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Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

Marca d'Água

Apenas um olhar de Armindo Pereira Mendes

25
Mai23

Passo a passo, atrás de um farol qualquer!

“... Passo a passo, cara a cara”, atrás de um farol qualquer..."


Armindo Mendes

Farol bo Vulcão dos Cpelinhos, ILha do Faial.jpg

Mesmo em bicos de pés, somos pequenos, olhando para a força da natureza, tão maior, ela que nos verga, humanos, quando lhe ocorre, impotentes somos, assim!

Sem dó, nos Capelinhos, na Ilha do Faial, sentimo-nos assim, ante as poeiras de cinza que, ao vento, nos pincelam de negro as entranhas do rosto, nesta sensação, quase enxofre, de cheirarmos quanto, nas nossas desventuras do quotidiano material, somos insignificantes aos olhos das energias do universo, no meio do mar, numa ilha atlântida qualquer, “passo a passo, cara a cara”, atrás de um farol qualquer, um ponto que, do topo à base, se vai desnudando do manto vulcânico, até que Vulcano, em carne viva, desperte em novo rugido”…

FOTO e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

23
Mai23

Velas, bela vila de arquitetura açoriana

Onde o tempo dos ilhéus corre devagar...


Armindo Mendes

Velas Ilha de Sã Jorge.jpg

Gosto tanto da arquitetura que encontramos nos Açores.

Não aquela dos tempos atuais, quase sempre, como no Continente, de gosto duvidoso, mas aquela que observamos nos centros históricos das aldeias, vilas e cidades do arquipélago.

Refiro-me, nomeadamente, mas não só, ao casario e outros traços do urbanismo, quase rude, dos primeiros séculos do povoamento das ilhas, após os descobrimentos.

Podia referir várias vilas que já visitei nos Açores, nas nove ilhas, ma agora apetece-me recordar velas, a sede de um dos dois municípios da Ilha de São Jorge, uma urbe pitoresca, de ruas estreitas, com cheiro a mar, com o seu porto de pescadores, forma de fajã, e um passeio marítimo que apetece percorrer amiúde, a caminho da Calheta, a Leste, a segunda vila da ilha, mais pequena, mas também terra de casario antigo junto ao oceano abraçado por altas encostas.

Velas Ilha de Sã Jorge paços do concelho.jpg

Mas, como outras, Velas é uma pequena vila com o seu casario primitivo, praças, ruas e jardins, dos séculos XV e XVI, de fachadas singelas, de paredes brancas caiadas, com janelas e portas, rebordadas por pedra negra basáltica… Os seus Paços do Concelho, do período barroco, de portas e janelas vermelhas (traços que também encontramos no Pico) encontram-se numa praceta ajardinada, com belos canteiros floridos, rodeada por edificado de pouca altura, onde se destacam o seu belo coreto branco, do século XIX, abundantemente decorado com gradeamentos rubros, combinando com as janelas das casas, as luminárias e os bancos dos jardins, num estilo do período romântico já raro na arquitetura do continente.

Velas Ilha de Sã Jorge com vista da vila das vela

Como foi bom percorrer aquelas ruas gastas pelo tempo e apertadas por sofrimentos passados, onde o tempo dos ilhéus corre devagar, a caminho do Canal, a Sul, fonte de vida de uma ilha, a de São Jorge, esticada no oceano, que não se cansa de olhar a vizinha ínsua do Pico, a sua vila de São Roque  e a majestosa montanha que sempre acena para nós, do lado de lá.

Velas Ilha de Sã Jorge com vista para o Pico.jpg

Velas Ilha de Sã Jorge com vista da vila das vela

Sobre o PIco, um traço de nuvens que se estende por cima da Madalena, quase por magia, até à terceira ponta do triângulo, a Ilha do Faial, a da cosmopolita marina da Horta e dos marinheiros, de pele queimada pelo sal, de mil e uma origens, fumando cachimbo e bebendo gin, como no tempo dos baleeiros à vela norte-americanos que por ali paravam!

Texto e fotos: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

10
Mai23

Velhas vilas unidas por taninos redondos

Trauteando versos da cantiga que falam tripeiro


Armindo Mendes

Vista do Porto em Gaia copiar.jpg

O nosso Douro é imenso, belo sem igual, quando, trajado de primavera, em veste de gala, abraça as duas urbes irmãs, que são uma apenas!

