PS maioritário nas câmaras no Tâmega e Sousa, mas com menos votos que o PSD
Redação, 18 out (Lusa) - Os novos executivos municipais do Tâmega e Sousa saídos das últimas autárquicas vão permitir ao PS ser o partido com mais câmaras na região, apesar de ter obtido menos 12.301 votos do que o PSD.
Com seis autarquias conquistadas nas eleições de 29 de setembro (Lousada, Paços de Ferreira, Baião, Resende, Cinfães e Castelo de Paiva), o que corresponde a um total de 101.840 votos, o PS deverá assumir a presidência da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.
Os eleitos para os 11 executivos vão tomar posse nos próximos dias. Os atos formais começam esta sexta-feira à noite em Celorico de Basto, prosseguem no sábado em Felgueiras, Baião e Marco, continuam no domingo em Amarante, na segunda-feira em Paredes e Resende, na terça-feira em Penafiel, na quarta-feira em Paços de Ferreira, terminando na quinta-feira em Cinfães.
Com maiores expetativas são aguardadas as posses nos concelhos de Amarante e Paços de Ferreira, onde houve mudanças na cor partidária que conduzirá os respetivos executivos.
Em Amarante, assumirá a presidência o social-democrata José Luís Gaspar, após o resultado que afastou os socialistas de uma câmara que lideravam desde as autárquicas de 1989, então com Francisco Assis.
Em Paços de Ferreira, vai tomar posse o socialista Humberto Brito. Aquela autarquia era governada pelo PSD há vários mandatos.
Nas eleições de 29 de setembro, no conjunto da região, o PSD foi o partido mais votado, com 114.141 votos, mas apenas conquistou cinco câmaras (Felgueiras, Penafiel, Celorico de Basto, Amarante e Marco de Canaveses).
O facto de o PSD, com menos câmaras, ter sido mais votado do que o PS explica-se com a maior dimensão demográfica dos concelhos onde os sociais-democratas saíram vencedores.
Em termos de mandatos nos executivos (presidentes acrescidos de vereadores), verifica-se um empate a 39.
Este resultado afasta, pela primeira vez, os sociais-democratas da liderança do órgão executivo da comunidade intermunicipal.
Para este desfecho contribui a recente mudança de Paredes para a Área Metropolitana do Porto. Se aquele concelho, conquistado pelo PSD, se mantivesse no Tâmega e Sousa verificar-se-ia um empate.
No anterior mandato, os dois partidos empataram em número de câmaras, questão que foi resolvida com o PSD a presidir aos destinos da comunidade intermunicipal nos primeiros dois anos, através de Alberto Santos (Penafiel), e o PS nos seguintes, com Jorge Magalhães (Lousada).
No conjunto dos 11 municípios, mais nenhum partido conseguiu eleger representantes nos executivos. Contudo, em Amarante o independente Pedro Barros foi eleito vereador, numa autarquia liderada pelo PSD, mas com o mesmo número de mandatos do PS (4).
No Marco de Canaveses, a lista independente liderada por Avelino Ferreira Torres conseguiu eleger dois mandatos para o executivo liderado, com maioria absoluta, pelo social-democrata Manuel Moreira.
APM.
Lusa/fim.
In "Tâmega Online"