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Marca d'Água

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09
Jun06

> MANTENHAM O CENTRO DE AMARANTE LIVRE DOS AUTOMÓVEIS (Editorial de "O Jornal de Amarante de 8 de Junho de 2006)



O presidente da Câmara defende nesta edição do JA que a autarquia irá respeitar o sentido geral da população amarantina, quando esta for chamada a pronunciar-se sobre as alterações no trânsito da cidade, recentemente aprovadas pelas duas forças da oposição (PSD e Amar Amarante”) no executivo, contrariando a orientação da força que governa o município.
Recorde-se que Armindo Abreu se opõe à abertura ao trânsito da rua 5 de Outubro e da praça da República, enquanto que a oposição sustenta a reabertura do centro histórico à circulação automóvel.
Os amarantinos vão em breve ser chamados a dizer qual das duas soluções preferem, no âmbito do período de consulta pública, que antecede a apreciação da matéria pela Assembleia Municipal.
Denotando um sentido democrático louvável, Armindo Abreu exorta os amarantinos a pronunciarem-se sobre a matéria, prometendo que irá respeitar o sentido geral da população, mesmo se esta preferir de forma clara a reabertura do trânsito.
Armindo Abreu revela desta forma que não será insensível ao veredicto dos amarantinos, rebatendo pela raiz o argumento daqueles que o acusam de ter um atitude prepotente e antidemocrática quando defende o encerramento ao trânsito como a melhor solução para Amarante.
Revejo-me na plenitude na posição do presidente sobre esta matéria. Seria um erro grosseiro reabrir a circulação automóvel na praça da República, que, bairrismos à parte, considero uma das praças mais bonitas do país. Esse recanto do nosso burgo perderia a actual pacatez, que lhe confere uma ambiência muito especial. O arranjo a que foi sujeita há alguns anos foi desenvolvido no pressuposto de que seria uma praça iminentemente pedonal. Injectar-lhe agora centenas de automóveis diários retirar-lhe-ia brilho e afastaria muitas pessoas que gostosamente a desfrutam em agradáveis caminhadas sobretudo nas noites de Verão.
Várias cidades portuguesas com centro histórico – destaco aqui os casos de Guimarães e Viana do Castelo – têm trabalhado no sentido de afastar os automóveis e a poluição por eles gerada dos principais recantos daqueles burgos, que hoje considero dos mais bonitos do país. São duas cidades com centros históricos muito vivos, com um comércio tradicional pujante, que só beneficiou de uma presença cada vez mais assídua de pessoas. Passear a pé nas ruas antigas de Guimarães ou Vizela, desprovidas do cheio a combustíveis e de poluição sonora, é um prazer enorme.
Amarante deve seguir esses exemplos, potenciando as suas magníficas condições. Se o fizer continuaremos a ver crianças a correr na praça, perante o olhar despreocupado dos pais.
Caso contrário, a beleza da praça será esventrada pelo roncar dos automóveis, que rapidamente passarão a estacionar de forma anárquica. A rua 5 de Outubro transformar-se-á num parque de estacionamento caótico. Os transeuntes terão, como acontecia no passado, de fazer autênticas gincanas para conseguir passar entre os automóveis abandonados pelos automobilistas com menor sentido cívico. Os turistas não deixarão de criticar os responsáveis pelo caos.
Amarante perderá encanto…

Armindo Mendes

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