Velhas vilas, que soçobram entre si, na sua essência, na sua partilha, unidas por taninos redondos, por pontes de paisagens, “estórias”, gentes e cumplicidades, como as que sentimos em Miragaia ou na Afurada, quando à beira rio caminhamos de gelado na mão, respirando a aragem salgada que vem do mar, rio acima, num rabelo às tantas, e nos penteia o cabelo que, como o nosso espírito, ondula livre como os pássaros marinhos que sobrevoam a Sé, num céu tão azul, com tanto sentido!

É como o milhafre da canção do Rui Veloso, que assobiamos ali, de coração cheio, trauteando aqueles versos que falam tripeiro, sentados no muro, vendo os barcos que sobem e descem as águas e ouvindo a cacofonia poliglota dos turistas, aos magotes, que passam na calçada, posando tantas vezes para mais uma fotografia com as mil pontes do Porto em pano de fundo, como no cinema de Manoel de Oliveira, mas sem o preto e branco, que também são as cores da Invicta que amamos!

Foto e Texto: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

09
Mai23

Braços abertos para absorvermos o que nos rodeia

Sortelha: num fim de tarde soalheiro, ao som das cigarras


Armindo Mendes

Aldeia de Sortelha 2022.jpg

Adoro visitar as aldeias históricas portuguesas.

Felizmente, nas últimas décadas, muito se tem feito na recuperação e preservação das aldeias.

Ainda há um longo caminho a percorrer, mas os sinais são animadores, com tantas antigas urbes medievais que são um regalo para quem aprecia este tipo de património.

Aldeia de Sortelha 2022 b.jpg

A altaneira aldeia de Sortelha, no concelho de Sabugal, foi uma das primeiras a merecer atenção nesta estratégia de salvaguarda do nosso edificado histórico.

Revisitá-la é sempre um prazer, tão belo e tão bem preservado está o seu casario, o seu castelo medieval, o seu pelourinho e a sua cerca amuralhada.

Aldeia de Sortelha 2022 c.jpg

Calcorrear sem pressas aquelas ruas sinuosas e íngremes, num maciço rochoso, é um prazer, sobretudo num fim de tarde soalheiro, ao som das cigarras.

Observar cada pormenor, cada recanto escondido de cantaria, cada praceta, cada vaso à janela, com o gato que espreita entre as cortinas, é um regalo, no meio de tanta natureza e tantas fragâncias de Primavera que contornam a “velha” vila, hoje quase sem gente, no passado um importante burgo.

Aldeia de Sortelha 2022 d.jpg

Sortelha é, por isso e por muito mais, uma joia do nosso passado como povo, tão intenso que o sentimos quando subimos ao alto de muralha e olhamos o horizonte raiano, inspirando e abrindo os braços para absorvermos tudo o que nos rodeia, num prazer imenso!

 

Texto e fotos: Armindo Mendes (Direitos Reservados)  

04
Mai23

“Acoustica” – um DVD inolvidável porque marcante

Em “pele de galinha”, ouvindo "Send Me an Angel"… em 5.1


Armindo Mendes

Acoustica Scorpions.jpg

“Acoustica” foi o título atribuído ao CD/DVD editado em maio de 2001, dos três concertos que os germânicos “Scorpions” deram no Convento de Beato, em Lisboa, de 8 a 10 de fevereiro daquele ano, também especial por ter sido o do nascimento do meu "filhote".

Na versão em DVD, podemos ver e ouvir 19 clássicos da banca (quase duas horas), em formato acústico, muito bem trabalhado, numa justa homenagem que os “Scorpions” quiseram dar ao público português, por ser tão apreciador do grupo alemão.

Como com os livros e os filmes, há discos que nos marcam de sobremaneira, não só pelo seu conteúdo, que neste caso é excelente em termo musicais e no que toca à qualidade do som, mas também por determinadas circunstâncias, nomeadamente o facto de ter sido “Acoustica” o primeiro DVD que adquiri para ouvir no meu então novíssimo sistema de som, em Dolby Digital 5.1, da Sony.

 

Foram fantásticas sensações audiófilas aquelas, numa tarde de sábado, chuvosa, mas cálida, desfrutando, até quando me apeteceu, de um som envolvente, de agudos cristalinos e baixos quentes, aqueles que tocam o peito do ouvinte, até à alma, em formato acústico, para gáudio dos sentidos e das emoções, em “pele de galinha” ouvindo "Send Me an Angel", com o timbre soberbo de Klaus Meine e as guitarras acústicas dos seus comparsas.

Ficaram as recordações desses momentos inolvidáveis!!!

 

 

03
Mai23

Picos cor de fogo, outrora ocultos

Na “toca” de lobo assanhado!


Armindo Mendes

Flores vermelhas.jpg

Dantes dóceis, luares de prata, caules alisados, seivas fáceis, no verbo!

Metamorfose do rancor: sobranceria - picos cor de fogo, outrora ocultos, como gadanhos, do lado pardo, na alegoria da Lua, gotejam fel, sem termo, sem classe!

Hão de acabar ermos, quiçá cheios de “razão”, certos da sua mestria imaculada, mas rabujando… na sua (in)segurança, na sua “toca” de lobo assanhado, porque cada um é como é!

19
Abr23

A luz tripeira, de travo refinado!

E rabelos de sotaque encorpado na Ribeira com sabor a dobrada


Armindo Mendes

Rio Douro barcos Porto.jpg

A luz do nosso Porto, com tantas nuances, tantos traços até às águas, sombras e brilhos, é um cenário inigualável que o mundo só agora descobriu, conferido pelo Douro, de travo refinado, primaveril, as suas várias pontes de mil formas, pelos putos destemidos que mergulham do tabuleiro, pelos rabelos com sotaque encorpado, bandeiras ao vento Norte, e pela Ribeira das peixeiras e tabernas com sabor a dobrada e bifanas, como dos músicos, que se estende de elétrico, do palácio de cristal, dos apaixonados até à Foz, dos passeios alegres e finais de tarde, à espera do São João, vendo o pôr do sol quase púrpura, atrás da silhueta escura do navio que, roncando, rasga o fio de mar cheio de tudo e de nada, a caminho de Leixões!

 

Texto e foto: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

19
Abr23

Grato por haver aldeias assim, de encantar!

Castelo Novo - pracetas ao virar da esquina, com tantas marcas medievais


Armindo Mendes

castelo novo castelo largo da câmara02.jpg

Percorrer os caminhos de Portugal, como tanto gosto de fazer, permite-nos ver aldeias históricas encantadoras, escondidas pelo tempo, mas que, sabiamente, têm sido recuperadas e preservadas, sobretudo na Beira Interior.

Há, felizmente, alguns bons exemplos, como este, em Castelo Novo, no concelho de Fundão, cuja recuperação do edificado tem sido notável nas últimas décadas.

Já lá não ia há mais de 20 anos e lá voltei agora. Que agradável surpresa ver como floresceu aquele burgo que um dia vi quase abandonado.

castelo novo castelo largo da câmara.jpg

Ver, agora, aquele casario, fontes, pelourinhos, palacetes brasonados, capelas, ruelas de pavimentos íngremes, pracetas ao virar da esquina, com tantas marcas medievais, destacando-se, obviamente, o seu castelo no topo do maciço rochoso, proporciona-me uma grande satisfação e orgulho de que, quando há vontade, mesmo o mais difícil se torna possível.

castelo novo castelo largo do lagar.jpg

Caminhar lentamente na malha de artérias de Castelo Novo é gratificante, com tanto para apreciar, com fachadas em granito de casas de encantar, de pequenas janelas, onde os gatos, por entre as cortinas bordadas, de olhos fitos, veem quem passa, num domingo solarengo, de um azul céu infinito, de manhã, quando a missa de Ramos vai começar e os sinos tocam alegres à passagem da pequena procissão, com algumas crianças felizes.

castelo novo castelo.jpg

E a aldeia tem uma paisagem circundante maravilhosa, onde não faltam trilhos pedestres para descobrir, no sopé da Gardunha, nesta Primavera cheia de flores, verdes viçosos nos prados, linhas de água cristalina à entrada da pequena urbe e fragâncias silvestres, como as da Cova da Beira, com sabor a cerejas, mel e laranjas à mão de semear!

 

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

18
Abr23

Da natureza que nos fez assim!

Num pedaço de muro, sob o manto de flores…


Armindo Mendes

 

cerejeiras em Flor fundão 02 2023 arco-iris.jpg

Num de repente, à cadência do chuvisco que vai e que torna, nos trilhos da serra, algo nos diz que a vida é feita de cores difusas, ora em tons pardos, ora com subtis bafos de modulações cálidas, sob a forma de um arco-íris.

Quase como na epopeia do Noddy, que, do nada, na linha do horizonte da Gardunha, na Cova de Beira, se ergue, o arco-íris, num passo de mágica, qual pote de moedas de ouro cintilante…

Tudo isso para nos deleitar, por entre pétalas lindas, sem fim, de flores de cerejeira, alvas como a neve dos Andes, nos socalcos estendidas, aquelas que nos ameigam a alma, sem nos avisar, que nos interpelam com formas femininas e com tato de veludo que apetece tocar, sem machucar, tão sublime obra da natureza, com o seu pólen que as abelhas, que voam em obséquio de palatos, em seu redor, e transformam num mel tão doce quanto o prazer de o provar, de lhe sentir o aroma frutado, a cereja!

