a ouvir "Poor Man´s Moody Blues", um dos temas "antiguinhos", mas um dos que mais me remetem para o mundo em que me revejo.
Por estes dias, Amarante agita-se com a possibilidade de construção de uma barragem em Fridão, já anunciada como prioridade pelo Ministério do Ambiente.
Os amarantinos andam apreensivos com a possibilidade de a nova albufeira, poucos quilómetros a montante da cidade, poder vir a ter um impacto muito negativo nas paisagens do Tâmega, mormente na cidade, mas também na zona de Fridão, uma das mais belas do concelho e conhecida pela prática da canoagem.
O presidente da Câmara, apoiado por todos os partidos com assento no executivo municipal, já afirmou que se opõe ao projecto e este dado, incontornável, faz adivinhar que o governo terá vida difícil para levar a sua ideia por diante.
Se insistir em fazê-lo, há-de enfrentar, estou certo, a oposição determinada do povo de Amarante, que preza, como ninguém, o romantismo da sua bela cidade.
A comendadora Maria Augusta Amado é uma senhora, natural de Amarante, mas há 40 anos radicada no Porto, que tive o prazer de entrevistar por estes dias para "O Jornal de Amarante". Ouvi-la foi gratificante, sobretudo quando falou, com entusiasmo e afabilidade, do trabalho que tem desenvolvido no movimento que fundou, chamado "Vencer e Viver", uma organização feminina de voluntariado, que trabalha em articulação com o IPO do Porto, que se dedica há 25 anos a apoiar as mulheres vítimas de cancro da mama. No fim deste mês, vai apresentar, no Porto, o seu livro "Achados da Minha Vida", um trabalho onde descreve a sua vasta actividade de voluntariado e exterioriza o que lhe vai na alma após tantos anos ao serviço do próximo. O seu trabalho, recordo, foi reconhecido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, em 2005, com a atribuição da comenda "Ordem de Mérito".
Não sei de quem é a responsabilidade, mas, por Felgueiras, o que vemos na “velha” Alameda de Santa Quitéria mete dó!!!
Aquela que já foi pomposamente apelidada como a sala de visitas da cidade é hoje um local quase votado ao abandono, tal é a degradação dos seus jardins e mobiliário urbano, que em nada dignifica Felgueiras. A relva há muito deu lugar à terra batida, eivada de pó e alguns chafarizes são hoje depósito de pedras.
Quem nos visita fica, por certo, muito mal impressionado...Para quem direito fica o repto: