Eu disse PRESENTE
Eu fui dos muitos milhares de portugueses que disseram “SIM” à campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar, que decorreu neste fim de semana. No supermercado, fi-lo de forma humilde, mas sentida, na convicção muito profunda de estar, com este gesto, a ajudar algum pai, por esse país fora, que já não conseguirá ter meios para alimentar, de forma digna, um filho!
Nada de mais profundo pode tocar o meu coração, que se encolhe só de imaginar o sofrimento que muitos estarão a sentir ante provações inimagináveis.
O momento por que passa o país não pode deixar ninguém indiferente, sobretudo o que, como eu, não obstante as contrariedades, não enfrenta privações tão duras como as que põem em causa a dignidade humana.
Os egoísmos e materialismos que todos, às vezes, vamos evidenciando, são tão estúpidos quando, olhando à volta, percebemos haver cada vez mais portugueses numa situação bastante pior do que a nossa.
Haverá famílias que enfrentam dificuldades por culpa própria, é certo, se calhar por terem, imprudentemente, assumido compromissos financeiros demasiado elevados, sem precaverem que algo pudesse acontecer.
Mas, custa-me mais observar as famílias de portugueses que, sem nunca terem entrado em “loucuras” e, na maioria dos casos, com magros salários, enfrentam hoje situações de tremenda dificuldade, por um ou mais elementos do agregado ter ficado desempregado.
Por isso, as campanhas do banco alimentar são importantes. Obviamente não resolvem o problema, mas ajudam, com certeza, a tornar o sofrimento de alguns seres humanos, menos atroz.
Em nome do amor ao próximo, devemos todos ajudar, quando somos chamados a fazê-lo!