Que fresco arco-íris, que singelas flores - tanta formosura que as palavras se fazem parcas, abrindo alas para os silêncios que demandam ouvidos felizes!

Quais caminhadas, são alamedas para o coração dos que, de braços abertos, olhos postos na colina, se sentam num pedaço de muro, sob o manto de flores…

E, porque apetece, sim, chorar de alegria, por estar ali, ser parte daquele quadro da natureza que nos fez assim em forma de aguarela!

cerejeiras em Flor fundão 2023.jpg

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

17
Abr23

Uma ponte, a mais linda de Portugal

Mirando uma passagem, p`ra outra margem


Armindo Mendes

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I b.jpg

Com a Ponte de D. Luiz I agora, finalmente, de “cara” lavada, o nosso Porto ganhou novo encanto, ficando mais lindo ainda, uma autêntica tela que os pintores homenageiam, em Miragaia, e um poema que os nossos mestres rimam nas paredes fernandinas, à sombra da Sé.

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I c.jpg

Que bonita é a ponte centenária que liga à bela Gaia, de onde, entre as grades de ferro, como a partir dos rabelos, se pode ver o velho casario tripeiro que se estende, pardacento, até à Foz do Douro ou, na outra margem, as caves do Vinho do Porto, marca maior, uma cor rubi de Portugal!

Porto Ribeira05.jpg

Recuperar e preservar o nosso património é algo que, com letras sobre bronze, nos dignifica, porque reconhecemos os nossos pretéritos e legamos esse passado aos nossos vindouros, perdurando a nossa natureza como povo!

Porto Ribeira04 Ponte D. Luiz I.jpg

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

 

 

17
Abr23

É de Alcácer, o galeão do sal

Acento cinemático, inédito no nosso quinhão


Armindo Mendes

Alcácer do Sal.jpg

Alcácer do Sal é um tesouro recôndito do nosso Portugal, uma pequena cidade, muito antiga… que conheceu romanos, fenícios, visigodos, árabes e outros povos, como os de D. Afonso Henriques, a nossa gente!

Por lá andei, há alguns anos, apreciando, sem pressas, o seu desenho cénico, com o rio Sado pachorrento, os galeões do sal que beijam as águas, o casario branco alentejano, os vestígios árabes, o castelo islâmico, dos tempos da reconquista, hoje monumento nacional, e os arrozais, de longas vistas, a darem um acento cinemático e ares de outras paragens, inéditos no nosso quinhão.

FOTOS e TEXTO: Armindo Mendes (Direitos Reservados)

08
Abr23

“John Lennons Guitar” um dos hinos dos Barclay James Harvest

Solo de guitarra espetacular, cheio de alma e mestria


Armindo Mendes

John Lennons Guitar foto.jpg

“John Lennons Guitar” é um dos temas que eu mais gosto dos eternos Barclay James Hervest, a banda da minha vida.

Trata-se de uma canção original do álbum “Welcome to the Show”, de 1990, o antepenúltimo disco de originais dos BJH, escrita por John Lees, um dos elementos da banda britânica, que também dá voz ao tema.

No vídeo, é incrível e emocionante ver a guitarra de John Lennon, o instrumento “mágico” que tocava um dos mais carismáticos dos Beatles. Como se ouve na música, os Beatles eram os heróis de John Lees, que, nesta bela canção, recorda o dia em que, no início dos anos 70, tocou a guitarra da estrela de Liverpool.

Esta versão ao vivo, de meados da década de 90, às tantas ainda mais bem conseguida do que a original, nela vemos e ouvimos o grande John Lees, num solo de guitarra espetacular, cheio de alma e mestria, um dos mais emocionantes, porventura, da sua carreira.

É sempre uma emoção rever e ouvir esta incrível canção, de um álbum lindíssimo, que inclui outras composições memoráveis, como as baladas “Where do we go”, “Halfway to Freedom” e “If love is King”, entre outras, além do tema que dá o nome ao álbum - “Welcome to the Show”, uma canção “pop”, cheia de ritmo, muito bem produzida, demonstrando que os BJH não eram só uma banda de grandes baladas.

Disco BJH copiar.jpg

Desse disco memorável, que tem uma das capas mais bem conhecidas do grupo, onde não falta a borboleta (símbolo do grupo), tenho as versões em vinil e CD, que guardo religiosamente na minha coleção, que vou repescando, ao ouvido, quando dá vontade.

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