É o artifício do real que se faz
Armindo Mendes
Por estes dias que antecedem as autárquicas, está tudo bem, formalmente bem, tudo corre de acordo com os ditames do politicamente correto.
Não obstante essa evidência, abundam, a este espaço de opinião, motivos para discorrer, tantas têm sido as incidências que vamos observando e ouvindo!
Alguns episódios recentes, por serem tão ziguezagueantes, deixam-nos atónitos, incrédulos, quase sem reação!
Como no passado mais ou menos recente, acometidos de amnésias agudas, vai faltando a memória a certos protagonistas da política, a uns certos paladinos da “verdade absoluta”, mas do mundo virtual!
É o artifício do real que se faz por estas e outras bandas bem próximas, fazendo jus, todos os dias, à “máxima” que o nosso povo, com propriedade e a inteligência de séculos, tanto gosta de zurzir, de que a política, para tantos que lá andam, se faz, acima de tudo e antes de tudo, por interesses! A política dos valores, dos compromissos e dos princípios, às vezes, é um conceito abstrato, coisa de livros, coisa do passado recôndito!
Sobretudo de uns quantos que, ora estando, ora fazendo de conta que não estão, se vão posicionando em função de causas casuísticas - pessoais ou outras!